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abril 30, 2014

CABO DE GUERRA MENTAL – OBSESSÃO

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“252. As imperfeições morais do obsedado são frequentemente um obstáculo à sua libertação”

(LIVRO DOS MÉDIUNS – Cáp. XXIII – DA OBSESSÃO)

Claro que o tema “obsessão” como um todo é muito complexo e demandaria muitas laudas para explorá-lo, mas consideremos a frase acima como um pequeno ponto neste oceano da vida. No futuro, haverá um estudo aprofundado do tema com várias obras envolvidas, e então outros pontos devem vir à tona.

Eu entendo que poucos de nós encarnados, para não dizer nenhum, estará livre da obsessão.

Claro que não podemos considerar aqui os casos extremos, de fascinação ou subjugação, mas sim o cotidiano, o dia-a-dia de um planeta como a Terra, que ainda nos recebe, os que enfrentam provas e expiações. Nosso nível moral ainda é relativamente baixo, porém em progresso, o que nos força a batalhas diárias perante nossa consciência.

Quantas vezes não tivemos pensamentos dúbios sobre uma decisão moral, pudemos escolher o caminho correto ou o caminho errado, considerando as duas opções? É um cabo de guerra mental.

Pensamento e Vontade são 2 das maiores potências do espírito. Ou seja, são duas grandes forças que temos ao nosso dispor ou contra nós. Nosso Livre-Arbítrio é que define.

Então, a frase acima significa que os espíritos voltados ao mal, ou ignorantes no tema da evolução, se aproveitam de nossas imperfeições morais para nutrirem seus impulsos. É uma relação de simbiose entre obsessor e obsedado, que é efetivamente combatida através da Reforma Íntima (ver alguns textos aqui e aqui).

Depende somente do encarnado e de sua vontade superar a obsessão. Nosso cotidiano é uma cesta repleta de escolhas, que caracterizam na prática nosso nível moral. São os atos que denunciam o nível moral de qualquer um.

Quanto mais eficiente for nosso policiamento conosco mesmo, tanto melhor e mais rápida será nossa evolução. Não se trata de ser ou não obsedado, mas sim de como nos manter ao máximo no caminho evolutivo.

Vigiar e orar, conselho da época do Cristo, e tão importante na atualidade.

abril 25, 2014

Abusos da Mediunidade – Léon Denis

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XXIV – Abusos da mediunidade

Na primeira ordem dos abusos que devemos assinalar, cumpre colocar as fraudes, as simulações.

As fraudes ou são conscientes e volitivas, ou inconscientes. Neste último caso são provocadas quer pela ação de Espíritos  malfazejos, quer por sugestões sobre os médiuns exercidas pelos experimentadores e assistentes.

As fraudes conscientes provêm ora de falsos médiuns, ora de médiuns verdadeiros, mas pérfidos, que têm feito sua faculdade uma fonte de proventos materiais. Desconhecendo a nobreza e a importância de sua missão, por natureza preciosa, eles a transformam num meio de exploração e não trepidam, quando falha o fenômeno, em o simular com artifícios.

Os falsos médiuns se encontram um pouco por toda parte. Uns não passam de péssimos farsistas que se divertem à custa do vulgacho e a si mesmos se traem cedo ou tarde. Outros há, industriosos, hábeis, para os quais o Espiritismo é apenas uma mercancia; esforçam-se por imitar as manifestações, tendo em mira o lucro a auferir. Muitos têm sido desmascarados em plena sessão; alguns já foram colhidos nas malhas de ruidosos processos. Nessa ordem de fatos, têm sido presenciadas as mais audaciosas falcatruas. Certos indivíduos, abusando da boa-fé dos que os consultam, não têm hesitado em profanar os mais sagrados sentimentos e tornar suspeitas uma ciência e doutrinas que podem ser um meio de regeneração. Na maioria das vezes, são destituídos do sentimento de sua responsabilidade;’ mas na vida de além-túmulo bem desagradáveis surpresas lhes estão reservadas.

