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abril 24, 2009

Bênção, Maldição ou Apenas Nossas Ações Refletidas?

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557. Podem a bênção e a maldição atrair o bem e o mal para aquele sobre quem são lançados?
“Deus não escuta a maldição injusta e culpado perante ele se torna o que a profere. Como temos os dois gênios opostos, o bem e o mal, pode a maldição exercer momentaneamente influência, mesmo sobre a matéria. Tal influência, porém, só se verifica por vontade de Deus como aumento de prova para aquele que é dela objeto. Demais, o que é comum é serem amaldiçoados os maus e abençoados os bons. Jamais a bênção e a maldição podem desviar da senda da justiça a Providência, que nunca fere o maldito, senão quando mau, e cuja proteção não acoberta senão aquele que a merece.”
(Livro dos Espíritos, Capítulo IX, Parte 2 – Bênçãos e Maldições p.280 – link)

Subestimar a capacidade da inteligência divina. Isso é o que fazem aqueles que praticam a ‘magia’ maligna ou feitiçaria em prol de objetivos mundanos e imorais, que visam apenas a destruição alheia ou a ‘amarrar’ algo em alguém. Esse tipo de truque é como uma criança chutando uma parede de concreto, simplesmente ineficaz. Cada um tem os demônios ou as bênçãos que merece e busca ter.

Culpar os outros e não observar os próprios atos e, depois, encher-se de orações e penas dolorosas, simplesmente não tem significado relevante ao espiritismo. Mais do que meros mártires da hipocrisia, aliás, a moda desse século, a doutrina busca seres que façam o bem em si. Bem em si significa algo que não precisa de definição, que aflora de um sentimento nobre e honesto, cujo objetivo consiga não danificar nada senão o mau/mal. Há angústia pior para algo ruim do que o bem ao lado? Sombra não se projeta na luz sozinha, mas esta última acaba com a sombra numa velocidade monstro.

Meritocracia é a palavra chave. Reinvidique o que você mereçe de fato, não o que acha que merece. Ninguém que se arrependa será salvo pelo arrependimento em si, mas pelas ações a partir dali. Arrependimento é um primeiro passo rumo à evolução, mas não é tudo. As ações que decorrem do arrependimento são as principais juradas do destino.

No cumprimento das penas que merecemos é que há o real crescimento e a evolução. Aquele que se abstém do mal pensando praticar o bem é apenas um covarde. Atitudes boas combatem o mal apenas pela existência e, nenhum tipo de bênção ou maldição atua sozinha.

abril 20, 2009

Obsessão e Moral

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“Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em conseqüência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão, que é um dos eleitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter.” (A Gênese — Capítulo 14º — Item 45).

Essa pequena passagem traduz muita coisa. A obsessão, atualmente já se sabe, pode ser realizada e perpetuada através de dezenas ou centenas de formas e atitudes diferentes, seja por parte do obsessor seja por parte do obsediado. Talvez o principal seja aceitar que ambos tem culpa no processo. Obsessor vai obsediar quem conceder passagem para o mau, seja em seus pensamentos, seja em seus atos.

A teia fica mais complexa quando passa a envolver o perispírito, já que este é sucetível à vícios e danos causados pelo próprio ser que o utiliza. Drogas e Álcool são dois convites à necessidades de espíritos ainda dopados de saudades da matéria e tão baixos que praticariam qualquer tipo de feitiçaria apenas para sentir o gosto do álcool e drogas. Fazem isso através das pessoas que não tem cuidado com seu perispírito e se entregam a qualquer boa sensação imoral.

A ausência de moral é a causa do mal e do mau.

abril 15, 2009

Livre-Arbítrio e Providência – Léon Denis

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Abaixo um texto que considero importante, escrito por León Denis, e retirado do excelente site O Espiritismo (link)

Livre-Arbítrio e Providência (link para o texto)

Autor: Léon Denis

Um dos problemas que mais preocuparam os filósofos e os teólogos é o do livre arbítrio: conciliar a vontade e a liberdade do homem com o fatalismo das leis naturais e com a vontade divina, parecia tanto mais difícil quanto um cego acaso parecia pesar, aos olhos de muitos, sobre o destino humano. O ensinamento dos espíritos esclareceu o problema: a fatalidade aparente que semeia de males o caminho da vida, não é mais que a conseqüência lógica do nosso passado, um efeito que se refere a uma causa, é o cumprimento do destino por nós mesmos aceito antes de renascer, e que nossos guias espirituais nos sugerem para nosso bem e nossa elevação.

