ESPIRITISMO LIVRE Livre de Dogmas, Livre da Fé Cega, Baseado em Kardec Contato: espiritismolivre@gmail.com

fevereiro 24, 2016

CAMINHO, VERDADE E VIDA – 1 – O TEMPO

Filed under: Estudos,verdade e vida — Tags:, , , — Aprendiz @ 12:37 am

1 – O TEMPO

Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” Paulo. (ROMANOS, 14: 6)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.

Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.

Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.

Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida? contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.

É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?

Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.

A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.

Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.

Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações… Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.

Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida? entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

=======================================================================

O tempo talvez seja o elemento mais importante e, ao mesmo tempo, mais desprezado na época em que vivemos. Seja consciente ou inconscientemente, estamos nos tornando especialistas em dedicá-lo a diversas formas de entretenimento vazio e fraco, impulsionando o vazio interior que habita a grande maioria das almas e que gera os distúrbios mentais e morais, tão em voga na imprensa

É possível fazer uma correlação entre a utilização do tempo e o sucesso de uma encarnação? Claro, afinal, o tempo não é apenas nossa medida padrão para controle do dia, das tarefas e afins, ele é irrecuperável como característica sine qua non. Seu presente em breve será passado, e é através deste presente que se moldam as bases de escolha para o futuro.

Uma das grandes características do Espiritismo é o livre-arbítrio em sua base absoluta de certezas. Só depende de cada indivíduo plantar e colher o que deseja para si e seu futuro. Aqui as bases são expandidas, para o tempo infinito. Somos o resultado de incalculáveis encarnações plantando hoje e colhendo hoje o plantio de ontem, para que nas infinitas encarnações vindouras tenhamos melhores chances de optar pelo correto.

Aqui temos um ponto de confronto importante com a realidade atual, visto que faz toda a diferença entendermos a realidade em que habitamos e que envolve o tempo. Se eu entendo que há apenas uma vida e, o nada depois, posso ter 2 reações diferentes:

  • “Aproveitar” em absoluto o tempo: “viver cada dia como se fosse o último” é uma frase bastante convencional em vários meios de comunicação. Eu realmente não encontro sentido nela, visto que esse “viver” conota tomar atitudes e ações tantas vezes impulsivas quanto dolorosas quando se descobre a continuidade da vida. Algo de lamentável somando-se a tantas potencialidades envolvidas na alma.
  • Abrir mão” do tempo: Infelizmente vivemos a época da depressão, das diversas síndromes e de problemas muito sérios na ordem mental. Resultados do desânimo desvairado e do vazio existencial que tomam conta das sociedades modernas, são a prova de que não temos controle algum sobre o tempo em si. Os dias “voam” e as pessoas estagnaram. Percebam que nunca dedicamos o mesmo tempo à construção da personalidade, da inteligência e da educação em comparado ao que dedicamos a futilidades diversas. Somos capazes de ficar sentados por dez horas seguidas assistindo filmes, mas mal conseguimos manter duas horas de estudo sério e construtivo. A melancolia que desemboca na tristeza arrebatadora do desânimo depressivo é um sintoma sério da ausência de propósito na vida moderna.

Quantos acordam pela manhã sem vontade? Quantos entendem que passarão pela Terra sem deixar qualquer contribuição para humanidade? Quantos se desmotivam, apontando a culpa de seus problemas para o próximo em vez de buscar as soluções em si mesmo?

Valorizar o dia é utilizar o tempo com sabedoria, buscando aprimoramento. A certeza da continuidade da vida, das encarnações e de todo um processo reencarnatório que envolve o plano espiritual, tornam esse ajuste muito mais motivador. Ser melhor para ajudar o próximo é quase uma obrigação imediata de quem já tem a consciência de que a vida é eterna, mas o tempo não. Aprimorar os dons da vida é respeitar o tempo em que se vive.

Através da utilização salutar do tempo que dispomos, contribuiremos para psicosfera pessoal e coletiva do ambiente em que vivemos.

Na próxima vez em que for “aproveitar a vida”, lembre-se de que as ações e pensamentos impactarão sua existência hoje e amanhã.

fevereiro 18, 2016

CAMINHO, VERDADE E VIDA – Introdução

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , — Aprendiz @ 10:52 pm

Neste novo estudo, tudo o que for original das obras publicadas estará em azul. Assim a visualização torna-se mais fácil.

Introdução de Emmanuel:

INTERPRETAÇÃO DOS TEXTOS SAGRADOS

Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” (I PEDRO, 1: 20)

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Sua luz imperecível brilha sobre os milênios terrestres, como o Verbo do princípio, penetrando o mundo, há quase vinte séculos.

Lutas sanguinárias, guerras de extermínio, calamidades sociais não lhe modificaram um til nas palavras que se atualizam, cada vez mais, com a evolução multiforme da Terra. Tempestades de sangue e lágrimas nada mais fizeram que avivar-lhes a grandeza. Entretanto, sempre tardios no aproveitamento das oportunidades preciosas, muitas vezes, no curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante os patrimônios da Verdade e da Vida.

O Senhor, contudo, nunca nos deixou desamparados.

Cada dia, reforma os títulos de tolerância para com as nossas dívidas? todavia, é de nosso próprio interesse levantar o padrão da vontade, estabelecer disciplinas para uso pessoal e reeducar a nós mesmos, ao contacto do Mestre Divino. Ele é o Amigo Generoso, mas tantas vezes lhe olvidamos o conselho que somos suscetíveis de atingir obscuras zonas de adiamento indefinível de nossa iluminação interior para a vida eterna.

No propósito de valorizar o ensejo de serviço, organizamos este humilde trabalho interpretativo1, sem qualquer pretensão a exegese. Concatenamos apenas modesto conjunto de páginas soltas destinadas a meditações comuns.