É incalculável o prejuízo por esses espertalhões causado à verdade. Com seus artifícios têm afastado muitos pensadores do estudo sério do Espiritismo. Por isso é dever de todo homem de bem desmascará-los, expô-los à merecida execração. O desprezo neste mundo, o remorso e a vergonha no outro – eis o que os espera. Porque, nós o sabemos, tudo se paga: o mal recai sempre sobre aquele que o pratica.

Não há coisa mais vil, mais desprezível, que bater moeda sobre as dores alheias, simular, a troco de dinheiro, os amigos, os entes caros que choramos, fazer da própria morte uma especulação desbriada, um objeto de falsificação.

O Espiritismo não pode ser responsabilizado por tais manejos. O abuso ou imitação de uma coisa nada pode fazer prejulgar contra a própria coisa. Não vemos frequentemente imitados os fenômenos de Física pelos prestidigitadores? E que prova isso contra a verdadeira Ciência? Nada. O investigador inteligente deve estar precavido e fazer constante uso de sua razão. Se há alguns laboratórios em que, a pretexto de manifestações, se pratica um odioso tráfico, numerosos círculos existem, compostos de pessoas cujo caráter, posição e honorabilidade constituem outras tantas garantias de sinceridade, inacessíveis em tais condições a qualquer suspeita de charlatanismo.

*** LÉON DENIS – NO INVISÍVEL ***

A mediunidade, em seus diversos níveis, existe em todos os humanos encarnados. Isso não é mais discutível, é como se fosse uma função orgânica, mais ostensiva em alguns, menos em outros.

A prática da mediunidade, dentro do Espiritismo (ou como alguns dizem, do Kardecismo) exige rigorosa educação dentro da moral e da ética cristãs. Nada além disso é aceitável.

Não é uma atitude cristã:

– Manipular pessoas e atitudes;

– Obter ganhos materiais de QUALQUER faculdade mediúnica;

– Fingir fenômenos em troca de prestígio, e etc.

O primeiro fator benéfico da mediunidade é ser um meio de se praticar a caridade. Mediunidade e caridade tem que exercer uma função mútua para trazer benefícios a todos, não só ao médium, mas também aos Espíritos que dele se valeram e dos encarnados que tiveram alguma forma de retorno.

Médium = MEIO.

Médium é apenas uma ferramenta, um meio de transmissão, e não é ele que “detém poderes” ou faculdades, é apenas uma ferramenta, que deve estar em ótimas condições de ser utilizada. Para isso, conduta reta e estudo são fundamentais.

As fraudes mancharam sim a imagem do Espiritismo, e os que praticam a prestidigitação ou enganam pessoas, trazendo muitas vezes sofrimento e perdas materiais, denigrem uma doutrina que visa apenas o bem, o amor e a caridade. Por isso devem ser combatidos e denunciados.

Nunca consulte médiuns que cobram. Nunca pague por algo que é gratuito.

Espíritos moralmente elevados não podem utilizar seu dinheiro, nem objetos, nem alimentos. Eles fazem o bem pela caridade. E a caridade sempre foi gratuita.

Mediunidade com Jesus, Mediunidade pautada por princípios morais retos, estudo e conhecimento. Só assim um médium pode-se dizer ESPÍRITA.

abril 14, 2014

CONVICÇÕES ESPÍRITAS

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5 — O homem se constitui de corpo e espírito. O Espírito é o ser principal, o ser racional, o ser inteligente. O corpo é o envoltório material que reveste temporariamente o Espírito para o cumprimento da sua missão na Terra, permitindo-lhe executar os trabalhos necessários ao seu adiantamento. O corpo se destrói depois de usado e o Espírito sobrevive a esta destruição. Sem o Espírito o corpo é apenas matéria inerte, como um instrumento privado do braço que o movimenta. Sem o corpo, o Espírito continua integral: É vida e inteligência. Deixando o corpo ele volta ao mundo espiritual de que saíra para se encarnar.

Há portanto o mundo corpóreo, constituído pelos Espíritos encarnados, e o mundo espiritual, constituído dos Espíritos desencarnados. Os seres do mundo corpóreo, em razão do seu envoltório material, estão ligados à Terra ou a qualquer outro globo. O mundo espiritual estende-se por toda parte, ao redor de nós e através do espaço. Nenhum limite podemos assinalar para ele. Em razão da natureza fluidica do seu envoltório, os seres que o constituem não se arrastam penosamente sobre o solo, masatravessam as distâncias com a rapidez do pensamento. A morte do corpo é a ruptura dos laços que os retinham cativos.


