ESPIRITISMO LIVRE Livre de Dogmas, Livre da Fé Cega, Baseado em Kardec Contato: espiritismolivre@gmail.com

julho 19, 2015

MEDIUNIDADE & ESPIRITISMO – FASES

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , — Aprendiz @ 7:43 am

Prosseguindo com a série de alguns estudos importantes na Seara do Cristo, temos um importante livro editado também pela FEB chamado SEARA DOS MÉDIUNS, voltado a um significado mais profundo de pontos importantes do Livro dos Médiuns.

Abaixo o trecho do Livro dos Médiuns em verde e depois a lição de Seara dos Médiuns em azul. Minhas observações estão sempre em preto ao final dos textos.

1. MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS

160. Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos materiais como os movimentos dos corpos inertes, os ruídos, etc. Podem ser divididos em médiuns facultativos e médiuns involuntários. (Ver 2ª parte, caps. II e IV).

Os médiuns facultativos têm consciência do seu poder e produzem fenômenos espíritas pela própria vontade. Essa faculdade embora inerente à espécie humana, como dissemos, não se manifesta em todos no mesmo grau. Mas se são poucas as pessoas que não a possuem, ainda mais raras são as que produzem grandes efeitos como a suspensão de corpos pesados no espaço, o transporte através do ar e sobretudo as aparições.

Os efeitos mais simples são o da rotação de um objeto, de pancada por meio de movimentos desse objeto ou dadas interiormente na sua própria substância. Sem se dar importância capital a esses fenômenos, achamos que não devem ser menosprezados. Podem proporcionar interessantes observações e contribuir para firmar a convicção. Mas convém notar que a faculdade de produzir efeitos materiais raramente se manifesta entre os que dispõem de meios mais perfeitos de comunicação, como a escrita e a palavra. Geralmente a faculdade diminui num sentido à medida que se desenvolve em outro.

SEARA DOS MÉDIUNS

(pelo Espírito Emmanuel / Psicografado por Chico Xavier)

29 – Aviso, chegada e entendimento

Reunião pública de 25/4/1960

Questão nº 160

A intervenção franca do Plano Espiritual, no Plano Físico, pode ser admitida no conceito popular como embaixada portadora de metas decisivas, a definir-se em três períodos essenciais: aviso, chegada e entendimento.

De Swedenborg a Andrew Jackson Davis, surpreendemos a mediunidade ativa, sob as ordens da Esfera Superior, no aviso da renovação necessária.

E se pequenas disparidades são registradas no verbo dos obreiros em serviço, é justo lembrar que na interpretação da realidade, quanto na interpretação da música, a expressão isolada varia, conforme as peculiaridades do instrumento.

Em 1848, no vilarejo de Hydesville, inicia-se publicamente a chegada dos comandos da sobrevivência.

Os emissários desencarnados, quais familiares há muito tempo ausentes da própria casa, alcançam a moradia terrestre, batendo freneticamente à porta.

Na residência dos Fox, não faltam nem mesmo as palmas de quem chega e de quem recepciona, entre a menina Kate e o Espírito Charles Rosna, baseando-se em pancadas os rudimentos da linguagem primitiva entre os dois planos.

Desde então, embora as dificuldades morais de muitos dos trabalhadores humanos, reencarnados no circulo terrestre, começam a operar diversas comissões mediúnicas, chamando pacificamente a atenção da Terra.

Os fenômenos físicos por Daniel Dunglas Home e pelos irmãos Davenport, por Florence Cook e por Eusápia, tanto quanto através de outros medianeiros, falam à aristocracia do poder e da inteligência, em palácios e laboratórios, agitando os salões de lazer e as preocupações da imprensa.

Aos ruídos da visitação invisível, misturam-se os ruídos da opinião.

Ouvem-se batidas surpreendentes aqui e ali, mãos luminosas acenam por toda a parte, vozes ressoam entre lábios selados, mensagens rápidas são transmitidas, de maneira direta, e entidades materializam-se ante os experimentadores, tomados de assombro.

