“Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade. Recordemos o ensinamento de nosso Divino Mestre. Não basta arrancar o joio. É preciso saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro. Não há dor sem razão. Atendamos, assim, à lei da cooperação, sem o propósito de nos anteciparmos à Justiça Divina”
(Nos Domínios da Mediunidade – Capítulo 23 – Fascinação).
O Instrutor Áulus, nessa passagem, nos lembra de importante dado. Não existe dor ou sofrimento sem um motivo. E independente do que nos pareça, dentro de nossas limitadas impressões e campos de visão, a Justiça Divina nunca falha. Nada é injusto quando é divino, ou seja, originado na perfeição do Criador.
Os quadros de obsessão, especialmente aqueles que avançam para as doenças mentais, são sempre tristes de se observar. Despertam compaixão naqueles que possuem melhor compreensão destes fenômenos, mas ainda sim, deve inspirar respeito. Esse quadro lamentável não ocorre entre obsessor x vítima, mas sim vítima x vítima, procedentes de um passado que não podemos contemplar. São vítimas de falsos valores transitórios da carne, transferidos ao mundo espiritual. São vítimas ainda da estagnação espiritual e da falsa ilusão de honra.
Difícil precisar quem não estaria sujeito à esses processos na larga escala de tempo da existência de nossa alma. Vivemos incontáveis vidas, com incontáveis companheiros e pessoas. Talvez ontem, fôssemos nós estes doentes obsidiados ou obsessores. Hoje, felizmente, temos recursos de conhecimento para auxílio e remédio destes quadros.
Possamos utilizar a palavra do Cristo para auxiliar sempre, e a conduta apreendida nestes casos para o progresso real. Possamos saber ver e ouvir os conselhos de nossos amigos espirituais, e principalmente, saibamos ignorar aqueles que visam nos prejudicar, tento certeza de que cedo ou tarde, acordarão para as verdades eternas do Espírito.
O que é a dor então? Um mecanismo de ajuste que nossa imperfeição demanda.