“Allan Kardec – O Céu e o Inferno [Capítulo III – O CÉU]”

O Espírito é a essência de tudo o que se manifesta no homem.

Portanto, o corpo é apenas uma casca, uma ferramenta útil na evolução. Através dos estudos das diversas obras espíritas (especialmente as de André Luiz) entendemos a importância da encarnação (e reencarnações) como forma de nos aperfeiçoarmos.

É como uma ferramenta que necessita polimento para funcionar perfeitamente, e a cada encarnação, temos um planejamento geral que condiziria à nossa melhora, sempre submetido ao livre-arbítrio. A lapidação do diamante não é só difícil, ela exige cuidado.
Tendo esta base como verdadeira, a lapidação ocorre durante as sucessivas vidas, e então a compreensão deve ser alterada sobre a realidade e sobre a relação espaço x tempo.

Mudanças profundas podem demorar várias encarnações.Relacionamentos de amor ou de ódio podem se arrastar por muitas vidas.
E então nossas exigências perante a vida, bem como planejamentos e ações passam a tomar plano em outras circunstâncias. Pensamos em longo prazo, muito mais longo do que o usual no ser humano, compreendemos que não há a pura maldade, mas sim a ignorância, o orgulho, as vaidades.

Entendendo desta forma, também temos a esperança, de que não SOMOS ruins, ou maus, mas ESTAMOS assim, sendo que cedo ou tarde, todos evoluiremos.

Ser Espírita, portanto, é ter profundas convicções na reencarnação e na evolução do espírito. E toda a filosofia, ciência e religiosidade, deriva-se deste conceito.

abril 16, 2013

DOENÇAS E DOENTES

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86

Estás doente?

“E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.” (Tiago, 5:15)

Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.

Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.

O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.

A mente é fonte criadora.

A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.

De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?

De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.

Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis.

O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.

E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?

Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?

Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.

Se estás doente, meu amigo.. acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para Grande Mudança.

Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência.

Foge à brutalidade.

Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.

Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.

Não manches teu caminho.

Serve sempre.

Trabalha na extensão do bem.

Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

(FONTE VIVA – Ditado por Emmanuel / Psicografado por Chico Xavier).

Todos somos doentes do tempo. Passamos muito, muito tempo mesmo, em hábitos perniciosos, vidas perdidas em vícios e demais fatores de desestabilização. Nosso perispírito guarda estes reflexos e os manifesta no corpo através das doenças e males. As medicações para o corpo são muito importantes para que o sistema físico funcione bem, mas precisamos agir na fonte causadora / mantenedora dos males, a mente.

Os pensamentos, palavras e ações são os três fatores principais de adoecimento. Uma vez que adquirimos bons hábitos e atitudes, a condição perispiritual é de melhora e evolução. Primeiramente nossa mudança, pela reforma íntima, induz à cicatrização de antigas feridas, de males do passado que cultivamos ao longo do tempo. Uma vez cicatrizadas as feridas outrora abertas, a evolução é condição de manter os esforços através do tempo. Assim, passamos de doentes do tempo a bem utilizadores do mesmo, aproveitando os instantes e possibilidades de crescer.

O estudo do Espiritismo permite o aprendizado sincero, de qualquer um que não se importe em curvar-se à imperfeição, respeitando defeitos, e investindo precioso tempo e esforço na própria evolução. Não devemos julgar ninguém enquanto possuirmos alguma, qualquer que seja, imperfeição. O único ser que já pisou neste planeta que não possuía imperfeições era Jesus Cristo, e mesmo ele abdicou de qualquer julgamento.

Conforme os passos dados, as imperfeições vão se apagando perante às novas luzes do aprendizado e da evolução, até o ponto em que deixaremos de ser doentes, para sermos reles aprendizes saudáveis, e depois de muito insistir, finalmente teremos condições de evoluir na escala espiritual, rumo aos Espíritos Evoluídos.