Muitos amigos estranhar-nos-ão talvez a atitude, isolando versículos e conferindo-lhes cor independente do capítulo evangélico a que pertencem. Em certas passagens, extraímos daí somente frases pequeninas, proporcionando-lhes fisionomia especial e, em determinadas circunstâncias, as nossas considerações desvaliosas parecem contrariar as disposições do capítulo em que se inspiram.

Assim procedemos, porém, ponderando que, num colar de pérolas, cada qual tem valor específico e que, no imenso conjunto de ensinamentos da Boa Nova, cada conceito do Cristo ou de seus colaboradores diretos adapta-se a determinada situação do Espírito, nas estradas da vida. A lição do Mestre, além disso, não constitui tão somente um impositivo para os misteres da adoração. O Evangelho não se reduz a breviário para o genuflexório. É roteiro imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina. Toda a Terra é seu altar de oração e seu campo de trabalho, ao mesmo tempo. Por louvá-lo nas igrejas e menoscabá-lo nas ruas é que temos naufragado mil vezes, por nossa própria culpa. Todos os lugares, portanto, podem ser consagrados ao serviço divino.

Muitos discípulos, nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições teológicas, transformando os ensinos do Senhor em relíquia morta dos altares de pedra? no entanto, espera o Cristo venhamos todos a converter-lhe o evangelho de Amor e Sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte inspiradora de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal.

Embora esclareça nossos singelos objetivos, noto, antecipadamente, ampla perplexidade nesse ou naquele grupo de crentes.

Que fazer? Temos imensas distâncias a vencer no Caminho, para adquirir a Verdade e a Vida na significação integral.

Compreendemos o respeito devido ao Cristo, mas, pela própria exemplificação do Mestre, sabemos que o labor do aprendiz fiel constitui-se de adoração e trabalho, de oração e esforço próprio.

Quanto ao mais, consola-nos reconhecer que os Textos Sagrados são dádivas do Pai a todos os seus filhos e, por isso mesmo, aqui nos reportamos às palavras sábias de Simão Pedro: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.”

Emmanuel

Pedro Leopoldo, 2 de setembro de 1948.

=======================================================================

Curioso notar que dentro do Espiritismo, estes livros da Coleção Fonte Viva são utilizados para os mais diversos fins. Em 90% das vezes, são abertos em lições aleatórias, confiando a Deus e aos bons Espíritos que a palavra consoladora que pedimos aparecerá na lição aberta. No entanto, dessa mesma forma, várias lições nunca são lidas ou são negligenciadas (especialmente as bem iniciais e as últimas). Partindo deste entendimento, tive a ideia de estudar página a página essas obras, para torná-las mais próximas dos aprendizes.

Emmanuel faz aqui um prefácio bastante digno de sua grandeza espiritual e ascendência moral. De fato, erramos e caímos tanto por simplesmente ignorar, muitas vezes propositadamente, os ensinos do Cristo e o tesouro que Ele nos legou. Mas partindo da ideia de que o ensinamento existe e está disponível, devemos nos esforçar por conseguir praticá-los a partir de agora.

Estamos no Caminho, passando pela Verdade e rumo à Vida.

A superação de nossos males é algo mandatório para que a Doutrina exerça seu poder transformatório sobre nós, mas essa superação só é possível quando nos esforçamos para tal, com todas as nossas forças e todas as nossas aspirações.

Emmanuel nos oferece instrumentos, palavras e consolos, cabe a nós utilizarmos tudo isso de forma a abrandar o caminho e recolocar o veículo físico na rota correta da vida. Para tanto, complementos bastante úteis de trechos evangélicos serão explicados ou exemplificados nas palavras do nobre Instrutor Espiritual.

1Algumas destas páginas, já publicadas na imprensa espírita cristã, foram por nós revistas e simplificadas para maior clareza de interpretação – Nota de Emmanuel.

julho 5, 2015

A PSICOSFERA

Hoje trataremos de um tema muito atual e atemporal, algo que acompanha a humanidade desde seu início, algo que ajuda e estimula nossos comportamentos e atitudes como sociedade que somos e onde nos situamos. Algo que compõe as afinidades e direções ás quais nos apegamos e compactuamos. A PSICOSFERA.

Como material de apoio, vou utilizar um capítulo da obra OS MENSAGEIROS, ditada pelo Espírito André Luiz e psicografada por Chico Xavier. Especificamente no capítulo 18 “Informações e esclarecimentos” encontramos precioso material de exemplificação. A história narrada no livro perpassa toda época da segunda guerra mundial (1939-1945) e neste capítulo temos a clara noção de como afetamos e somos afetados pelo plano espiritual.

(…)Nossos aparelhos assinalam aproximação de grande tempestade magnética, ainda para hoje. Sangrentas batalhas estão sendo travadas na superfície do globo. Os que não se encontram nas linhas de fogo permanecem nas linhas da palavra e do pensamento. Quem não luta nas ações bélicas está no combate das idéias, comentando a situação. Reduzido número de homens e mulheres continuam cultivando a espiritualidade superior. É natural, portanto, que se intensifiquem, ao longo da Crosta, espessas nuvens de resíduos mentais dos encarnados invigilantes, multiplicando as tormentas destruidoras”

(…)

“A Humanidade parece preferir a condição de eterna criança. Faz e desfaz os patrimônios da civilização, como se brincasse com bonecas. Nossos amigos suportam pesados fardos de serviço para que as tormentas magnéticas, invisíveis ao olhar humano, não disseminem vibrações mortíferas, a se traduzirem pela dilatação de penúrias da guerra e por epidemias sem conta. (…). Fomos notificados de que as súplicas da Europa dilaceram o coração angélico dos mais altos cooperadores de Nosso Senhor Jesus-Cristo. Aos terríveis bombardeios na Inglaterra, na Holanda, Bélgica e França, sucedem-se outros de não menor extensão”

(…)

