ESPIRITISMO LIVRE Livre de Dogmas, Livre da Fé Cega, Baseado em Kardec Contato: espiritismolivre@gmail.com

março 4, 2010

Frase do Dia

Filed under: Espiritismo — Aprendiz @ 6:06 am

O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, amor e caridade em sua maior pureza. Se interroga sua consciência sobre os atos realizados, perguntará se não violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que pôde, se ninguém tem nada a se queixar dele, enfim, se fez aos outros o que gostaria que os outros fizessem por ele.

Allan Kardec

Retirado do site  (www.kardec.com.br) em 04/03/2010

Essa frase simplesmente não possui cunho religiosos específico, ou seja, aplica-se a todo o ser humano. Ela é especificamente uma doutrina por si só e norteia as ações de homem de bem.

março 3, 2010

Religião / Mistérios / Medos

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , — Aprendiz @ 4:08 am

“Governar acorrentando a mente através do medo de punição em outro mundo é tão baixo quanto usar a força.” Hipácia– 400dc.

“Os teólogos dizem: isso são mistérios insondáveis. Ao que respondemos: são absurdidades imaginadas por vós próprios. Começais por inventar o absurdo, depois fazei-nos dele a imposição como mistério divino, insondável e tanto mais profundo quando mais absurdo. É sempre o mesmo procedimento: credo quia absurdum [creio porque é absurdo].” Bakunin

“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.” Friedrich Nietzsche

Estas são citações das mais utilizadas por aqueles que se chamam de ateus. Eles continuam negando a existência de um Deus, especialmente pelo fato de ele não ser racionalizável, nem pelo fato de ninguém ter “provado” sua existência. Eu acho esse argumento até justo, apenas para aqueles que colocam sua falta de fé em prol de um passado obscuro. Deus não é cristão para os Judeus, Deus também tem outro profeta para os muçulmanos. Mas será que bilhões estão errados?

Afinal, o que distancia as pessoas da religião?

As citações comprovam que o problema não está em Deus ou nas escrituras que cada um considera sagradas, mas sim no uso que os seres humanos fizeram disto ao longo dos tempos. Medos, Punições, Mistérios da Fé, Verdades Absolutas, Dogmas inexplicáveis, tudo isso representa o oposto dos ensinamentos de Cristo ou de qualquer outro profeta. Qualquer “representante divino” que tentou tomar Jerusalém para rezar em seu templo sagrado, transformou-a em um bezerro de ouro, exatamente o oposto do que nos foi ensinado.

De bezerro em bezerro, todas as religiões se apoiaram em hábitos incrivelmente opostos à qualquer moral / ética divina. Durante muito tempo um suicida não era doente, era um cidadão que vagaria pelo inferno sem cabeça. Um ser humano com problemas psicológicos ou psiquiátricos era um cidadão com um demônio embutido em si que precisava ser exorcizado ou queimado (quando muito grave).  Qualquer racionalidade que desejasse enxergar um objetivo ou propósito na religião só via um derramamento de sangue e a dominação pelo medo, o que deu margem à interpretações como as de Nietzsche, Bakunin e Hipácia. Eles não são agentes do demônio ou visam a destruição de qualquer pilar religioso, apenas criticaram momentos históricos e, com toda a razão, refutaram argumentos baseados no “nada” e “tudo”.

O que mais atrai alguém para o espiritismo, especialmente o Kardecista, é a racionalidade embutida em uma doutrina, cujas falácias e maravilhas dizem respeito à todos e à cada um. Independentemente de ser um líder ou não. O Deus espírita não tem preferências ou raiva, não vai enviá-lo para o inferno pois pensou. Filosofia é bem vinda e um complemento à uma DOUTRINA, não um pilar de aço indestrutível que salvará a humanidade.

O espiritismo está sempre em evolução, e por isso ganha mais e mais adeptos. Os que criticam utilizam os mesmos argumentos falaciosos que os padres de outrora. Uma opinião diferente ainda é condenável e o bezerro de ouro ainda é o lugar para descansarmos em paz.