Caridade, fé, igualdade, amor, são condições para adquirir bons hábitos e bons pensamentos. Só podemos por enquanto contar com a misericórdia divina, que se apiedando de nossa condição inferior, permite aos bons obreiros nos inspirar.

março 9, 2013

VIGILÂNCIA E EDIFICAÇÃO

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132

VIGILÂNCIA

“Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o vosso Senhor.” – Jesus. (MATEUS, 24:42.)

Ninguém alegue o título de aprendiz de Jesus para furtar-se ao serviço ativo na luta do bem contra o mal, da luz contra a sombra.

A determinação de vigilância partiu dos próprios lábios do Mestre Divino. Como é possível preservar algum patrimônio precioso sem vigiá-lo atentamente? O homem de consciência retilínea, em todas as épocas, será obrigado a participar do esforço de conservação, dilatação e defesa do bem.

É verdade indiscutível que marchamos todos para a fraternidade universal, para a realização concreta dos ensinamentos cristãos; todavia, enquanto não atingirmos a época em que o Evangelho se materializará na Terra, não será justo entregar ao mal, à desordem ou à perturbação a parte de serviço que nos compete.

Para defender-se de intempéries, de rigores climáticos, o homem edificou o lar e vestiu-se, convenientemente.

Semelhante lei de preservação vigora em toda esfera de trabalho no mundo. As coletividades exigem instituições que lhes garantam o bem-estar e o trabalho digno, sem aflições de cativeiro. As nações requerem “casas” de princípios nobilitantes, em que se refugiem contra as tormentas da ignorância ou da agressividade, do desespero ou da decadência.

E no serviço de construção cristã do mundo futuro, é indispensável vigiar o campo que nos compete.

O apostolado é de Jesus; a obra pertence-lhe. Ele virá, no momento oportuno, a todos os departamentos de serviço, orientando as particularidades do ministério de purificação e sublimação da vida, contudo, ninguém se esqueça de que o Senhor não prescinde da colaboração de sentinelas.

(Vinha de Luz – Ditado por Emmanuel / Psicografado por Chico Xavier).

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O verdadeiro aprendiz do Espiritismo entende algumas lições logo quando inicia-se na Doutrina. Ele começa tentando atrapalhar o menos possível as obras que estão em andamento. Pensamos que ajudamos os Espíritos superiores em ação durante o passe, durante as sessões mediúnicas diversas, durante as psicografias e etc. Mas a verdade é que quando conseguimos não atrapalhar, já fizemos muito.

Os encarnados doam ectoplasma, servem como meio de transmissão de mensagens, como uma “antena” magnética durante o passe, mas também podem influenciar as comunicações com sua desatenção, podem interferir nas mensagens com sua falta de concentração e podem, enfim, errar. O erro é sempre compreendido pela espiritualidade quando é realmente um erro, onde havia boa intenção e bom coração.

Mas quantos não consideram isso suficiente para se estagnar? Consideram que estão em boa posição e lá devem se manter. Há ai um pouco de orgulho, e há também uma boa parcela de vaidade. Mas também há um erro enorme de entendimento, que pode ser fruto da ignorância (falta de conhecimento).

Sempre esquecemos que exigimos muita paciência dos mentores e dirigentes espirituais de uma casa Espírita. Erramos constantemente, reclamamos, arrumamos desculpa para não comparecermos e passamos grande responsabilidade disso tudo ao “acaso” que insiste em nos perturbar.

Pois bem, atingir o ponto de participar das sessões espirituais, conseguir penetrar um pouco mais no serviço espiritual, não traz alívio àquele que vislumbra realmente progredir nesta vida. Traz sim o real início do trabalho na seara de Jesus, que nos impele à manter a retidão moral. Somos humanos, vamos errar, mas perdemos a batalha quando nos conformamos com a nossa posição. Precisamos crescer e entender que sozinhos (apesar de nunca o estarmos) é que teremos muitas chances pela vida de praticar a caridade e então atingir o progresso.

“fora da Caridade não há salvação”.