“– Embalde voltarão os países do mundo aos massacres recíprocos. O erro de uma nação influirá em todas, como o gemido de um homem perturbaria o contentamento de milhões. A neutralidade é um mito, o insulamento uma ficção do orgulho político. A Humanidade terrestre é uma família de Deus, como bilhões de outras famílias planetárias no Universo Infinito. Em vão a guerra desfechará desencarnações em massa. Esses mesmos mortos pesarão na economia espiritual da Terra. Enquanto houver discórdia entre nós, pagaremos doloroso preço em suor e lágrimas. A guerra fascina a mentalidade de todos os povos, inclusive de grande número de núcleos das esferas invisíveis. Quem não empunha as armas destruidoras, dificilmente se afastará do verbo destruidor, no campo da palavra ou da idéia. Mas, todos nós pagaremos tributo. É da lei divina, que nos entendamos e nos amemos uns aos outros. Todos sofreremos os resultados do esquecimento da lei, mas cada um será responsabilizado, de perto, pela cota de discórdia que haja trazido à família mundial

Os instrutores são claros em seus apontamos. E não é difícil entender os pontos aqui colocados à luz da Doutrina Espírita. Se nossos pensamentos já são capazes de influenciar a nossa sintonia e são exteriorizados ao Plano Espiritual, que diremos em caso de um conflito de tamanha magnitude? Essa guerra em particular abarcou todos os Estados do globo, e mesmo aqueles que não participaram dos conflitos diretamente, de alguma forma escolheram um lado e sintonizaram suas idéias ali. Vibraram em prol de alguma causa e contribuíram diretamente para as batalhas / consequências. Nossas vibrações se aglutinam em interesses, e do micro ao macro, expandimos a psicosfera que nos é própria.

A psicosfera é, portanto, a soma dos ideias vibratórios que alimentamos.

A Terra é um planeta de provas e expiações, o que significa que todos temos um nível similar de adiantamento espiritual e moral. Há discrepâncias, mas não são absolutas. Temos missionários do amor que nos concedem suas bênçãos e nos iluminam de tempos em tempos, mas a realidade do planeta ainda é dura. Compartilhamos deste campo de provas como uma família universal, inclusive no plano espiritual. As sintonias que cativamos lá e aqui são os nossos frutos. Caso semeadura de caridade seja nossa obra, colheremos em ambos os planos bons frutos. O inverso é absolutamente verdadeiro.

Jesus disse :
“Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está teu tesouro aí estará também teu coração” (MATEUS, 6:19-21)

Nosso tesouro pode também ser entendido como a psicosfera que criamos, pois ela é produto imediato de nossos pensamentos e intenções. Ódio, vingança, crueldade, mesquinharia, tudo isso aglutina elementos ao nosso pensamento e atitudes, ou seja, desenha ao nosso redor elementos que atraem iguais. Logo, qual a sintonia que alimenta nossa psicosfera? No caso de conflitos bélicos, é uma espiral de ódio e vingança que se retroalimenta rumo à destruição mútua.

É como se o conflito fosse um subproduto da conjunção de vários ideais aglutinados. O encorajamento necessário para que se inicie um conflito v?m dessas vibrações. Eis porque o orientador aplica frase de grande teor educativo: “Quem não empunha as armas destruidoras, dificilmente se afastará do verbo destruidor, no campo da palavra ou da idéia”. Uma vez que estamos inseridos em sociedade complexa, há de se questionar que tipo de vibrações alimentamos coletivamente? Quantas vezes nos lembramos de pedir em oração por aqueles que dirigem e coordenam grandes coletividades?

A ORAÇÃO é a única arma eficaz de dissolução magnética que possuímos. Ela precisa ser acompanhada de pensamentos e ações melhores, mas através dela é que podemos cultivar melhores aspirações e iniciar a mudança. Nenhuma reforma íntima plena passou sem que se iniciasse através de sincera prece. É o que fica claro no último parágrafo do capítulo:

“– Nestes tempos, contudo (…) –, a prece é uma luz mais intensa no coração dos homens. Bem se diz que a estrela brilha mais fortemente nas noites sem luz. Imaginem que, para iniciar providências de recepção aos desencarnados em desespero, já fui, mais de uma vez, aos serviços de assistência na Europa. Há dias, em missão dessa natureza, fomos, eu e alguns companheiros, aos céus de Bristol. A nobre cidade inglesa estava sendo sobrevoada por alguns aviões pesados de bombardeio. As perspectivas de destruição eram assustadoras. No seio da noite, porém, destacava-se, à nossa visão espiritual, um farol de intensa luz. Seus raios faiscavam no firmamento, enquanto as bombas eram arremessadas ao solo. A chefia da expedição recomendou nossa descida no ponto luminoso. Com surpresa, verifiquei que estávamos numa igreja, cujo recinto devia ser quase sombrio para o olhar humano, mas altamente luminoso para nossos olhos. Notei, então, que alguns cristãos corajosos reuniam-se ali e cantavam hinos. O Ministro do Culto lera a passagem dos Atos, em que Paulo e Silas cantavam à meia-noite, na prisão, e as vozes cristalinas elevavam-se ao Céu, em notas de fervorosa confiança. Enquanto rebentavam estilhaços lá fora, os discípulos do Evangelho cantavam, unidos, em celestial vibração de fé viva. Nosso chefe mandou que nos conservássemos de pé, diante daquelas almas heróicas, que recordavam os primeiros cristãos perseguidos, em sinal de respeito e reconhecimento. Ele também acompanhou os hinos e depois nos disse que os políticos construiriam os abrigos antiaéreos, mas que os cristãos edificariam na Terra os abrigos antitrevosos”.

Que possamos conservar em mente esse exemplo e batalhar na oração e nos pensamentos para alimentar uma psicosfera melhor, ao nosso redor, ao país e ao Planeta que habitamos hoje. Essa psicosfera é nosso principal legado.

abril 29, 2015

HÁBITOS – Análise do texto de Emmanuel

Filed under: Espiritismo,Estudos,reforma íntima — Tags:, , , — Aprendiz @ 3:41 am

Abaixo o texto completo de Emmanuel, e logo a seguir, uma análise de pontos importantes (Original em verde, minhas observações em preto).