Entretanto, a obra do entendimento é encetada com Allan Kardec, que esclarece a posição da doutrina e do fenômeno, como quem separa o trigo da vestimenta de palha, estabelecendo rumos, criando obrigações e definindo responsabilidades.

Mas, como toda edificação espiritual obedece à cronologia da mente, ainda hoje encontramos milhares de pessoas na fase do aviso e milhares de outras na fase da chegada, entre a esperança e a convicção.

Quanto a nós, que nos achamos na fase do entendimento, saibamos concretizar os princípios da fraternidade e esparzir o socorro moral, em beneficio das consciências, estendendo a luz ao coração do povo, porquanto o Plano Espiritual atinge o Plano Físico, em cumprimento das promessas do Cristo, de modo a reunir todas as criaturas na lei do bem e habilitá-las, convenientemente, para a continuidade do serviço de hoje, no grande futuro ou no grande além, ante a Vida Maior.

——————————

Esta é uma lição importante pois diz respeito às fases do Espiritismo em seu início. Primeiro as pistas sobre qual seria a verdade a respeito da existência dos espíritos, sua função e a continuidade da existência. Inúmeras obras em várias épocas tratam desse assunto, mas Swedenborg é um caso especial pois os registros são bastante fartos.

Sugiro que olhem nesta página. (LINK)

Como Pastor Luterano e Capelão Real, Swedenborg possuía grande formação teológica e espiritual, o que o tornava capaz de distinguir elementos importantes na metafísica e na ilusão. Um bom resumo biográfico também foi colocado por Sir Artur Conan Doyle em “História do Espiritismo”. Vou colocar na íntegra em página a parte (AQUI). Peço notar, porém, que o próprio Doyle, quando escreveu sua obra, assumiu uma ordem parecida com a que Emmanuel nos coloca na lição acima.

Isso porque o Espiritismo em si é produto de uma curiosidade organizacional somada aos enormes esforços da espiritualidade em fazer-se presente e moralizar as manifestações mediúnicas. Quando dizemos e chamamos Kardec de “codificador” significa que ele organizou o estudo e as verdades contidas na revelação espírita, não que ele as tenha iniciado. Quando ele investigou o fenômeno das Mesas Girantes por exemplo, Aksakof já realizava observações e experimentos na Europa. O passo adiante é que foi importante. Ir além do fenômeno em si e partir para o aprendizado.

Os acontecimentos em Hydesville, com as Irmãs Fox, foram marco das manifestações físicas, com batidas, sons, objetos em movimento que demonstravam a presença de uma inteligência capaz de interagir com os habitantes da casa. Fato é que os fenômenos sempre existiram, mas durante os séculos XVIII e XIX assumiram caráter mais forte, especialmente entre cientistas e aristocratas, justamente opondo o cientificismo materialista de uma época com a metafísica até então ignorada pelo positivismo como charlatanismo. Foi assim que grandes cientistas, como Crookes, W.J. Crawford e Lombroso se curvaram à verdade que foi comprovada cientificamente: havia inteligência e espíritos com consciência própria, cuja identidade foi comprovada e que sobreviveram à “morte”. Constatado o fato, o Espiritismo deveria dar mais um passo.

No Livro dos Médiuns, na parte “Dissertações Espíritas”, dentro de ‘Sobre as Sociedades Espíritas”, o Espírito São Luis nos esclarece que:

XXIII

O silêncio e o recolhimento são condições essenciais para todas as comunicações sérias. Nunca obtereis preencham essas condições os que somente pela curiosidade sejam conduzidos às vossas reuniões. Convidai, pois, os curiosos a procurar outros lugares, por isso que a distração deles constituiria uma causa de perturbação.