Esse é o motivo principal de grandes mentes se afastarem de Deus. No fundo, eles sabem que existe, mas se Deus nega seus pensamentos, como pôde criá-lo? Sua única função na Terra é a condenação ao inferno? De blasfêmia em blasfêmia a humanidade superou esses dogmas e entendeu que se Deus não lhe compreender, então ele não é Deus.

Espiritismo = Ciência / Filosofia / Religião – Esta é a Santa Trindade.

março 1, 2010

A Fúria do Orgulho e da Política – O Destino dos Homens

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , , — Aprendiz @ 8:15 am

O orgulho, a avareza e a política caminham juntas. Prova disto é a descrição do Messias judeu e do Messias cristão (Jesus Cristo). A bifurcação histórica que determinou os próximos 2.000 anos aconteceu por pura falácia do orgulho e uma conjuntura política. Herculano Pires na obra “Revisão do Cristianismo” descreveu de forma muito clara esse fato (Página 1).

Na Galiléia dos Gentios, sob o domínio romano de Israel, as esperanças judaicas do Messias cumpriram-se de maneira estranha e decepcionante. Nasceu o menino Jesus em Nazaré, na extrema pobreza da casa de um carpinteiro, próximo à Decápolis impura, as dez cidades gregas que maculavam a pureza sagrada da terra que Iavé cedera ao seu povo. Era penoso para os judeus aceitarem esse desígnio do Senhor, que mais uma vez lhes impunha terrível humilhação. José, o carpinteiro, casara-se com uma jovem de família pobre e obscura, com pretensas ligações à linhagem de Davi. Jesus devia nascer em Belém de Judá, a Cidade do Rei cantor, poeta e aventureiro. E devia chamar-se Emmanuel segundo as profecias. Iavé certamente castigava os judeus pela infidelidade do seu povo, que deixara a águia romana pousar no Monte Sião. Toda a heróica tradição de Israel se afogava na traição à aliança divina da raça pura, do povo eleito, com o poder impuro de César.

A decepção dos judeus aumentava ante a desairosa situação social de José, velho e alquebrado artesão, casado com uma jovem que já lhe dera vários filhos. Jesus não gozava sequer das prerrogativas de primogênito. Herodes, o Grande, que se contentara, no ajuste com os romanos, a dominar apenas a Galiléia e além disso construíra o seu palácio sobre a temível impureza das terras de um cemitério, tremeu ante esse novo desafio aos brios da raça e condenou os que aceitavam esse nascimento espúrio como sendo o do Messias de Israel. Era necessário, para sua própria segurança, desfazer esse engano. O menino intruso devia ser sacrificado, e para isso bastava recorrer às alegorias bíblicas e espalhar a lenda da matança dos inocentes. Nos tempos mitológicos em que se encontravam era comum tomar-se a Nuvem por Juno. Mas o menino, que nascera de maneira incomum, filho de família pobre (e por isso suspeita), cresceu revelando inteligência excepcional que provocava a admiração do povo. Submetido à sabatina ritual dos rabinos do Templo de Jerusalém, para receber a bênção da virilidade, assombrara os doutores da Lei com o seu conhecimento precoce. Mas esse brilho fugaz era insuficiente para lhe garantir a fama messiânica. Logo mais ele se mostrava integrado na família humilde à condição inferior e aprendendo com o velho pai a profissão a que se dedicaria. Não obstante, para prevenção de dificuldades futuras, as raposas herodianas incumbiram-se de propalar a lenda da violação da honra conjugal de Maria pelo legionário Pantera. Com esse golpe decisivo, o perigo messiânico ficava definitivamente anulado.

Não seria possível que o povo aceitasse a qualificação messiânica para um bastardo.

O “menino instruso” era um rapaz que desafiava a ordem vigente, surgindo das cinzas e embutindo racionalidade à um contexto dominado pela ignorância do mundo antigo. Sua recompensa: Pregos nas mãos e pernas, sofrimento brutal e absurdo.

Afinal de contas, como um menino mudaria o mundo?

Lembrando de Cristo, podemos tirar a força necessária para prosseguirmos em nossos objetivos e missões. Se um menino acabou com a ordem vigente do mundo antigo, apenas uma faísca disso em cada um de nós muda essa Terra devorada pela ambição e corrupção dos homens. Afinal de contas, poder de fato dá-se em outro mundo.

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