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abril 29, 2015

HÁBITOS – Análise do texto de Emmanuel

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Abaixo o texto completo de Emmanuel, e logo a seguir, uma análise de pontos importantes (Original em verde, minhas observações em preto).

20 – HÁBITO

O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.

Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.

Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática, e, em razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartando-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando conseqüentemente a nós mesmos.

Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse e, com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias, como operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias.

Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com que despende longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.

Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva. É por ela que o ser se levanta no seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.

A evolução, contudo, impõe a instituição de novos costumes, a fim de que nos desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos de existência.

É por esse motivo que vemos no Cristo — divino marco da renovação humana —todo um programa de transformações viscerais do espírito. Sem violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios. Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão. A tradição de raça opõe o fundamento da fraternidade legítima.

No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.

Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a Cruz afrontosa que cria o hábito da serenidade e da paciência, com a certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho humano.

Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios que nos precedem o “hoje”. Não podemos desconhecer, todavia, que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educar-nos e com o dever de servir, como hábitos automáticos nos alicerces de cada dia, colaborando para a segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de nosso sacrifício, é que refletiremos em nós a verdadeira felicidade, por estarmos nutrindo o verdadeiro bem.

Da Obra “PENSAMENTO E VIDA” pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Chico Xavier.

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O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.

Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.

** Compreendo aqui que, devido à nossa longa marcha evolutiva, e especialmente pelo desconhecimento das verdades eternas, tenhamos desperdiçado o tempo em aprendizados efêmeros. Porém, entendo também que todo esse tempo corresponde apenas à uma fração do que será a eternidade que nos conduzirá à plenitude. Ou seja, todo esse tempo, é ainda pouco tempo. Não devemos ter pressa para progredir, mas não podemos utilizar esse ponto como desculpa para acomodação estagnante. A evolução ocorre em passos, não em saltos.

** O conhecimento do Espiritismo nos possibilita uma expansão da consciência, que traz consigo a necessidade do reajustamento para sentirmos a ação prática do bem que viemos a praticar. Um de nossos hábitos difíceis de perder é o do cálculo do custo x benefício imediatista. A expansão da consciência e a certeza da reencarnação deveria nos trazer os pensamos de longo prazo, plantando agora para colher depois, remediando o passado para colher um próspero futuro.

** Imagino que nossos erros do pretérito só são assim percebidos, pela nossa melhora. Os que estagnam enxergam seus enganos como acertos, seus caminhos tortos como retos. Ainda não possuem os “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”. Ainda em alusão ao Mestre, bem aventuranças significam algo diferente do sofrimento e das aflições comuns, significam o sentimento pleno de quem encontra a salvação pelo arrependimento, remediação, e reconhece o sofrimento como amargo, porém grato e poderoso remédio.

** Bem aventurados serão todos os que conseguirem agir pelo puro amor, pois esses cultivarão bons hábitos, com certeza. Entendo eu que, por enquanto a maioria de nós só pode tentar.

Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática, e, em razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartando-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando conseqüentemente a nós mesmos.

** Numa competição de inveja e pavor, a sociedade se rende ao consumismo e produz absurdos de que não necessita para desenvolver uma boa encarnação. “a grama do vizinho é sempre mais verde” ilustra bem este quadro. Nosso vazio nos deixa insatisfeitos, buscando algo que não encontramos. Alguns encaram esse vazio com um ar sombrio de lamentos e melancolia, encontrando beleza onde somente reina a tristeza. Sintomas de nossos tempos, os males psíquicos se alastram.

** Entendíamos em vidas passadas que a riqueza material era solução da ambição. No entanto, a depressão não escolhe sexo / nacionalidade / classe social. Nosso problema ainda arraigado às percepções erradas quanto a necessidades, nos leva à agressão e às palavras ferinas.

Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse e, com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias, como operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias.