Ou seja, a curiosidade motivava a banalidade das comunicações, e a ciência, que mais adiante esgotaria suas comprovações, já não demandavam fenômenos observáveis. Agora era o momento de que a moralidade tomasse conta dos fenômenos, e para isso, a escrita e a comunicação oral seriam mais eficientes. Era chegada a fase do Entendimento, ou seja, o Espiritismo como idealizado por Kardec, sempre baseado em Jesus, com base na caridade e no auxílio. Agora os fenômenos físicos não são mais necessários, as experiências em laboratório cada vez menos habituais, pois são fartos os registros disponíveis. A moral dita que o Espiritismo deva sua verdadeira vocação ao AMOR, portanto, o médium é um instrumento, meio de auxílio e comunicação entre as esferas, e não uma marionete prática para ser estudado.

O médium de hoje deve ser moralizado e agir eticamente, deve estar pronto para absorver a verdade sem questionamentos niilistas que só visam prorrogar o trabalho e postergar obrigações.

Já a humanidade é movida por ritmos diversos e muitos irmãos ainda residem alheios a esses fatos. Precisamos lembrar que a cada um será cobrado conforme seu entendimento permitir, sendo que os que já despertaram para as verdades do espiritismo não podem se consolar no atraso de irmãos que estão iniciando a jornada. Nossa tarefa é justamente de maior depuração possível, de forma a preparar e deixar o melhor legado possível a todos e à nós mesmos para que a evolução ocorra em todos os níveis.

É um prazer servir ao Cristo. Todos somos médiuns e devemos olhar de frente os preceitos de amor e caridade.

Que Deus e os bons irmãos nos acompanhem (e que sejamos merecedores)…

outubro 17, 2014

OBSESSÃO E JUSTIÇA DIVINA – DOR

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , , — Aprendiz @ 6:15 am

“Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade. Recordemos o ensinamento de nosso Divino Mestre. Não basta arrancar o joio. É preciso saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro. Não há dor sem razão. Atendamos, assim, à lei da cooperação, sem o propósito de nos anteciparmos à Justiça Divina”

(Nos Domínios da Mediunidade – Capítulo 23 – Fascinação).

O Instrutor Áulus, nessa passagem, nos lembra de importante dado. Não existe dor ou sofrimento sem um motivo. E independente do que nos pareça, dentro de nossas limitadas impressões e campos de visão, a Justiça Divina nunca falha. Nada é injusto quando é divino, ou seja, originado na perfeição do Criador.

Os quadros de obsessão, especialmente aqueles que avançam para as doenças mentais, são sempre tristes de se observar. Despertam compaixão naqueles que possuem melhor compreensão destes fenômenos, mas ainda sim, deve inspirar respeito. Esse quadro lamentável não ocorre entre obsessor x vítima, mas sim vítima x vítima, procedentes de um passado que não podemos contemplar. São vítimas de falsos valores transitórios da carne, transferidos ao mundo espiritual. São vítimas ainda da estagnação espiritual e da falsa ilusão de honra.

Difícil precisar quem não estaria sujeito à esses processos na larga escala de tempo da existência de nossa alma. Vivemos incontáveis vidas, com incontáveis companheiros e pessoas. Talvez ontem, fôssemos nós estes doentes obsidiados ou obsessores. Hoje, felizmente, temos recursos de conhecimento para auxílio e remédio destes quadros.

Possamos utilizar a palavra do Cristo para auxiliar sempre, e a conduta apreendida nestes casos para o progresso real. Possamos saber ver e ouvir os conselhos de nossos amigos espirituais, e principalmente, saibamos ignorar aqueles que visam nos prejudicar, tento certeza de que cedo ou tarde, acordarão para as verdades eternas do Espírito.