20 – HÁBITO

O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.

Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.

Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática, e, em razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartando-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando conseqüentemente a nós mesmos.

Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse e, com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias, como operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias.

Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com que despende longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.

Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva. É por ela que o ser se levanta no seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.

A evolução, contudo, impõe a instituição de novos costumes, a fim de que nos desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos de existência.

É por esse motivo que vemos no Cristo — divino marco da renovação humana —todo um programa de transformações viscerais do espírito. Sem violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios. Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão. A tradição de raça opõe o fundamento da fraternidade legítima.

No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.

Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a Cruz afrontosa que cria o hábito da serenidade e da paciência, com a certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho humano.

Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios que nos precedem o “hoje”. Não podemos desconhecer, todavia, que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educar-nos e com o dever de servir, como hábitos automáticos nos alicerces de cada dia, colaborando para a segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de nosso sacrifício, é que refletiremos em nós a verdadeira felicidade, por estarmos nutrindo o verdadeiro bem.

Da Obra “PENSAMENTO E VIDA” pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Chico Xavier.

===================================================================

O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.

Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.

** Compreendo aqui que, devido à nossa longa marcha evolutiva, e especialmente pelo desconhecimento das verdades eternas, tenhamos desperdiçado o tempo em aprendizados efêmeros. Porém, entendo também que todo esse tempo corresponde apenas à uma fração do que será a eternidade que nos conduzirá à plenitude. Ou seja, todo esse tempo, é ainda pouco tempo. Não devemos ter pressa para progredir, mas não podemos utilizar esse ponto como desculpa para acomodação estagnante. A evolução ocorre em passos, não em saltos.

** O conhecimento do Espiritismo nos possibilita uma expansão da consciência, que traz consigo a necessidade do reajustamento para sentirmos a ação prática do bem que viemos a praticar. Um de nossos hábitos difíceis de perder é o do cálculo do custo x benefício imediatista. A expansão da consciência e a certeza da reencarnação deveria nos trazer os pensamos de longo prazo, plantando agora para colher depois, remediando o passado para colher um próspero futuro.

** Imagino que nossos erros do pretérito só são assim percebidos, pela nossa melhora. Os que estagnam enxergam seus enganos como acertos, seus caminhos tortos como retos. Ainda não possuem os “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”. Ainda em alusão ao Mestre, bem aventuranças significam algo diferente do sofrimento e das aflições comuns, significam o sentimento pleno de quem encontra a salvação pelo arrependimento, remediação, e reconhece o sofrimento como amargo, porém grato e poderoso remédio.

** Bem aventurados serão todos os que conseguirem agir pelo puro amor, pois esses cultivarão bons hábitos, com certeza. Entendo eu que, por enquanto a maioria de nós só pode tentar.

Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática, e, em razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartando-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando conseqüentemente a nós mesmos.

** Numa competição de inveja e pavor, a sociedade se rende ao consumismo e produz absurdos de que não necessita para desenvolver uma boa encarnação. “a grama do vizinho é sempre mais verde” ilustra bem este quadro. Nosso vazio nos deixa insatisfeitos, buscando algo que não encontramos. Alguns encaram esse vazio com um ar sombrio de lamentos e melancolia, encontrando beleza onde somente reina a tristeza. Sintomas de nossos tempos, os males psíquicos se alastram.

** Entendíamos em vidas passadas que a riqueza material era solução da ambição. No entanto, a depressão não escolhe sexo / nacionalidade / classe social. Nosso problema ainda arraigado às percepções erradas quanto a necessidades, nos leva à agressão e às palavras ferinas.

Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse e, com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias, como operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias.

** Observar o outro com interesse e ambição alimenta um ciclo vicioso negativo, cuja vaidade é o maior expoente. Carrega consigo o orgulho e o egoísmo, que são complementados pelo Medo. Na obra Nosso Lar, A ministra Veneranda, na segunda metade do livro, chama a atenção para a questão do Medo. Há um trabalho assistencial por lá 100% voltado para extinção e precaução quando a este mal. O Medo provoca outros males, coloca o ser humano à mercê de forças malignas alimentadas por ele.

Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com que despende longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.

** A modernidade demonstra que “deixa a vida me levar” é uma vertente que abrange boa quantidade de pessoas. Ela significa nada mais do que o ócio. Todos tem um pequeno impulso espiritual, que faz pensar e reconsiderar alguns pontos significativos, metafísicos. Isso não depende de religião, mas da busca íntima de cada um. Aqui não há uma apologia ao espiritismo, apenas a constatação de que uma pessoa menos espiritualizada está mais sujeita às influências da matéria.

** No plano espiritual nos defrontamos com a verdade, aqui, nos esforçamentos para destruí-la em constante fuga. Esse comportamento só poderia culminar em problemas.

Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva. É por ela que o ser se levanta no seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.

A evolução, contudo, impõe a instituição de novos costumes, a fim de que nos desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos de existência.

** Nossa idéia de rotina é algo cansativo, repetitivo à exaustão. Para Emmanuel, rotina construtiva com toda certeza significa a luta diária pela reforma íntima, policiando e buscando corrigir comportamentos autodestrutivos que alimentamos em nós mesmos. Rotina é a manutenção dessa busca que, como uma gangorra, terá sucesso em alguns dias, fracasso em outros. Devemos sempre manter a postura inalterada de melhora construtiva em nós mesmos.

** Nenhum de nós pode mudar o mundo ou controlá-lo, mas podemos mudar a nós mesmos e exemplificar os passos corretos.

É por esse motivo que vemos no Cristo — divino marco da renovação humana —todo um programa de transformações viscerais do espírito. Sem violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios. Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão. A tradição de raça opõe o fundamento da fraternidade legítima.