Nas camadas inferiores da criação, o ser não tem ainda consciência; apenas a fatalidade do instinto o impele, e não é senão nos tipos superiores da animalidade que surgem, timidamente, os primeiros sintomas das faculdades humanas. A alma, jungida ao ciclo humano, desperta para a liberdade moral, o juízo e a consciência desenvolvem-se cada vez mais no curso de sua imensa parábola: colocada entre o bem e o mal, ela faz o confronto e escolhe livremente, tornada sábia pelas quedas e pela dor; e na prova, sua experiência forma-se e sua força mental se afirma.

A alma humana, livre e consciente, não pode mais recair na vida inferior: suas encarnações sucedem-se na dos mundos, até que, ao fim de seu longo trabalho, tenha conquistado a sabedoria, a ciência e o amor, cuja posse a emancipará para sempre das encarnações e da morte, abrindo-lhe a porta da vida celeste.

A alma alcança seus destinos, prepara suas alegrias ou dores, exercendo sua liberdade, porém, no curso de sua jornada, na prova amarga e na ardente luta das paixões, a ajuda superior não lhe será negada e, se ela mesma não a afasta, por parecer indigna dela, quando a vontade se afirma para retomar o caminho do bem, o bom caminho, a providência intervém e propicia-lhe ajuda e apoio, Providência é o espírito superior, o anjo que vigia na desventura, o Consolador invisível cujas inspirações aquecem o coração enregelado pelo desespero, cujos fluidos vivificadores fortalecem o peregrino cansado; providência é o farol aceso na noite para salvação daqueles que erram no oceano proceloso da existência; providência é, ainda e sobretudo, o amor divino que se derrama sobre suas criaturas. E quanta solicitude, quanta previdência neste amor. Não suspendeu os mundos no espaço, acendeu os sois, formou os continentes, os mares, para servir de teatro à alma, de campo aos seus progressos? Esta grande obra de criação cumpre-se somente para a alma, para ela combinam-se as forças naturais, os mundos deixam as nebulosas.

A alma é nascida para o bem, mas para que ela possa apreciá-lo na justa medida, para que possa conhecer-lhe todo o valor, deve conquistá-lo desenvolvendo livremente as próprias potencialidades: a liberdade de ação e a responsabilidade aumentam com sua elevação, pois quanto mais ela se ilumina mais pode e deve conformar a sua obra pessoal às leis que regem o universo.

A liberdade do ser é exercida, pois, em um círculo limitado, parte pelas exigências da lei natural que não sobre violações ou desordens neste mundo, parte pelo passado do próprio ser, cujas conseqüências se refletem sobre ele através dos tempos, até a completa reparação.

Assim o exercício da liberdade humana não pode obstar, em caso algum, a execução do plano divino, sem o que a ordem das coisas seria continuamente perturbada: acima de nossas vistas limitadas e variáveis, permanece e continua a ordem imutável do universo. Somos quase sempre maus juizes daquilo que é nosso verdadeiro bem; se a ordem natural das coisas devesse dobrar-se aos nossos desejos, que espantosas perturbações não resultariam disto?

A primeira coisa que o homem faria, se possuísse liberdade absoluta, seria afastar de si todas as causas de sofrimento, e assegurar para si uma vida plena de felicidade: ora, se existem males que a inteligência humana tem o dever e os meios de conjurar e destruir, como os que provêm do ambiente terrestre, outros existem que são inerentes à nossa natureza, como os vícios, que somente a dor e a repressão podem domar.

Neste caso a dor torna-se uma escola, ou antes, um remédio indispensável, pelo qual as provas são apenas uma repartição equânime da infalível justiça: é por ignorar os fins desejados por Deus, que nos tornamos rebeldes à ordem do mundo e às suas leis, e se elas são suscetíveis de nossas críticas, é apenas porque ignoramos o seu oculto poder.