E a vigilância é necessária para que a edificação não seja torta ou problemática. Podemos sim ajudar, pouco atrapalhando os bons Espíritos e aprendendo a nos depurar durante a vida. O erro não pode nos martirizar, o erro e a dor são professores que utilizarão cicatrizes para nos amadurecer. “Precisamos passar pela dor?”, faça um exame de sua consciência e verifique se suas maiores lições vieram da dor ou do amor, mas o importante é aprender o que for possível, pelo caminho que for possível.

Quem sabe ao final dessa existência teremos dado um passo rumo à melhores edificações? Seria então uma vitória.

fevereiro 25, 2013

CONSCIÊNCIA E FÉ

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131 – CONSCIÊNCIA

“Guardando o mistério da fé numa consciência pura.” – Paulo. (I TIMÓTEO, 3:9.)

Curiosidade ou sofrimento oferecem portas à fé, mas não representam o vaso divino destinado à sua manutenção.

Em todos os lugares, observamos pessoas que, em seguida a grandes calamidades da sorte, correm pressurosas aos templos ou aos oráculos novos,manifestando esperança no remédio das palavras.

O fenômeno, entretanto, muitas vezes, é apenas verbal. O que lhes vibra no coração é o capricho insatisfeito ou ferido pelos azorragues de experiências cruéis…

Claro que semelhante recurso pode constituir um caminho para a edificação da confiança, sem ser, contudo, a providência ideal.

Paulo de Tarso, em suas recomendações a Timóteo. esclarece o problema com traço firme.

É imprescindível guardar a fé e a crença em sentimentos puros. Sem isso, o homem oscilará, na intranqüilidade, pela insegurança do mundo Intimo.

A consciência obscura ou tisnada inclina-se, invariavelmente, para as retificações dolorosas, em cujo serviço podem nascer novos débitos, quando a criatura se caracteriza pela vontade frágil e enfermiça.

Os aprendizes do Evangelho devem recordar o conselho paulino que se reveste de profunda importância para todas as escolas do Cristianismo.

O divino mistério da fé viva é problema de consciência cristalina. Trabalhemos, portanto, por apresentarmos ao Pai a retidão e a pureza dos pensamentos.

(Da obra Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografada por Chico Xavier).

Emmanuel toca em um ponto crucial aqui. Ouvimos muito sobre Deus, sobre os ensinamentos do Cristo, mas nos preocupamos muito pouco com o que fazemos desse conhecimento. Será que ao passar algum ensinamento nunca desvirtuamos o conteúdo evangélico do Cristo? Será que nunca distorcemos a palavra para que ela atendesse ao nosso orgulho? Quantas interpretações diferentes da palavra de Deus encontramos em nosso cotidiano?

Como há, muitas vezes, a má-fé do ser humano envolvida em interpretações absurdas, que conduzem almas a realizarem caminhos que muitas vezes se distanciam muito do que o Mestre almejava em seus ensinos, precisamos saber melhor discernir o que fazemos, tanto da palavra Dele quanto de nossos pensamentos. Aqueles que conduzem almas, como pastores conduziam suas ovelhas, são muito, muito responsáveis mesmo, quando passam algum ensinamento. Se conduzirem essa missão de forma satisfatória, com certeza terão realizado grande vitória para com sua evolução, mas se cederem à tentação de tomar o caminho obscuro de utilizar a fé alheia como motor de suas ambições, sua queda será inevitável.

O que seria então a consciência pura a que Paulo se refere? Onde resguardar nossa fé? Ora, a proteção mental de nossas atitudes se dá através da caridade sincera, das boas ações que praticamos, da exemplificação da palavra do Mestre. Nem todos os grandes missionários deste mundo eram Espíritas (aliás, pouquíssimos eram), mas os exemplos de quantos podemos aproveitar, aqueles humildes como Gandhi e Madre Tereza, Chico Xavier e tantos outros que aperfeiçoaram a moral através de atos inegáveis de amor e caridade.