** O Cristo não foi um revolucionário como tem sido dito por ai. Ele trouxe apenas a verdade espiritual que reina desde a criação, desde o início. Nós, humanidade, é que escolhemos um rumo diverso e pagamos o preço durante milênios. Nossa evolução perdeu escala. Temos tecnologia e inteligência, e ao invés de promover o desenvolvimento, promovemos a destruição. O Cristo trouxe uma moral atemporal e um comportamento ético que divergia há 2.000 anos do que era praticado e ainda hoje é questionado, tamanho choque causado.

** Seu mérito é o de trazer progresso através do autoaprimoramento espiritual. Com o Cristo aprendemos a pensar a longo prazo e prezar por valores metafísicos.

No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.

Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a Cruz afrontosa que cria o hábito da serenidade e da paciência, com a certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho humano.

** Jesus tomou o cuidado de deixar todos os exemplos para todas as áreas da existência em 1 única encarnação. Qualquer uma de nossas dúvidas sobre como agir em qualquer situação pode ter uma analogia encontrada nos exemplos do Mestre. A certeza de que há reencarnação e vida após o desencarne, torna efêmero qualquer ação humana, seja ela positiva ou negativa.

Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios que nos precedem o “hoje”. Não podemos desconhecer, todavia, que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educar-nos e com o dever de servir, como hábitos automáticos nos alicerces de cada dia, colaborando para a segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de nosso sacrifício, é que refletiremos em nós a verdadeira felicidade, por estarmos nutrindo o verdadeiro bem.

** Nossa luta para nos livrar das contaminações de valores baixos do passado, torna o caminho tortuoso quando decidimos mudar. Há poucos séculos, muitas ações, hoje tidas como bárbaras, eram hábitos permitidos e endossados pela sociedade. Isso está impresso em nossa consciência. O autoconhecimento determina um largo processo de educação e mudança, que deve estar calcado e alicerçado nos exemplos do Cristo.

dezembro 11, 2014

FAMILIAS, PARENTELAS E LARES

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 8:48 am

– Pelo que analisamos – disse Hilário -, os fatos mediúnicos no lar são constantes…

– Justo! – confirmou o orientador [Áulus]. – Os pensamentos daqueles que partilham o mesmo teto agem e reagem uns sobre os outros, de modo particular, através de incessantes correntes de assimilação. A influência dos encarnados entre si é habitualmente muito maior que se imagina. Muita vez, na existência carnal, os obsessores que nos espezinham estão conosco, respirando, reencarnados, o mesmo ambiente. Do mesmo modo há protetores que nos ajudam e elevam e que igualmente participam de nossas experiências de cada dia. É imprescindível compreender que, em toda a parte, acima de tudo, vivemos em espírito. O intercâmbio de alma para alma, entre pais e filhos, cônjuges e irmãos, afeiçoados e companheiros, simpatias e desafeições, no templo familiar ou nas instituições de serviço em que nos agrupamos, é, em razão disso, a bem dizer, obrigatório e constante. Sem perceber, consumimos idéias e forças uns dos outros.

Obra: Nos Domínios da Mediunidade / Espírito: André Luiz  / Psicografia: Francisco C. Xavier – Capítulo 24 – Luta expiatória

A importância do lar, da convivência, das lutas internas à cada família é mais do que sabida.

No entanto, quantas famílias perfeitas conhecemos? Eu não conheço. Todas as famílias tem entes mais carismáticos, menos simpáticos, com maior ou menor empatia entre si, com desavenças e demais problemas. E somente o Espiritismo pôde colocar uma luz sobre esses assuntos tão íntimos com alguma explicação razoável e ponderável.

Imaginar que nascemos do acaso, ao acaso, para o acaso é um tanto quanto vazio, quase niilista para existência. Imaginar que nascemos para uma única vida não é suficiente para explicar lares mais estruturados do que outros. Seria uma desvantagem incompatível com a idéia de um Deus misericordioso de verdade.

Enquanto isso, as múltiplas existências de sucessivas encarnações provocam afetos e desafetos ao longo do tempo. Conservamos os bons, somos obrigados a nos reajustar com os outros, e trazemos esses efeitos durante a encarnação. O esquecimento é uma bênção justamente por nos permitir conviver com nosso inimigo dentro de casa, nos obriga a repensar a convivência e a aceitar a presença de alguém que outrora simplesmente iríamos repelir.

A todos que tenham problemas no lar, sugiro que leiam e pensem nas afirmações de Áulus, e que façam sempre suas orações, Evangelho no Lar, enfim, que blindem suas famílias de acordo com boas sintonias e vibrações.

Que assim seja.

outubro 14, 2014

SUICÍDIO INDIRETO / INVOLUNTÁRIO

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , — Aprendiz @ 1:29 am

Na obra Nosso Lar, onde temos o início da trajetória de André Luiz no mundo espiritual após o desencarne no Rio de Janeiro, encontramos importante conteúdo prático da Doutrina Espírita. Durante toda a obra, fica evidente a proximidade de André Luiz com nossos aspectos costumeiros.

Enquanto esteve nas zonas umbralinas, era chamado de “suicida” por diversas entidades. Quando pôde receber o esclarecimento do Ministro Clarêncio, ficou surpreso e refletiu a respeito. Segue o trecho da obra:

Em verde as explicações de Clarêncio, em azul, as observações de André Luiz.

– Vejamos a zona intestinal – exclamou. – A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis. A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança. Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no freqüentemente à esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico.

(…)

– Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto,
iludiu excelentes oportunidades, esperdiçando patrimônios preciosos da experiência física. A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou. Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável.

Meditei nos problemas dos caminhos humanos, refletindo nas oportunidades perdidas. Na vida humana, conseguia ajustar numerosas máscaras ao rosto, talhando-as conforme as situações. Aliás, não poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem maior significação. Conceituara, até ali, os erros humanos, segundo os preceitos da criminologia. Todo acontecimento insignificante, estranho aos códigos, entraria na relação de fenômenos naturais. Deparava-se-me, porém, agora, outro sistema de verificação das faltas cometidas. Não me defrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiam abismos infernais; contudo, benfeitores sorridentes comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma criança desorientada, longe das vistas paternas. Aquele interesse espontâneo, no entanto, feria-me a vaidade de homem.

