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janeiro 12, 2015

FIXAÇÃO MENTAL

Áulus ouviu com atenção e ponderou:

– E imprescindível compreender que, depois da morte no corpo físico, prosseguimos desenvolvendo os pensamentos que cultivávamos na experiência carnal. E não podemos esquecer que a Lei traça princípios universais que não podemos trair. Subordinados à evolução, como avançar sem lhe acatarmos a ordem de harmonia e progresso? A idéia fixa pode operar a indefinida estagnação da vida mental no tempo.

(…)

– E o problema da imobilização da alma?

(…)

– Em nossa imagem, podemos defini-la com a propriedade possível. É que o tempo, para nós, é sempre aquilo que dele fizermos. Para melhor compreensão do assunto, lembremo-nos de que as horas são invariáveis no relógio, mas não são sempre as mesmas em nossa mente. Quando felizes, não tomamos conhecimento dos minutos. Satisfazendo aos nossos ideais ou interesses mais íntimos, os dias voam céleres, ao passo que, em companhia do sofrimento e da expressão, temos a idéia de que o tempo está inexoravelmente parado. E quando não nos esforçamos por superar a câmara lenta da angústia, a idéia aflitiva ou obsecante nos corroí a vida mental, levando-nos à fixação. Chegados a essa fase, o tempo como que se cristaliza dentro de nos, porque passamos a gravitar, em Espírito, em torno do ponto nevrálgico de nosso desajuste. Qualquer grande perturbação interior, chame-se paixão ou desânimo, crueldade ou vingança, ciúme ou desespero, pode imobilizar-nos por tempo indefinível em suas malhas de sombra, quando nos rebelamos contra o imperativo de marcha incessante com o Sumo Bem. Analisemos ainda o nosso símbolo do combate. O relógio inflexível assinala o mesmo horário para todos, entretanto, o tempo é leve para os que triunfaram e pesado para os que perderam. Com os vencedores, os dias são felicidade e louvor e com os vencidos são amarguras e lágrimas. Quando nos não desvencilhamos dos pensamentos de flagelação e derrota, através do trabalho constante pela nossa renovação e progresso, transformamo-nos em fantasmas de aflição e desalento, mutilados em nossas melhores esperanças ou encafurnados em nossas chagas íntimas. E quando a morte nos surpreende nessas condições, acentuando-se-nos então a experiência subjetiva, se a alma não se dispõe ao esforço heróico da suprema renúncia, com facilidade emaranha-se nos problemas da fixação, atravessando anos e anos, e por vezes séculos na repetição de reminiscências desagradáveis, das quais se nutre e vive. Não se interessando por outro assunto a não ser o da própria dor, da própria ociosidade ou do próprio ódio, a criatura desencarnada, ensimesmando-se, é semelhante ao animal no sono letárgico da hibernação. Isola-se do mundo externo, vibrando tão-somente ao redor do desequilíbrio oculto em que se compraz. Nada mais ouve, nada mais vê e nada mais sente, além da esfera desvairada de si mesma.

(…)

– A reencarnação, em tais circunstâncias, é o mesmo que conduzir o doente inerte a certa máquina de fricção para o necessário despertamento. Intimamente justaposta ao campo celular, a alma é a feliz prisioneira do equipamento físico, no qual influencia o mundo atômico e é por ele influenciada, sofrendo os atritos que lhe objetivam a recuperação.

(…)

– Na maioria das vezes, o soerguimento é vagaroso. Podemos comprovar isso no estudo das crianças retardadas, que exprimem dolorosos enigmas para o mundo… Somente o extremado amor dos pais e dos familiares consegue infundir calor e vitalidade a esses entezinhos que, não raro, se demoram por muitos anos na matéria densa, como apêndices torturados da sociedade terrestre, curtindo sofrimentos que parecem injustificáveis e estranhos e que constituem para eles a medicação viável. É possível auscultar ainda a verdade de nossa assertiva, nos chamados esquizofrênicos e nos paranóicos que perderam o senso das proporções, situando-se em falso conceito de si mesmos. Quase todas as perturbações congeniais da mente, na criatura reencarnada, dizem respeito a fixação que lhe antecederam a volta ao mundo. E, em muitos casos, os Espíritos enleados nesses óbices seguem do berço ao túmulo em recuperação gradativa, experimentando choques benéficos, através das terapêuticas humanas e das exigências domésticas, das imposições dos costumes e dos conflitos sociais, deles retirando as vantagens do que podemos considerar por “extroversão” indispensável à cura das psicoses de que são portadores.