O destino é conseqüência de nossos atos e de nossas livres resoluções: no suceder-se das existências, na vida espiritual, mais esclarecidos sobre nossas imperfeições e preocupações com os meios de eliminá-las, aceitamos a vida material sob a forma e nas condições que nos parecem adequadas a atingir esta finalidade. Os fenômenos do hipnotismo e da sugestão mental explicam-nos o que acontece em tais casos, sob a influência de nossos protetores espirituais; no estado de sonambulismo, a alma empenha-se a realizar uma certa ação em certo momento, por sugestão do magnetizador, e, despertada, sem recordar aparentemente a promessa, executa com exatidão o ato imposto. Assim o homem não conserva lembrança das resoluções que tomou antes de renascer, mas, chegada a hora, afronta os acontecimentos previstos, e participa deles na medida necessária ao seu progresso, ou ao cumprimento da lei inexorável.

Livro: Depois da Morte

abril 14, 2009

Toda Caminhada Longa Começa Com Um Passo

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , — Aprendiz @ 4:50 pm

Na opinião de alguns filósofos espiritualistas, o princípio inteligente, distinto do princípio material, se individualiza e elabora, passando pelos diversos graus de animalidade. É aí que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercício, suas primeiras faculdades. Esse seria para ela, por assim dizer, o período de incubação.
Chegada ao grau de desenvolvimento que este estado comporta, ela recebe as faculdades especiais que constituem a alma humana. Haveria assim filiação espiritual do animal para o homem, como há filiação corporal. Esse sistema, fundado na grande lei de unidade que preside a criação, corresponde, forçoso é convir, à justiça e à bondade do Criador; dá uma saída, uma finalidade, um destino aos animais, que deixam então de formar uma categoria de seres deserdados, para terem, no futuro que lhes está reservado, uma compensação a seus sofrimentos
”.
A Gênese – Allan Kardec
(Cap. XI-item 23)

Nos dias atuais, há um embate muito forte entre “Criacionistas” x “Darwinismo”. Os primeiros, defendem que Deus é o responsável por cada criação e destino, sendo o ser em si um resultado da vontade divina. A corrente baseada em Darwin acredita que os seres são uma evolução de ancestrais pré-existentes, ou seja, o homem é uma evolução de algum primata pré-histórico que foi evoluindo ao longo do tempo, ficando bípede, com a coluna ereta, cérebro mais desenvolvido, etc.

Porém, alguns paradoxos se apresentam em ambos os raciocínios. Os Criacionistas, por mais irônico que pareça, refutam os Darwinistas pela inexistência de provas de um ancestral comum primata aos humanos (logo os religiosos precisam ver para crer?). Os Darwinistas rebatem, questionando provas sobre a existência de Deus e de atos da criação, que poderiam ser apenas reações químicas e biológicas em bilhões de anos de atividade.

Enfim, ambas as correntes são tão radicais que chegam a ser tolas. A passagem acima, de Kardec, ilustra o que seria a evolução do espírito, que é obrigado a preencher o envoltório material no qual está destinado a habitar, mas que tem a perspectiva de progredir de acordo com suas habilidades e aprendizado, com toda paciência e tempo que a eternidade pode proporcionar. Sem dúvida Deus participou do processo como um todo, mas isso não exclui a evolução como uma escola de transferência de fases. Ora, por que um ser que habitava um corpo animal não poderia evoluir para um corpo humano? Por que Deus criaria um animal e uma pessoa aleatoriamente sem motivo algum aparente? Isso deixa de ser uma questão de fé, para tornar-se apenas uma discussão orgulhosa de qual lado tem razão.

Felizmente, nenhum dos lados tem razão, Deus e a Evolução podem caminhar juntos. Talvez a maior lição do espiritismo seja essa. Cedo ou tarde todos seríamos obrigados a evoluir, até pela condição física e moral do habitat escolhido.

Prova disso são os diversos casos relatados de ovóides, espíritos que por pura maldade ou ignorância fixam seu perispírito em formas animais, de lobos a lagartos, de forma a perderem a forma humana e caminharem rumo à uma “inevolução”, onde não perdem a evolução alcançada, seus conhecimentos ainda permanecem na sua mente, mas cada vez menos acessíveis à memória. Claro, a condição moral é a determinante nessas horas, quanto mais direcionado à negatividade, menos moral estará presente.