O que é a dor então? Um mecanismo de ajuste que nossa imperfeição demanda.

julho 24, 2014

ESPÍRITO, VIDA E PENSAMENTOS

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , — Aprendiz @ 9:30 am
“A lâmpada em cujo bojo se faz luz arroja de si mesma os fotônios que são elementos vivos da Natureza a vibrarem no “espaço físico”, através dos movimentos que lhes são peculiares, e nossa alma, em cuja intimidade se processa a idéia irradiante, lança fora de si os princípios espirituais, condensados na força ponderável e múltipla do pensamento, princípios esses com que influímos no “espaço mental”. Os mundos atuam uns sobre os outros pelas irradiações que despedem e as almas influenciam-se mutuamente, por intermédio dos agentes mentais que produzem.”
(…)
Pensamentos de crueldade, revolta, tristeza, amor, compreensão, esperança ou alegria teriam natureza diferenciada, com característicos e pesos próprios, adensando a alma ou sutilizando-a, além de lhe definirem as qualidades magnéticas. A onda mental possuiria determinados coeficientes de força na concentração silenciosa, no verbo exteriorizado ou na palavra escrita.”

[NOS DOMINIOS DA MEDIUNIDADE – CAPÍTULO 5]

Quando André Luiz relata as profundezas da mediunidade e dos intercâmbios que assistimos em qualquer casa Espírita séria, ficamos abismados com o alcance e a responsabilidade envolvidas em qualquer trabalho na área.

Esses parágrafos são extremamente importantes, pois trazem algumas informações primordiais, não a respeito da mediunidade em si, mas reflexões cotidianas. Entendemos que o intercâmbio entre encarnados e desencarnados é constante, mas que há um equilíbrio que rege a situação de nossa encarnação.

Se estamos aqui hoje é porque estamos entre iguais, em vibração e sintonia mental. Se pensarmos em nível macro, nosso planeta de Provas e Expiações, condiz com nossa evolução moral. Nosso ambiente familiar também é permeado (na maioria dos casos) por provas e assuntos a aprimorar. O interessante nestes parágrafos também, é o intercâmbio dessas forças mentais que existe na matéria, tanto dos encarnados entre si, quanto dos mundos.

O “peso” dos pensamentos e as diferenças sutil que colocamos em pensamento, verbo ou escrita é algo que soou novo para mim. Talvez a crença antiga de povos ancestrais em amuletos de papel escrito estivesse justamente nessas irradiações. Os amuletos em si não tem poder ou efeito algum, como a Doutrina já esclareceu, mas a irradiação despejada quando de sua confecção, causava algum efeito em quem sintonizasse com aquilo.

A positividade então, tem efeitos magnânimos no processo evolutivo. Faz-se mister a todos manter níveis de pensamento regularmente sãos e saudáveis. Uma espécie de “estado de prece” onde nossa comunhão com o que há de melhor se mantém constante.

Difícil ainda em nosso estágio, mas se formos errar, que façamos de forma involuntária e que logo possamos corrigir nossa mente, e com o passar do tempo, talvez tenhamos o HABITO de manter boas emanações mentais.

Deus nos ajude.

abril 25, 2014

Abusos da Mediunidade – Léon Denis

Filed under: Espiritismo,reforma íntima — Tags:, , , , , — Aprendiz @ 6:43 am

XXIV – Abusos da mediunidade

Na primeira ordem dos abusos que devemos assinalar, cumpre colocar as fraudes, as simulações.

As fraudes ou são conscientes e volitivas, ou inconscientes. Neste último caso são provocadas quer pela ação de Espíritos  malfazejos, quer por sugestões sobre os médiuns exercidas pelos experimentadores e assistentes.

As fraudes conscientes provêm ora de falsos médiuns, ora de médiuns verdadeiros, mas pérfidos, que têm feito sua faculdade uma fonte de proventos materiais. Desconhecendo a nobreza e a importância de sua missão, por natureza preciosa, eles a transformam num meio de exploração e não trepidam, quando falha o fenômeno, em o simular com artifícios.