** Observar o outro com interesse e ambição alimenta um ciclo vicioso negativo, cuja vaidade é o maior expoente. Carrega consigo o orgulho e o egoísmo, que são complementados pelo Medo. Na obra Nosso Lar, A ministra Veneranda, na segunda metade do livro, chama a atenção para a questão do Medo. Há um trabalho assistencial por lá 100% voltado para extinção e precaução quando a este mal. O Medo provoca outros males, coloca o ser humano à mercê de forças malignas alimentadas por ele.

Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com que despende longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.

** A modernidade demonstra que “deixa a vida me levar” é uma vertente que abrange boa quantidade de pessoas. Ela significa nada mais do que o ócio. Todos tem um pequeno impulso espiritual, que faz pensar e reconsiderar alguns pontos significativos, metafísicos. Isso não depende de religião, mas da busca íntima de cada um. Aqui não há uma apologia ao espiritismo, apenas a constatação de que uma pessoa menos espiritualizada está mais sujeita às influências da matéria.

** No plano espiritual nos defrontamos com a verdade, aqui, nos esforçamentos para destruí-la em constante fuga. Esse comportamento só poderia culminar em problemas.

Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva. É por ela que o ser se levanta no seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.

A evolução, contudo, impõe a instituição de novos costumes, a fim de que nos desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos de existência.

** Nossa idéia de rotina é algo cansativo, repetitivo à exaustão. Para Emmanuel, rotina construtiva com toda certeza significa a luta diária pela reforma íntima, policiando e buscando corrigir comportamentos autodestrutivos que alimentamos em nós mesmos. Rotina é a manutenção dessa busca que, como uma gangorra, terá sucesso em alguns dias, fracasso em outros. Devemos sempre manter a postura inalterada de melhora construtiva em nós mesmos.

** Nenhum de nós pode mudar o mundo ou controlá-lo, mas podemos mudar a nós mesmos e exemplificar os passos corretos.

É por esse motivo que vemos no Cristo — divino marco da renovação humana —todo um programa de transformações viscerais do espírito. Sem violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios. Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão. A tradição de raça opõe o fundamento da fraternidade legítima.

** O Cristo não foi um revolucionário como tem sido dito por ai. Ele trouxe apenas a verdade espiritual que reina desde a criação, desde o início. Nós, humanidade, é que escolhemos um rumo diverso e pagamos o preço durante milênios. Nossa evolução perdeu escala. Temos tecnologia e inteligência, e ao invés de promover o desenvolvimento, promovemos a destruição. O Cristo trouxe uma moral atemporal e um comportamento ético que divergia há 2.000 anos do que era praticado e ainda hoje é questionado, tamanho choque causado.

** Seu mérito é o de trazer progresso através do autoaprimoramento espiritual. Com o Cristo aprendemos a pensar a longo prazo e prezar por valores metafísicos.

No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.

Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a Cruz afrontosa que cria o hábito da serenidade e da paciência, com a certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho humano.

** Jesus tomou o cuidado de deixar todos os exemplos para todas as áreas da existência em 1 única encarnação. Qualquer uma de nossas dúvidas sobre como agir em qualquer situação pode ter uma analogia encontrada nos exemplos do Mestre. A certeza de que há reencarnação e vida após o desencarne, torna efêmero qualquer ação humana, seja ela positiva ou negativa.

Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios que nos precedem o “hoje”. Não podemos desconhecer, todavia, que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educar-nos e com o dever de servir, como hábitos automáticos nos alicerces de cada dia, colaborando para a segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de nosso sacrifício, é que refletiremos em nós a verdadeira felicidade, por estarmos nutrindo o verdadeiro bem.

** Nossa luta para nos livrar das contaminações de valores baixos do passado, torna o caminho tortuoso quando decidimos mudar. Há poucos séculos, muitas ações, hoje tidas como bárbaras, eram hábitos permitidos e endossados pela sociedade. Isso está impresso em nossa consciência. O autoconhecimento determina um largo processo de educação e mudança, que deve estar calcado e alicerçado nos exemplos do Cristo.

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