(Trecho retirado da obra NOSSO LAR, Capítulo 4 – O Médico Espiritual)
Eis o momento em que André Luiz passa a refletir melhor sobre sua condição.
Entendo que de toda forma seremos suicidas pois ainda temos um comportamento destrutivo perante à vida. Nosso aviso é claro nessa lição, trata-se apenas de uma alteração no padrão de pensamento, na forma de ver a vida, fechando um ciclo perfeito com a moral do Cristo.
Dessa forma, nossa postura seria melhor, beneficiando todos ao nosso redor. O tempo é um privilégio, e as oportunidades, constantes.
Que tenhamos sapiência para aproveitar.

março 9, 2013

VIGILÂNCIA E EDIFICAÇÃO

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , — Aprendiz @ 2:12 pm

132

VIGILÂNCIA

“Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o vosso Senhor.” – Jesus. (MATEUS, 24:42.)

Ninguém alegue o título de aprendiz de Jesus para furtar-se ao serviço ativo na luta do bem contra o mal, da luz contra a sombra.

A determinação de vigilância partiu dos próprios lábios do Mestre Divino. Como é possível preservar algum patrimônio precioso sem vigiá-lo atentamente? O homem de consciência retilínea, em todas as épocas, será obrigado a participar do esforço de conservação, dilatação e defesa do bem.

É verdade indiscutível que marchamos todos para a fraternidade universal, para a realização concreta dos ensinamentos cristãos; todavia, enquanto não atingirmos a época em que o Evangelho se materializará na Terra, não será justo entregar ao mal, à desordem ou à perturbação a parte de serviço que nos compete.

Para defender-se de intempéries, de rigores climáticos, o homem edificou o lar e vestiu-se, convenientemente.

Semelhante lei de preservação vigora em toda esfera de trabalho no mundo. As coletividades exigem instituições que lhes garantam o bem-estar e o trabalho digno, sem aflições de cativeiro. As nações requerem “casas” de princípios nobilitantes, em que se refugiem contra as tormentas da ignorância ou da agressividade, do desespero ou da decadência.

E no serviço de construção cristã do mundo futuro, é indispensável vigiar o campo que nos compete.

O apostolado é de Jesus; a obra pertence-lhe. Ele virá, no momento oportuno, a todos os departamentos de serviço, orientando as particularidades do ministério de purificação e sublimação da vida, contudo, ninguém se esqueça de que o Senhor não prescinde da colaboração de sentinelas.

(Vinha de Luz – Ditado por Emmanuel / Psicografado por Chico Xavier).

—————_____________________———————

O verdadeiro aprendiz do Espiritismo entende algumas lições logo quando inicia-se na Doutrina. Ele começa tentando atrapalhar o menos possível as obras que estão em andamento. Pensamos que ajudamos os Espíritos superiores em ação durante o passe, durante as sessões mediúnicas diversas, durante as psicografias e etc. Mas a verdade é que quando conseguimos não atrapalhar, já fizemos muito.

Os encarnados doam ectoplasma, servem como meio de transmissão de mensagens, como uma “antena” magnética durante o passe, mas também podem influenciar as comunicações com sua desatenção, podem interferir nas mensagens com sua falta de concentração e podem, enfim, errar. O erro é sempre compreendido pela espiritualidade quando é realmente um erro, onde havia boa intenção e bom coração.

Mas quantos não consideram isso suficiente para se estagnar? Consideram que estão em boa posição e lá devem se manter. Há ai um pouco de orgulho, e há também uma boa parcela de vaidade. Mas também há um erro enorme de entendimento, que pode ser fruto da ignorância (falta de conhecimento).

Sempre esquecemos que exigimos muita paciência dos mentores e dirigentes espirituais de uma casa Espírita. Erramos constantemente, reclamamos, arrumamos desculpa para não comparecermos e passamos grande responsabilidade disso tudo ao “acaso” que insiste em nos perturbar.

Pois bem, atingir o ponto de participar das sessões espirituais, conseguir penetrar um pouco mais no serviço espiritual, não traz alívio àquele que vislumbra realmente progredir nesta vida. Traz sim o real início do trabalho na seara de Jesus, que nos impele à manter a retidão moral. Somos humanos, vamos errar, mas perdemos a batalha quando nos conformamos com a nossa posição. Precisamos crescer e entender que sozinhos (apesar de nunca o estarmos) é que teremos muitas chances pela vida de praticar a caridade e então atingir o progresso.

“fora da Caridade não há salvação”.

E a vigilância é necessária para que a edificação não seja torta ou problemática. Podemos sim ajudar, pouco atrapalhando os bons Espíritos e aprendendo a nos depurar durante a vida. O erro não pode nos martirizar, o erro e a dor são professores que utilizarão cicatrizes para nos amadurecer. “Precisamos passar pela dor?”, faça um exame de sua consciência e verifique se suas maiores lições vieram da dor ou do amor, mas o importante é aprender o que for possível, pelo caminho que for possível.

Quem sabe ao final dessa existência teremos dado um passo rumo à melhores edificações? Seria então uma vitória.

outubro 8, 2012

SEMPRE ADIANTE – O APRENDIZ VERDADEIRO

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , — Aprendiz @ 3:06 pm

132 – SEMPRE ADIANTE

Porque  de  quem  alguém  é  vencido,  do  tal  faz­-se também escravo.” (II PEDRO, 2: 19)

O Espírito encarnado, a fim de alcançar os altos objetivos da vida, precisa reconhecer sua condição de aprendiz, extraindo o proveito de cada experiência, sem escravizar-se.

O dinheiro ou  a necessidade material, a doença e a saúde do corpo são condições educativas de imenso valor para os que saibam aproveitar o ensejo de elevação em sua essência legitima.