[Obra: Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz e psicografia de Francisco C. Xavier. Capítulo 25 – Em torno da fixação mental]

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Quando Áulus explica o quadro da Fixação mental, expõe um dos fatores mais paradoxais da Doutrina Espírita. Ao mesmo tempo que conota um quadro complexo, demonstra que é uma via simples o início de tudo.

“chame-se paixão ou desânimo, crueldade ou vingança, ciúme ou desespero, pode imobilizar-nos por tempo indefinível em suas malhas de sombra”

Como ser humano, só vejo ali sentimentos presentes no cotidiano da maioria. Claro que não vivemos em função destes sentimentos na maioria dos casos, mas as paixões e o desânimo estão comumente presentes em nossa sociedade, nas mais variadas formas. Tomemos por exemplo a dor de uma futura mãe que sofre um aborto espontâneo, ou de uma mãe que perde o filho em situação de dor e desespero. Quão facilmente o desespero e a dor passarão a nortear aquela vida?

Justamente por sermos humanos, tão ainda distantes de uma boa posição na escala evolutiva do Espírito, temos sempre a clemência e a misericórdia divina ao nosso lado. A reencarnação é o remédio amargo que nos ensina, por quanto tempo for necessário, a valorizar os pensamentos e atitudes de forma correta e passageira. O desespero só existe quando há desconhecimento de causas e motivos. A amargura, a vingança, as paixões, são todos elementos ligados à nossa inevolução e estado inferior que ocupamos por muitas vidas.

Podemos também observar a quantidade de doentes mentais e imaginar o porquê…

Fixação mental, cristalização da alma, monoideísmo (manter o pensamento em apenas 1 foco), tudo é motivo para obsessão e seus desdobramentos mais sérios. Como toda obsessão se inicia com a auto-obsessão, este é o melhor exemplo e melhor explicado de como esse processo tem início. A partir de hoje, que possamos policiar-nos melhor.

Nossa luta como alma é praticar a reforma íntima, prosseguir tentando ser melhor, orando e vigiando nossos pensamentos e ações, para conseguir um mínimo de melhora.

Para que a pressa? Somos eternos.

dezembro 11, 2014

FAMILIAS, PARENTELAS E LARES

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 8:48 am

– Pelo que analisamos – disse Hilário -, os fatos mediúnicos no lar são constantes…

– Justo! – confirmou o orientador [Áulus]. – Os pensamentos daqueles que partilham o mesmo teto agem e reagem uns sobre os outros, de modo particular, através de incessantes correntes de assimilação. A influência dos encarnados entre si é habitualmente muito maior que se imagina. Muita vez, na existência carnal, os obsessores que nos espezinham estão conosco, respirando, reencarnados, o mesmo ambiente. Do mesmo modo há protetores que nos ajudam e elevam e que igualmente participam de nossas experiências de cada dia. É imprescindível compreender que, em toda a parte, acima de tudo, vivemos em espírito. O intercâmbio de alma para alma, entre pais e filhos, cônjuges e irmãos, afeiçoados e companheiros, simpatias e desafeições, no templo familiar ou nas instituições de serviço em que nos agrupamos, é, em razão disso, a bem dizer, obrigatório e constante. Sem perceber, consumimos idéias e forças uns dos outros.

Obra: Nos Domínios da Mediunidade / Espírito: André Luiz  / Psicografia: Francisco C. Xavier – Capítulo 24 – Luta expiatória

A importância do lar, da convivência, das lutas internas à cada família é mais do que sabida.

No entanto, quantas famílias perfeitas conhecemos? Eu não conheço. Todas as famílias tem entes mais carismáticos, menos simpáticos, com maior ou menor empatia entre si, com desavenças e demais problemas. E somente o Espiritismo pôde colocar uma luz sobre esses assuntos tão íntimos com alguma explicação razoável e ponderável.

Imaginar que nascemos do acaso, ao acaso, para o acaso é um tanto quanto vazio, quase niilista para existência. Imaginar que nascemos para uma única vida não é suficiente para explicar lares mais estruturados do que outros. Seria uma desvantagem incompatível com a idéia de um Deus misericordioso de verdade.

Enquanto isso, as múltiplas existências de sucessivas encarnações provocam afetos e desafetos ao longo do tempo. Conservamos os bons, somos obrigados a nos reajustar com os outros, e trazemos esses efeitos durante a encarnação. O esquecimento é uma bênção justamente por nos permitir conviver com nosso inimigo dentro de casa, nos obriga a repensar a convivência e a aceitar a presença de alguém que outrora simplesmente iríamos repelir.

A todos que tenham problemas no lar, sugiro que leiam e pensem nas afirmações de Áulus, e que façam sempre suas orações, Evangelho no Lar, enfim, que blindem suas famílias de acordo com boas sintonias e vibrações.