Eles não “pregavam” a fé com palavras ou enormes templos. Simplesmente arregaçaram as mangas e foram à vida cotidiana demonstrar e seguir o que Jesus demonstrou. Tomemos como exemplo todos aqueles que levaram ao limite a doação moral da caridade, e tentemos nos espelhar neles para melhorarmos um pouco nossa consciência, assim teremos condições de resguardar nossa fé como ensinou Paulo.

fevereiro 17, 2013

Da “Judéia” aos “Montes”

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140 – PARA OS MONTES

“ Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes.” Jesus (MATEUS,24 : 16)

Referindo-se aos instantes dolorosos que assinalariam a renovação planetária, aconselhou o Mestre aos que estivessem na Judéia procurar os montes. A advertência é profunda, porque, pelo termo “Judéia”, devemos tomar a “região espiritual” de quantos, pelas aspirações íntimas, se aproximem do Mestre para a suprema iluminação.

E a atualidade da Terra é dos mais fortes quadros nesse gênero. Em todos os recantos, estabelecem-se lutas e ruínas. Venenos mortíferos são inoculados pela política inconsciente nas massas populares. A baixada está repleta de nevoeiros tremendos. Os lugares santos permanecem cheios de trevas abomináveis. Alguns homens caminham ao sinistro clarão de incêndios. Aduba-se o chão com sangue e lágrimas, para a semeadura do porvir.

É chegado o instante de se retirarem os que permanecem na Judéia para os “montes” das idéias superiores. É indispensável manter-se o discípulo do bem nas alturas espirituais, sem abandonar a cooperação elevada que o Senhor exemplificou na Terra; que aí consolide a sua posição de colaborador fiel, invencível na paz e na esperança, convicto de que, após a passagem dos homens da perturbação, portadores de destroços e lágrimas, são os filhos do trabalho que semeiam a alegria, de novo, e reconstroem o edifício da vida.

(Da obra Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografada por Chico Xavier).

A paz que procuramos é sempre a paz de espírito. Utilizamos essa expressão rotineiramente, sem parar para refletir no que a compõe. A paz de espírito é algo superior, plena, e que é atingível na metafísica. Não adianta ir à nenhum templo ou local material buscá-la, ela reside dentro de nós quando colocamos para fora a plenitude que possuímos.

Quando somos caridosos de coração, quando aconselhamos ao bem, quando ajudamos ao próximo, quando somos tolerantes com os que erram e amorosos com os que pecam.

Jesus deu o caminho das pedras para nós. Fugir da “Judéia”, significa abandonar os símbolos materiais que nos transmitem algum tipo de poder ou falso acalento de paz. Significa reduzir nossa necessidade de bens materiais e de ideais ambiciosos na Terra. Significa buscar no exemplo do Cristo os verdadeiros mapas que nos levam à melhora e iluminação.

Seguindo o exemplo de Jesus, vamos construir os “montes” até sermos capazes de viver por lá, abandonando de vez a “Judéia”, da qual ainda somos tão dependentes e somos tão envolvidos por. Claro que é um processo que demanda tempo, paciência, esforço, vontade e tudo o que pudermos concentrar. Sabemos a condição pouco elevada que temos na Terra, mas também sabemos que as potências para nosso desenvolvimento se encontram dentro de nós.

Vamos buscar essas potências e essas vontades para nos reconstruirmos nos “montes”.

fevereiro 1, 2013

LIVRO DOS MÉDIUNS – NOVO ESTUDO

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , — Aprendiz @ 4:35 am

Amigos

Disponível no canto superior direito um novo estudo sobre O Livro dos Médiuns.

O texto é o integral da versão traduzida por Herculano Pires. As minhas observações estão em itálico e azul.

Quando terminar tudo (vai demorar ainda) coloco um PDF para download com todo o conteúdo.

Dúvidas, correções, sugestões, favor enviar e-mail para espiritismolivre@gmail.com

Obrigado !

janeiro 22, 2013

AMOR E CORRESPONDÊNCIA

Filed under: Espiritismo,reforma íntima — Tags:, , , — Aprendiz @ 4:17 am

“Isto porque, o amor é possuidor de vigorosa energia que aciona a emotividade, conforme a sua expressão, repercutindo na organização somática de maneira equivalente.