Infelizmente, porém, de maneira geral, a criatura apenas reconhece semelhantes verdades quando se abeira da transformação pela morte do corpo terrestre.

Raras pessoas transitam de uma situação para outra com a dignidade devida. Comumente, se um rico  é transferido a lugar de escassez, dá­-se a tão extremas lamentações que acaba vencido, como servo miserável da mendicância; se o pobre é conduzido a elevada posição financeira, não raro se transforma em ordenador insensato, escravizando-­se à extravagância e à tirania.

É imprescindível muito cuidado para que as posições transitórias não paralisem os vôos da alma.

Guarda a retidão de consciência e atira­-te ao trabalho edificante; então, a teus olhos, toda situação  representará oportunidade de atingir o “mais alto” e o “mais além”.

(Retirado da obra “Caminho, Verdade e Vida” de Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel).

O real valor da encarnação se dá quando sabemos reagir à determinadas situações extremas. Todos temos no íntimo a vontade de evoluir, mas isso é sempre relativizado com nossos valores, hábitos e rotina. Quantas vezes pensamos, ouvimos ou até falamos “tomar essa atitude seria duro demais“, “dar uma guinada nessa direção mostraria fraqueza aos outros“, mesmo sabendo o caminho correto a seguir?

Quando somos obrigados a enfrentar a nossa dita “natureza”, somos então obrigados a olhar nosso interior em um espelho, obrigado a entender melhor o que passa em nosso íntimo. Os que ascendem à riqueza e aqueles que sofrem na pobreza, são rodeados de tentações a todo momento.

Só a evolução espiritual é capaz de demonstrar o caminho correto, aquele atemporal, aquele humilde, aquele caminho que nos lembra que tudo vem de Deus e tudo retornará a Ele, cedo ou tarde. O que vemos como fraqueza ou covardia, trata-se, muitas vezes, de nobreza.

A real humildade é aquela íntima, aquela que nos alivia no travesseiro, mesmo que se torne opressão por parte daqueles que ainda vivem na ignorância dos conhecimentos mais sublimes.

O real aprendiz é aquele que possui a virtude da paciência, e que aproveita as tentações para reafirmar suas convicções e crenças morais. Ele utiliza as dificuldades como trampolim para ascender moralmente e espiritualmente, enriquecendo seus bens mais importantes, aqueles eternos.

O importante é lembrar de que todos erram, todos caem, mas a virtude está em se reerguer como uma fênix, ressurgindo das cinzas e fazendo o maior esforço possível no progresso real do espirito. Nunca é fácil, mas a perseverança caminha com a paciência.

O aprendiz nunca será tratado como mestre. A sabedoria espiritual está atuando ao nosso redor e de acordo com as nossas aspirações / irradiações. Nunca estamos só, e o Consolador prometido atua a todo instante.

outubro 20, 2011

Viver em Paz Consigo Mesmo e a Solução dos Problemas

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , — Aprendiz @ 7:30 am

Obra: FONTE VIVA (Chico Xavier – pelo espírito Emmanuel)

123 – Viver em Paz

“Vivei em paz…” Paulo (II Coríntios, 13:11)

Mantém-te em paz.

É provável que os outros te guerreiem gratuitamente, hostilizando-te a maneira de viver; entretanto, podes avançar em teu  roteiro, sem guerrear a ninguém.

Para isso, contudo – para que a tranquilidade te banhe o pensamento -, é necessário que a compaixão e a bondade te sigam todos os passos.

Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação.

Junto da serenidade, poderás analisar cada acontecimento e cada pessoa no lugar e, na posição que lhes dizem respeito.

Repara, carinhosamente, os que te procuram no caminho…

Todos os que surgem, aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas ou ilusões.

Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não souberam tolerar a luz da verdade e clamam irritadiços…

Unge-te de piedade e penetra-lhes os recessos do ser, e indentificarás em todos eles crianças espirituais que se sentem  ultrajadas ou contundidas.

Uns acusam, outros choram.

Ajuda-os, enquanto podes.

Pacificando-lhes a alma, harmonizarás, ainda mais, a tua vida.

Aprendamos a compreender cada mente em seu problema.

Recorda-te de que a Natureza, sempre divina em seus fundamentos, respeita a lei do equilíbrio e conserva-a sem cessar.

Ainda mesmo quando os homens se mostram desvairados, nos conflitos abertos, a Terra é sempre firme e o Sol fulgura sempre.

Viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de poucos.

_____——–_______———_____

As recomendações acima nunca são fáceis, nem serão, a menos que busquemos o que de melhor podemos oferecer. O que somos  perante os outros é a demonstração do que somos dentro de nós mesmos. Além do mais, compreender cada um em cada problema é fundamental para uma solução equilibrada de ajuda e consolo ao próximo. O que representa um desastre para uns, é um pequeno problema para outros e vice-versa.

A adaptação das resoluções de problemas e a visão privilegiada sobre algum fato representam também a ajuda espiritual que podemos conceder aos outros. Um bom conselho pode representar a saída de um labirinto psicológico que arrastaria a pessoa por muito tempo em um lamaçal negativo.

A compreensão das situações também muda com o esclarecimento devido. Problemas no lar, problemas no trabalho e na vida  pessoal, tudo pode ser interpretado de várias formas, mas através de um pensamento espírita podemos nos certificar que a moral cristã ajudará a conceber a solução menos danosa a todos os impecílios.