Enfim, Criação + Darwin + milhares de variáveis que desconhecemos = Realidade e Verdade.

Crê nos que buscam a verdade. Duvida dos que a encontraram” ( André Gide )

Breve Passagem Sobre o Aborto

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , , — Aprendiz @ 4:46 pm

Não acho que eu tenho o conhecimento necessário, tanto médico quanto psicológico e espiritual, para comentar sobre aborto. A única posição que tenho é: sou contra. Porém, vamos deixar quem tem propriedade para falar sobre o assunto comentar. Essa é uma passagem da obra “O Perispírito e Suas Modelações”, escrito por Luiz Gonzaga Pinheiro

Na problemática do aborto imagina-te ansiado pelo ingresso em determinada oficina, de cujo salário e experiência necessitas para efeito de aperfeiçoamento e promoção. Alcançando-a pelo concurso de mãos amigas, alimentas a melhor esperança. Em tudo, votos de paz e renovação aguardando o futuro. Entretanto, ainda nesta hipótese, observas-te em profundo abatimento, incapaz de comandar a própria situação. Assemelhas-te ao enfermo exausto, sem recursos para te garantires e sem palavra que te exprima, suplicando em silêncio a compaixão e a bondade daqueles aos quais a sabedoria te confiou a necessidade por algum tempo e a quem prometes reconhecimento e veneração.
Mentalizado semelhante painel, reflete no desapontamento e na dor que te tomariam de assalto se te visses inesperadamente debaixo de fria e descaridosa expulsão, a pancadas de instrumentos cortantes ou a jatos de venenosos agentes químicos.
Nessas circunstâncias, que sentimentos te caracterizariam a reação?

Mensagem de Emmanuel – Psicografia de Chico Xavier
(p. 151 do livro)

Impressionante como uma passagem dessas pode nos fazer refletir no fundo da alma.

Porém, suas próprias conclusões são aceitas e bem vindas ao debate.

Natureza Humana e Espiritismo – Dilemas

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , — Aprendiz @ 4:43 pm

Uma das questões mais importantes para o entendimento do ser humano e para suas diversas dimensões, é entender qual a nossa natureza. Seria ela boa ou ruim? Rousseau, Hobbes, Maquiavel, Locke, Marx, dentre muitos outros avaliaram sobre a natureza humana e a influência desta sobre nossas vidas. Porém levaram em conta um princípio perigoso de que todos nascemos igualmente sob uma mesma natureza e que esta, valendo para todos, era uma condição dada. O ser humano era bom, ou egoísta, ou nascia bom e o meio o mudava e etc.

No entanto, nós espíritas pressupomos diversas pré-existências e experiências que, em parte, se configuram em bagagem que trazemos conosco, e nos garantem personalidade, pensamentos, caráter e mais algumas qualidades/defeitos que são somados às experiências atuais. Somos resultado de muitos e muitos séculos de evolução em muitos planos diferentes de vida.

A generalização teórica, tão buscada pelas nossas Ciências Humanas é simplória demais para abranger a todos e caracterizar o ser humano como ente geral. Buscar uma natureza para todos é errar no alicerce, este que torna-se a base de todo o resto. Dessa forma, conforme vários escritos, virá a época em que o ser humano irá parar de buscar em si próprio ou apenas na religião as respostas, e irá unificar as 2 vertentes de forma a conseguir o máximo de auxílio externo com o máximo de esforço pessoal em prol do avanço.

A questão do livre-arbítrio é fundamental nessa discussão. Ele é pleno? Será que não havia nada planejado para nós? Na verdade ninguém tem as respostas “oficiais” de cima, mas podemos refletir um pouco sobre isso. A liberdade de ação em si é plena, porém a evolução moral traz algumas responsabilidades que inibem certas ações. Todos poderíamos sair na rua e cometer um crime, mesmo que fosse tirar uma vida, mas enquanto alguns apenas obedecem a lei dos homens ou a bíblia, outros já tem a vontade intrínseca de preservar a vida de outros. Essa vontade acaba guiando o livre-arbítrio, e é bem diferente de impulsividade.
Eu acho correto dizer que existe um “plano” traçado para todos, e que também existem tarefas e dívidas a serem pagas, mas também acho que tudo isso é muito mais amplo do que imaginamos, como um universo de possibilidades, com várias escolhas envolvidas que levam a um labirinto de consequências. Inserido nesse contexto, não negamos a missão nem o livre arbítrio, apenas conciliamos ambos. Afinal, a racionalidade deve sempre estar presente. Se não for do nosso entendimento agora, não será conhecido, mas não quer dizer que não exista.