Que assim seja.

outubro 14, 2014

SUICÍDIO INDIRETO / INVOLUNTÁRIO

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , — Aprendiz @ 1:29 am

Na obra Nosso Lar, onde temos o início da trajetória de André Luiz no mundo espiritual após o desencarne no Rio de Janeiro, encontramos importante conteúdo prático da Doutrina Espírita. Durante toda a obra, fica evidente a proximidade de André Luiz com nossos aspectos costumeiros.

Enquanto esteve nas zonas umbralinas, era chamado de “suicida” por diversas entidades. Quando pôde receber o esclarecimento do Ministro Clarêncio, ficou surpreso e refletiu a respeito. Segue o trecho da obra:

Em verde as explicações de Clarêncio, em azul, as observações de André Luiz.

– Vejamos a zona intestinal – exclamou. – A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis. A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança. Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no freqüentemente à esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico.

(…)

– Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto,
iludiu excelentes oportunidades, esperdiçando patrimônios preciosos da experiência física. A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou. Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável.

Meditei nos problemas dos caminhos humanos, refletindo nas oportunidades perdidas. Na vida humana, conseguia ajustar numerosas máscaras ao rosto, talhando-as conforme as situações. Aliás, não poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem maior significação. Conceituara, até ali, os erros humanos, segundo os preceitos da criminologia. Todo acontecimento insignificante, estranho aos códigos, entraria na relação de fenômenos naturais. Deparava-se-me, porém, agora, outro sistema de verificação das faltas cometidas. Não me defrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiam abismos infernais; contudo, benfeitores sorridentes comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma criança desorientada, longe das vistas paternas. Aquele interesse espontâneo, no entanto, feria-me a vaidade de homem.

(Trecho retirado da obra NOSSO LAR, Capítulo 4 – O Médico Espiritual)
Eis o momento em que André Luiz passa a refletir melhor sobre sua condição.
Entendo que de toda forma seremos suicidas pois ainda temos um comportamento destrutivo perante à vida. Nosso aviso é claro nessa lição, trata-se apenas de uma alteração no padrão de pensamento, na forma de ver a vida, fechando um ciclo perfeito com a moral do Cristo.
Dessa forma, nossa postura seria melhor, beneficiando todos ao nosso redor. O tempo é um privilégio, e as oportunidades, constantes.
Que tenhamos sapiência para aproveitar.

julho 24, 2014

ESPÍRITO, VIDA E PENSAMENTOS

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , — Aprendiz @ 9:30 am
“A lâmpada em cujo bojo se faz luz arroja de si mesma os fotônios que são elementos vivos da Natureza a vibrarem no “espaço físico”, através dos movimentos que lhes são peculiares, e nossa alma, em cuja intimidade se processa a idéia irradiante, lança fora de si os princípios espirituais, condensados na força ponderável e múltipla do pensamento, princípios esses com que influímos no “espaço mental”. Os mundos atuam uns sobre os outros pelas irradiações que despedem e as almas influenciam-se mutuamente, por intermédio dos agentes mentais que produzem.”
(…)
Pensamentos de crueldade, revolta, tristeza, amor, compreensão, esperança ou alegria teriam natureza diferenciada, com característicos e pesos próprios, adensando a alma ou sutilizando-a, além de lhe definirem as qualidades magnéticas. A onda mental possuiria determinados coeficientes de força na concentração silenciosa, no verbo exteriorizado ou na palavra escrita.”

[NOS DOMINIOS DA MEDIUNIDADE – CAPÍTULO 5]

Quando André Luiz relata as profundezas da mediunidade e dos intercâmbios que assistimos em qualquer casa Espírita séria, ficamos abismados com o alcance e a responsabilidade envolvidas em qualquer trabalho na área.

Esses parágrafos são extremamente importantes, pois trazem algumas informações primordiais, não a respeito da mediunidade em si, mas reflexões cotidianas. Entendemos que o intercâmbio entre encarnados e desencarnados é constante, mas que há um equilíbrio que rege a situação de nossa encarnação.

Se estamos aqui hoje é porque estamos entre iguais, em vibração e sintonia mental. Se pensarmos em nível macro, nosso planeta de Provas e Expiações, condiz com nossa evolução moral. Nosso ambiente familiar também é permeado (na maioria dos casos) por provas e assuntos a aprimorar. O interessante nestes parágrafos também, é o intercâmbio dessas forças mentais que existe na matéria, tanto dos encarnados entre si, quanto dos mundos.

O “peso” dos pensamentos e as diferenças sutil que colocamos em pensamento, verbo ou escrita é algo que soou novo para mim. Talvez a crença antiga de povos ancestrais em amuletos de papel escrito estivesse justamente nessas irradiações. Os amuletos em si não tem poder ou efeito algum, como a Doutrina já esclareceu, mas a irradiação despejada quando de sua confecção, causava algum efeito em quem sintonizasse com aquilo.