Os falsos médiuns se encontram um pouco por toda parte. Uns não passam de péssimos farsistas que se divertem à custa do vulgacho e a si mesmos se traem cedo ou tarde. Outros há, industriosos, hábeis, para os quais o Espiritismo é apenas uma mercancia; esforçam-se por imitar as manifestações, tendo em mira o lucro a auferir. Muitos têm sido desmascarados em plena sessão; alguns já foram colhidos nas malhas de ruidosos processos. Nessa ordem de fatos, têm sido presenciadas as mais audaciosas falcatruas. Certos indivíduos, abusando da boa-fé dos que os consultam, não têm hesitado em profanar os mais sagrados sentimentos e tornar suspeitas uma ciência e doutrinas que podem ser um meio de regeneração. Na maioria das vezes, são destituídos do sentimento de sua responsabilidade;’ mas na vida de além-túmulo bem desagradáveis surpresas lhes estão reservadas.

É incalculável o prejuízo por esses espertalhões causado à verdade. Com seus artifícios têm afastado muitos pensadores do estudo sério do Espiritismo. Por isso é dever de todo homem de bem desmascará-los, expô-los à merecida execração. O desprezo neste mundo, o remorso e a vergonha no outro – eis o que os espera. Porque, nós o sabemos, tudo se paga: o mal recai sempre sobre aquele que o pratica.

Não há coisa mais vil, mais desprezível, que bater moeda sobre as dores alheias, simular, a troco de dinheiro, os amigos, os entes caros que choramos, fazer da própria morte uma especulação desbriada, um objeto de falsificação.

O Espiritismo não pode ser responsabilizado por tais manejos. O abuso ou imitação de uma coisa nada pode fazer prejulgar contra a própria coisa. Não vemos frequentemente imitados os fenômenos de Física pelos prestidigitadores? E que prova isso contra a verdadeira Ciência? Nada. O investigador inteligente deve estar precavido e fazer constante uso de sua razão. Se há alguns laboratórios em que, a pretexto de manifestações, se pratica um odioso tráfico, numerosos círculos existem, compostos de pessoas cujo caráter, posição e honorabilidade constituem outras tantas garantias de sinceridade, inacessíveis em tais condições a qualquer suspeita de charlatanismo.

*** LÉON DENIS – NO INVISÍVEL ***

A mediunidade, em seus diversos níveis, existe em todos os humanos encarnados. Isso não é mais discutível, é como se fosse uma função orgânica, mais ostensiva em alguns, menos em outros.

A prática da mediunidade, dentro do Espiritismo (ou como alguns dizem, do Kardecismo) exige rigorosa educação dentro da moral e da ética cristãs. Nada além disso é aceitável.

Não é uma atitude cristã:

– Manipular pessoas e atitudes;

– Obter ganhos materiais de QUALQUER faculdade mediúnica;

– Fingir fenômenos em troca de prestígio, e etc.

O primeiro fator benéfico da mediunidade é ser um meio de se praticar a caridade. Mediunidade e caridade tem que exercer uma função mútua para trazer benefícios a todos, não só ao médium, mas também aos Espíritos que dele se valeram e dos encarnados que tiveram alguma forma de retorno.

Médium = MEIO.

Médium é apenas uma ferramenta, um meio de transmissão, e não é ele que “detém poderes” ou faculdades, é apenas uma ferramenta, que deve estar em ótimas condições de ser utilizada. Para isso, conduta reta e estudo são fundamentais.

As fraudes mancharam sim a imagem do Espiritismo, e os que praticam a prestidigitação ou enganam pessoas, trazendo muitas vezes sofrimento e perdas materiais, denigrem uma doutrina que visa apenas o bem, o amor e a caridade. Por isso devem ser combatidos e denunciados.

Nunca consulte médiuns que cobram. Nunca pague por algo que é gratuito.

Espíritos moralmente elevados não podem utilizar seu dinheiro, nem objetos, nem alimentos. Eles fazem o bem pela caridade. E a caridade sempre foi gratuita.