Alergias, enfermidades do trato digestivo, problemas respiratórios e alguns tipos de neoplasias malignas radicam-se no sentimento do amor ausente, na indiferença do amor desvairado, no ressentimento injustificável, no amor perverso em forma de vingança…

Desse modo, é indispensável o treinamento para o autoamor, a fim de se poder vibrar em ondas mais elevadas do Cosmo, onde se espraiam as vibrações da Harmonia, do Bem-estar, da Alegria de viver.

(…)

Se parece difícil encontrar respostas retributivas ao amor que ofertas, não te preocupes, seguindo adiante, e o bem-estar por aquele que ama enriquecer-te-á de harmonia.

Não te decepciones se amando não receberes correspondência.

O Sol brilha sempre, mesmo quando nuvens carregadas lhe obstaculizam por momentos a irradiação… Elas passam, diluem-se, e ele permanece estuante.

É natural que se anele por companhia, por formoso relacionamento. Nada obstante, é necessário que cada qual se prepare para ser o que gostaria de encontrar no outro…

(…)

Na tabela das tuas aspirações, coloca o amor em primeira plana, procurando vivê-lo conforme as circunstâncias em que te encontres.

Inicia o teu exercício amando a Natureza, o lar, os objetivos existenciais e as pessoas com as quais compartes os dias.

Descobrirás que o amor é sempre bênção de Deus em benefício da vida.

Amor e vida, portanto, são termos básicos da experiência existencial.”

[Divaldo P. Franco /Espírito Joanna de Ângelis/ –-> LIBERTA-TE DO MAL,  Ed. EBM, pp. 92-95].

Joanna nos traz mais um ensinamento importante a respeito da vibração dos pensamentos e do amor.

Todos sabemos o poder do amor na resolução de problemas e até em solucionar o que nos parece impossível.  Todavia, somos humanos, ansiosos, até desesperados às vezes, quando exigimos que nosso amor resolva tudo instantaneamente. Somos amados o quanto queremos? Amamos tanto quanto podemos? O quanto nos dedicamos e o quanto exigimos de dedicação dos outros?

Muitos confundem amor com o desejo obsessivo pelo outro, o que caracteriza-se como doença. Existe uma linha tênue nas concepções erradas e nas percepções tortas a respeito do amor que vivenciamos nesta encarnação. Tem-se por amor exemplos absurdos e até crimes cometidos em seu nome, enquanto o amor exemplificado por Jesus no Evangelho é ignorado, como sendo uma afronta aos valores de honra e orgulho.

Primeiro precisamos nos libertar do orgulho, do que consideramos honra, dos valores tortos de compensação da dor. Quando assim conseguirmos, vivenciaremos o primeiro amor de todos, aquele que precisamos ter para conosco, o “autoamor” como definiu Joanna. Amar-nos é condição primordial para amar nosso próximo. Só assim conseguiremos fazer aos outros o que queremos que nos façam. Sem conhecer-nos e sem amar-nos, há um comportamento vazio de amor.

Qual a nossa condição mental? Será que estamos pensando e vibrando amorosamente? Se assim estivermos, estaremos seguros quanto aos males que nos rodeiam. Mas no geral, várias vezes por dia nós caímos no erro de pensar em males e negatividades. Nas questões 919 e 919a de “O Livro dos Espíritos” , as instruções são claras sobre rememorar nosso dia a dia, relembrando nossos erros e como podemos nos conhecer e nos melhorar neste sentido (falei sobre isso aqui).

Então quando nossa Reforma Íntima estiver em curso, o amor será consequência e aprenderemos a lidar muito melhor com nosso cotidiano e nossas atitudes, assim como para com as atitudes dos outros, estejam eles passos atrás ou afrente de nós.

Às vezes somos destratados, agredidos moralmente, ou atacados por aqueles que não nos compreendem. Precisamos então passar a compreendê-los sem agredir, e quem sabe nosso exemplo não sirva para alertá-los. Quem sabe nossas orações e preces surtam efeito. Quem sabe consigamos representar em infinitésima migalha o que o Mestre nos exemplificou esplendoramente?