Enfim, o dilema envolvido em natureza humana, para os espíritas, vêm de longe e a generalização prejudica em muito os estudos futuros, visto que a individualidade é fundamental. Todos imaginam outras encarnações como reis e pessoas importantes, mas deveriam lembrar-se de que talvez como escravos, pudessem ter eliminado muitas penas (vide Cônsul Públiu Lentulus-Sura / Nestor  – escaravo/ Pe. Manoel da Nóbrega / Emmanuel). Não há honra na nobreza, nem na pobreza, nem na inteligência, a honra está na moral e nas ações. De que adianta saber o Evangelho / Bíblia / Torá / Alcorão, tudo de cabeça se as ações não correspondem? Ficar rezando dia e noite palavras vazias e depois se achar escolhido ou melhor do que alguém? Esperar o Messias num carro de glórias e se achar o povo escolhido, é muita soberba. Qualquer religião que pregue ou coloque ser a escolhida ou denominar um povo como escolhido, já é imoral.

Todos esses fatores influenciam a natureza humana (?) se é que ela existe de fato.

Sobre a Função dos Espíritas

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , , — Aprendiz @ 4:40 pm

Ser espírita e conhecer algumas verdades (e não todas, logicamente), implica em responsabilidades maiores com as morais do Mestre e seus ensinamentos. Cada lição tem uma causa e efeito que todos sabemos, devem ser levados em consideração para cada ação tomada.

Cada gesto torna-se um apasiguador do passado ou um turbilhão no futuro. Como em num julgamento justo, serás julgado pelo que conheces. O espírita precisa de muita responsabilidade, já que por conhecer uma pequena fração de uma grande verdade, não tem espaços para deslizes.

Capítulo 60 do livro: Vinha de Luz*. (Talvez seja o melhor exemplo a esse respeito):

QUE FAZEIS DE ESPECIAL?

“Que fazeis de especial?” – Jesus. (MATEUS, 5:47.)

Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios
de entendimento muito acima da compreensão normal dos homens encarnados.

Em verdade, sabem que a vida prossegue vitoriosa, além da morte; que se encontram na escola temporária da Terra, em favor da iluminação espiritual que lhes é necessária; que o corpo carnal é simples vestimenta a desgastar-se cada dia; que os trabalhos e desgostos do mundo são recursos educativos; que a dor é o estímulo às mais altas realizações; que a nossa colheita futura se verificará, de acordo com a sementeira de agora; que a luz do Senhor clarear-nos-á os caminhos, sempre que estivermos a serviço do bem; que toda oportunidade de trabalho no presente é uma bênção dos Poderes Divinos; que ninguém se acha na Crosta do Planeta em excursão de prazeres fáceis, mas, sim, em missão de aperfeiçoamento; que a justiça não é uma ilusão e que a verdade
surpreenderá toda a gente; que a existência na esfera física é abençoada oficina de trabalho, resgate e redenção e que os atos, palavras e pensamentos da criatura produzirão sempre os frutos que lhes dizem respeito, no campo infinito da vida.

Efetivamente, sabemos tudo isto.
Em face, pois, de tantos conhecimentos e informações dos planos mais altos, a
beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a
interrogação do Divino Mestre:

– Que fazeis mais que os outros?

O grande mérito dessa passagem é elucidar de forma sucinta, toda responsabilidade que carregam aqueles que conhecem mais. O privilégio do erro não existe mais, a medida em que a ignorância cede lugar ao conhecimento. Saber em demasiado e não agir de acordo, é o mesmo que jogar no lixo a responsabilidade confiada.

Fazer uma boa prece é só o começo da jornada, o cotidiano é que demonstra os pontos fracos que todos temos e que precisamos melhorar.

*Edição de Internet, disponível para download no link: http://www.sej.org.br/livros.html

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