Mediunidade com Jesus, Mediunidade pautada por princípios morais retos, estudo e conhecimento. Só assim um médium pode-se dizer ESPÍRITA.

agosto 18, 2011

Explicação Sobre Comunicações e Mediunidades – I

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , , — Aprendiz @ 7:21 am
Para conhecimento das pessoas estranhas à ciência,diremos que não há horas mais propícias, umas que outras, como não há dias nem lugares, para comunicar com os Espíritos. Diremos mais: que não há fórmulas nem palavras sacramentais ou cabalísticas para evocá-los; que não há necessidade alguma de preparo ou iniciação; que é nulo o emprego de quaisquer sinais ou objetos materiais para atraí-los ou repelilos, bastando para tanto o pensamento;e, finalmente, que os médiuns recebem deles as comunicações sem sair do estado normal, tão simples e naturalmente como se tais comunicações fossem ditadas por uma pessoa vivente. Só o charlatanismo poderia emprestar às comunicações formas excêntricas, enxertando-lhes ridículos acessórios. (Allan Kardec – O que é o Espiritismo, cap. II, nº 49.)
____________________________________

Pelos termos de busca que trazem leitores à este website, percebo que estão iniciando o estudo da Doutrina ou possuem curiosidade. A curiosidade é mãe do conhecimento, geralmente o precede, e só é ruim quando traz ações desinformadas.

O texto acima é necessário para terminar qualquer superstição que ainda possa restar ou dúvida que advém destas matérias. O medo da mediunidade é uma realidade para muitos. Todos os espíritas conhecem ou sabem de casos onde belas mediunidades poderiam ser bem utilizadas e direcionadas mas os próprios médiuns têm medo das habilidades.

Amuletos e superstições vão mexer com espíritos afins a estas práticas. Espíritos realmente sérios e elevados não precisam de “agrados” “amuletos” e se utilizam horários, pedem isso para justamente prepararem o ambiente e as energias / fluídos (como acontece nas casas espíritas). Não é agressivo, não é mágico, não é estranho, bom espírito causa boa sensação.

Já o pensamento, este sim é o maior poder do ser humano. Se entendêssemos o poder que um pensamento exerce sobre o plano espiritual. Como nossas boas vibrações afetam positivamente os espíritos nos quais pensamos. É complicado, mas nosso pensamento é plasmado em realidade no mundo espiritual, tem um alcance formidável, podendo percorrer enormes distâncias e acionar mecanismos gigantescos da mente. É o suficiente para atrair ou repelir a atenção de um espírito, desde que haja condições morais para isso.

O contato com os bons espíritos e sua vigília sob nós só depende de nosso próprio comportamento, pensamento e ação.

junho 22, 2010

O Médium Medroso

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , — Aprendiz @ 12:31 pm

Talvez um dos maiores problemas relacionados à mediunidade seja o medo que muitos sentem do fenômeno em si. Perceber um espírito traz para muitos um assombro inexplicável à primeira vista. Fruto das mistificações e, na minha humilde opinião, da massificação de filmes e séries de horror e maldade que imprimem cenas indesejáveis em nosso subconsciente. A associação mental é automática.

De qualquer forma, muitas são as explicações e este é um problema real para muitos espíritas. Foi abordado de forma brilhante na passagem abaixo.

– Gosto das reuniões espíritas, contudo, tenho medo de comparecer…

– Sinto a mediunidade, mas temo…

– Creio racionalmente no Mundo dos Espíritos, entretanto, não posso nem pensar seja possível que um espírito me apareça…

Se surgem comumente confissões quais essas, é preciso anotar que elas exprimem apenas reduzido número daquelas criaturas que dizem com franqueza o que pensam.

Quantos médiuns se afastam em silêncio da ação edificante a que foram chamados e só os Amigos da Espiritualidade lhes testemunham o medo inconfessável, a se lhes enrodilhar nos corações por visco entorpecente!

Sim! Um dos muitos tipos de medianeiros frustrados no intercâmbio espiritual e que escapam até agora de toda classificação é o médium medroso.

As pessoas impressionáveis quase sempre revelam espontâneas suscetibilidades incluindo naturalmente o medo por um dos agentes essenciais da sensibilização mediúnica. Complexadas por algum fato ou conversa ouvida, leitura ou referência que lhes vincaram a emotividade, alimentam terror pânico e difuso ante o exercício das faculdades psíquicas, sem qualquer razão de ser.