A positividade então, tem efeitos magnânimos no processo evolutivo. Faz-se mister a todos manter níveis de pensamento regularmente sãos e saudáveis. Uma espécie de “estado de prece” onde nossa comunhão com o que há de melhor se mantém constante.

Difícil ainda em nosso estágio, mas se formos errar, que façamos de forma involuntária e que logo possamos corrigir nossa mente, e com o passar do tempo, talvez tenhamos o HABITO de manter boas emanações mentais.

Deus nos ajude.

janeiro 17, 2013

CONSEQÜÊNCIAS DOS ATOS

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , , — Aprendiz @ 12:17 am

Sobre a conseqüência dos atos errôneos cometidos em uma encarnação, no caso aqui o abuso de poder de um governante sobre a população, André Luiz nos traz um caso prático de como uma nova encarnação pode ser.

Com o respeito devido à dor e com a observação imposta pela Ciência, verifiquei que o pequeno paralítico mais se assemelhava a um descendente de símios aperfeiçoados.
– Sim, o espírito não retrocede em hipótese alguma – explicou Calderaro –; todavia, as formas de manifestação podem sofrer degenerescência, de modo a facilitar os processos regenerativos. Todo mal e todo bem praticados  na vida impõem modificações em nosso quadro representativo. Nosso desventurado amigo envenenou para muito tempo os centros ativos da organização perispiritual. Cercado de inimigos e  desafetos, frutos da atividade criminosa a que se consagrou voluntariamente, permanece quase embotado pelas sombras resultantes dos seus tremendos erros.
(…)
Os abusos da razão e da autoridade  constituem faltas graves ante o Eterno Governo dos nossos destinos.

(Francisco Cândido Xavier – No Mundo Maior – pelo Espírito André Luiz – pp.91-92)

“o espírito não retrocede em hipótese alguma”

Essa afirmação do instrutor Calderaro à André Luiz é corroborada pelo Livro dos Espíritos (questão 118).

118. Os Espíritos podem degenerar?

— Não. A medida que avançam, compreendem o que os afasta da perfeição. Quando o Espírito conclui uma prova, adquiriu conhecimento e não mais o perde. Pode permanecer estacionado, mas não retrogradar.

Ou seja, o pequeno paralítico com suas dificuldades não significa um espírito naquela condição por “punição divina”, simplesmente significa que as atitudes imorais para com a cristandade e os valores descritos por Cristo como os guias à angelitude, que o irmão praticou em outra encarnação, causaram danos não só para os outros que padeceram pela sua crueldade, como para seu próprio perispírito, que estacionou em grau evolucionário até que as provas e os débitos fossem concluídos.

Com certeza muito ódio foi movimentado ao longo do tempo, onde aqueles que outrora desencarnaram de forma vil e cruel concentraram suas vibrações repletas de negatividade em torno da figura daquele irmão que errou, atrasando ainda mais o progresso das expiações, ainda no mundo imaterial. Com o passar do tempo, esse ódio vai se depurando e, através do esclarecimento, menos e menos verdugos permanecem na perseguição cruel. Deus, fonte de misericórdia, permite que essa perseguição aconteça como forma de corrigenda àquele que errou. Não é dor gratuita, mas sim sublime escola que através do sofrimento ensina e faz progredir. Todos podemos aprender de forma agradável, sempre temos a chance de progredir pelo amor. Mas nos parece ainda difícil assimilar a ideia de amar incondicionalmente, então a dor acaba sendo mais eficaz.

Com menos perseguidores no mundo espiritual e inimigos menos empenhados, abre-se espaço para uma nova encarnação, onde os crimes do passado vão se esvaindo através de expiações. A paralisia é sempre algo que nos faz refletir. Há um espírito funcional ali, um perispírito com certo nível de consciência e funcionamento, mas que está preso a um corpo que não é capaz de lhe responder as atitudes e comandos.

É preciso lembrar que nem todo paralítico é fruto de expiação de provas determinadas. Nas reencarnações, cada caso é um caso. Quem poderá dizer que determinados casos não sejam uma provação à mãe para amar o filho incondicionalmente, tendo a mãe agido errado antes? Aquele espírito encarnado como paralítico pode ter escolhido por amor nascer daquela forma para ensinar o valor do amor e carinho desvelados de uma mãe.

Mas enfim, as conseqüências de nossos atos se imprimem como tatuagens em nosso perispírito, fator que valoriza os bons atos e denuncia os maus atos. Aquele que imagina fazer algo errado sem ser notado, não percebe que tatua seu erro em si mesmo.

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