Esse é o árduo, porém recompensador caminho do Aprendiz Espírita. Que todos possamos trilhá-lo com os sapatos protetores do amor e os agasalhos de sabedoria disponíveis.

janeiro 17, 2013

CONSEQÜÊNCIAS DOS ATOS

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , , — Aprendiz @ 12:17 am

Sobre a conseqüência dos atos errôneos cometidos em uma encarnação, no caso aqui o abuso de poder de um governante sobre a população, André Luiz nos traz um caso prático de como uma nova encarnação pode ser.

Com o respeito devido à dor e com a observação imposta pela Ciência, verifiquei que o pequeno paralítico mais se assemelhava a um descendente de símios aperfeiçoados.
– Sim, o espírito não retrocede em hipótese alguma – explicou Calderaro –; todavia, as formas de manifestação podem sofrer degenerescência, de modo a facilitar os processos regenerativos. Todo mal e todo bem praticados  na vida impõem modificações em nosso quadro representativo. Nosso desventurado amigo envenenou para muito tempo os centros ativos da organização perispiritual. Cercado de inimigos e  desafetos, frutos da atividade criminosa a que se consagrou voluntariamente, permanece quase embotado pelas sombras resultantes dos seus tremendos erros.
(…)
Os abusos da razão e da autoridade  constituem faltas graves ante o Eterno Governo dos nossos destinos.

(Francisco Cândido Xavier – No Mundo Maior – pelo Espírito André Luiz – pp.91-92)

“o espírito não retrocede em hipótese alguma”

Essa afirmação do instrutor Calderaro à André Luiz é corroborada pelo Livro dos Espíritos (questão 118).

118. Os Espíritos podem degenerar?

— Não. A medida que avançam, compreendem o que os afasta da perfeição. Quando o Espírito conclui uma prova, adquiriu conhecimento e não mais o perde. Pode permanecer estacionado, mas não retrogradar.

Ou seja, o pequeno paralítico com suas dificuldades não significa um espírito naquela condição por “punição divina”, simplesmente significa que as atitudes imorais para com a cristandade e os valores descritos por Cristo como os guias à angelitude, que o irmão praticou em outra encarnação, causaram danos não só para os outros que padeceram pela sua crueldade, como para seu próprio perispírito, que estacionou em grau evolucionário até que as provas e os débitos fossem concluídos.

Com certeza muito ódio foi movimentado ao longo do tempo, onde aqueles que outrora desencarnaram de forma vil e cruel concentraram suas vibrações repletas de negatividade em torno da figura daquele irmão que errou, atrasando ainda mais o progresso das expiações, ainda no mundo imaterial. Com o passar do tempo, esse ódio vai se depurando e, através do esclarecimento, menos e menos verdugos permanecem na perseguição cruel. Deus, fonte de misericórdia, permite que essa perseguição aconteça como forma de corrigenda àquele que errou. Não é dor gratuita, mas sim sublime escola que através do sofrimento ensina e faz progredir. Todos podemos aprender de forma agradável, sempre temos a chance de progredir pelo amor. Mas nos parece ainda difícil assimilar a ideia de amar incondicionalmente, então a dor acaba sendo mais eficaz.

Com menos perseguidores no mundo espiritual e inimigos menos empenhados, abre-se espaço para uma nova encarnação, onde os crimes do passado vão se esvaindo através de expiações. A paralisia é sempre algo que nos faz refletir. Há um espírito funcional ali, um perispírito com certo nível de consciência e funcionamento, mas que está preso a um corpo que não é capaz de lhe responder as atitudes e comandos.

É preciso lembrar que nem todo paralítico é fruto de expiação de provas determinadas. Nas reencarnações, cada caso é um caso. Quem poderá dizer que determinados casos não sejam uma provação à mãe para amar o filho incondicionalmente, tendo a mãe agido errado antes? Aquele espírito encarnado como paralítico pode ter escolhido por amor nascer daquela forma para ensinar o valor do amor e carinho desvelados de uma mãe.

Mas enfim, as conseqüências de nossos atos se imprimem como tatuagens em nosso perispírito, fator que valoriza os bons atos e denuncia os maus atos. Aquele que imagina fazer algo errado sem ser notado, não percebe que tatua seu erro em si mesmo.

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