Certifiquemo-nos de que o medo é uma espécie de baraço invisível, frenando inutilmente legiões de trabalhadores valorosos à margem do serviço. Fobia – muitas vezes derivada de atitudes infantis – é necessário saibamos curá-la, pela medicação do amor fraternal e do esclarecimento lógico, sem perder de vista que a ocorrência mediúnica é manifestação de espírito para espírito igual aos sucessos corriqueiros da vida terrestre.

Médiuns, se o medo é o teu problema individual, no que respeita à prática medianímica, situa na construção da fé raciocinada a melhoria a que aspiras!

A coerência com os princípios que esposamos ensina-nos que a criatura de fé verdadeira nada teme, senão a si própria, atenta que vive às fraquezas pessoais. Em razão disso, é correto receares simplesmente a ti mesmo, em todos os sentimentos que ainda não conseguiste disciplinar.

Se não te amedrontas face à condição de intérprete para a troca verbal entre criaturas que versam idiomas diferentes, por que temer a posição de instrumento entre pessoas domiciliadas em esferas diferentes, carecidas da cooperação mediúnica?
Por que motivo te assustares diante dos desencarnados, que são, na essência, personalidades iguais a ti mesmo?

Espíritos benevolentes e esclarecidos são mentores preciosos que merecem apreço e espíritos doentes ou infelizes não devem ser temidos, por necessitados de mais amor.

Medo é inexperiência.

Corrige-te através do labor mediúnico, raciocinando com o Evangelho Vivo e perseverando na tarefa de fraternidade.

Na edificação doutrinária, onde se subjetiva o intercâmbio puro com as Esferas Superiores, todos os companheiros se esforçam na garantia dos bons pensamentos e assistência espiritual se levanta de preces sinceras, sendo, portanto, num templo espírita, o local em que a pessoa humana cousa alguma deve temer, por encontrar aí as fontes de seu próprio consolo e sustentação.

Não te admitas incapaz de dominar o medo perante as efusões do reino da alma. Reage contra qualquer receio infundado, mantendo-te na tranquilidade da confiança, no desassombro da fé, na leitura edificante e na meditação construtiva e, ao fazeres a tua parte na supressão de semelhante fantasma íntimo, reconhecerás que os benfeitores da Vida Maior te farão descobrir na lavra mediúnica o áureo caminho da verdade e o portal sublime do amor.

Retirado da Obra “Opinião Espírita” de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, ditada por Emmanuel e André Luiz. Editora Boa Nova, 2009. CAPÍTULO 41 – MEDO E MEDIUNIDADE. (pp; 176-177-178)

A passagem fala por si. No entanto, essa obra ainda coloca, em cada texto, uma referência à uma parte de alguma obra básica do espiritismo (geralmente ligadas à Kardec). Nesta passagem, é “O LIVRO DOS MÉDIUNS – QUESTÃO 159”

159.  Todo aquele que sente, num grau qualquer, a  influência dos Espíritos é por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. E de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente,os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem,donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações.

As principais são:  a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.

 (pp. 203 – 204 de “O Livro dos Mediuns” – FEB – Tradução de Guillon Ribeiro, 1996)

Em suma, talvez todos os medos possam ser solucionados através do estudo sério e de reuniões em centros espíritas. Mas nada irá melhorar se o próprio médium (e todos somos médiuns) não buscar os caminhos corretos afim de sua própria doutrinação e controle. Se a mediunidade é inerente ao ser humano, devemos utilizar cada dom de acordo com uma missão específica, a da caridade, da ajuda, do socorro, do auxílio.

Em alguns casos, o assombro pode ocorrer por ação de obsessões (e de auto-obsessão), onde uma espiral cíclica de terror nos arrasta involuntariamente a pensamentos negativos e desleais para nossa própria consciência. Então, o estudo irá ajudar-nos e ajudar nosso obsessor a seguir um rumo melhor. Enfim, os autores são claros, “Medo é inexperiência”.

Powered by WordPress