No entanto, tudo começa com a paciência e a revisão de nosso comportamento. Vamos persistir na irritabilidade em certas  situações? Claro, mas é o esforço na melhora que representará um grande passo em nossa evolução. Viver em paz conosco mesmo e aprender a compreender os problemas sob uma ótica mais atemporal do que apenas o período corpóreo nos trará grande evolução, mesmo que passo a passo e muito difícil.

setembro 28, 2011

Esmola e a Verdadeira Caridade

O LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUESTÃO 888 / 888a

888 O que pensar da esmola?

–  O  homem  reduzido  a  pedir  esmola  se  degrada  moral  e  fisicamente: ele  se  embrutece.  Numa  sociedade  baseada  na  lei  de  Deus  e  na  justiça, deve-se  prover  a  vida  do  fraco  sem  humilhação  e  garantir  a  existência daqueles  que  não  podem  trabalhar  sem  deixar  sua  vida  sujeita  ao  acaso  e à  boa  vontade.

888a Vós reprovais a esmola?

–  Não;  não  é  a  esmola  que  é  reprovável,  é  muitas  vezes  a  maneira como é dada. O homem de bem que compreende a caridade, como Jesus,  vai  até  o  infeliz  sem  esperar  que  ele  estenda  a  mão.

A  verdadeira  caridade  é  sempre  boa  e  benevolente,  tanto  no  ato  quanto na  forma.  Um  serviço  que  nos  é  oferecido  com  delicadeza  tem  seu  valor aumentado;  mas  se  é  feito  com  ostentação,  a  necessidade  pode  fazer com  que  seja  aceito,  porém  o  coração  não  se  sente  tocado.

Lembrai-vos  também  que  a  ostentação  tira,  aos  olhos de  Deus,  o mérito  do  benefício.  Jesus  ensinou:  “Que  a  mão  esquerda  não  saiba  o  que faz  a  direita ” ,  ensinando  a  não  ofuscar  a  caridade  com  o  orgulho.

É  preciso  distinguir  a  esmola  propriamente  dita  da  beneficência.  O mais  necessitado  nem  sempre  é  aquele  que  pede;  o  temor  da  humilhação tolhe  o  verdadeiro  pobre,  que  sofre  sem  se  lamentar;  é  a  esse  que  o  homem  verdadeiramente  humano  deve  procurar  sem  ostentação.

Amai-vos  uns  aos  outros,  eis  toda  a  lei.  Lei  divina  pela  qual  Deus governa  os  mundos.  O  amor  é  a  lei  de  atração  para  os  seres  vivos  e  organizados;  a  atração  é  a  lei  de  amor  para  a  matéria  inorgânica.

Nunca  vos  esqueçais  de  que  o  Espírito,  seja  qual  for  seu  grau  de adiantamento,  sua  situação  como  reencarnado  ou  no  mundo  espiritual,está  sempre  colocado  entre  um  superior  que  o  guia  e  aperfeiçoa  e  um inferior  diante  do  qual  tem  esses  mesmos  deveres  a  cumprir.

Sede  caridosos,  praticando  não  apenas  a  caridade  que  tira  do  bolso a  esmola  que  dais  friamente  àquele  que  ousa  pedir,  mas  a  que  vos  leve  ao encontro  das  misérias  ocultas.  Sede  indulgentes  para  com  os  defeitos  de vossos  semelhantes.  Em  vez  de  desprezar  a  ignorância  e  o  vício,  instruí-os e  moralizai-os.  Sede  doces  e  benevolentes  para  todos  que  são  inferiores; sede  doces  e  benevolentes  mesmo  em  relação  aos  seres  mais  insignificantes  da  criação  e  tereis  obedecido  à  lei  de  Deus.

(São Vicente de Paulo)

_______________________________

Obra: Religião dos Espíritos – Chico Xavier (pelo Espírito Emmanuel).

13 – Dizes-te

Reunião pública de 23/2/59
Questão nº 888

Dizes-te pobre;
entretanto, milionários de todas as procedências dar-te-iam larga fortuna por ínfima par-te do tesouro de tua fé.

Dizes-te desorientado;
contudo, legiões de companheiros, cujo passo a cegueira física entenebrece, comprar-te-iam por alta recompensa leve migalha da visão que te favorece, para contemplarem pequena faixa da Natureza.

Dizes-te impedido de praticar o bem;
todavia, multidões de pessoas algemadas aos catres da enfermidade oferecer-te-iam bolsas repletas por insignificante recurso da locomoção com que te deslocas, de maneira a se exercitarem no auxilio aos outros.

Dizes-te desanimado;
sem te recordares, porém, de que vastas fileiras de mutilados estariam dispostos a adquirir, com a mais elevada quota de ouro, a riqueza de teus pés e a bênção de teus braços.

Dizes-te em provação;
mas olvidas que, na triste enxovia dos manicômios, inúmeros sofredores cederiam quanto possuem para que lhes desses um pouco de equilíbrio e de lucidez.

Dizes-te impossibilitado de ajudar com a luz da palavra;
no entanto, mudos incontáveis fariam sacrifícios ingentes para deter algum recurso do verbo claro
que te vibra na boca.

Dizes-te desamparado;
entretanto, milhões de criaturas dariam tudo o que lhes define a posse na vida para usar um corpo harmônico qual o teu, a fim de socorrerem os filhos da expiação e do sofrimento.

Por quem és, não lavres certidão de incapacidade contra ti mesmo.

Lembra-te de que um sorriso de confiança, uma prece de ternura, uma frase de bom ânimo, um gesto de solidariedade e um minuto de paz não têm preço na Terra.

Antes de censurar o irmão que traz consigo a prova esfogueante das grandes propriedades, sai de ti mesmo e auxilia o próximo que, muita vez, espera simplesmente uma palavra de entendimento e de reconforto, para transferir-se da treva à luz.

E, então, perceberás que a beneficência é o cofre que devolve patrimônios temporariamente guardados a distância das necessidades alheias, e que a caridade, lídima e pura, é amor sempre vivo, a fluir, incessante, do amor de Deus.
__________________________________________________

Os ensinamentos acima são bem claros. São uma reflexão no que consiste a real caridade e a real ajuda. Podemos também definir o conceito de esmola moral.

Já vi muitos espíritas que condenavam a esmola (o ato de conceder pequena soma de dinheiro à alguém necessitado). Os argumentos variavam em gênero, número e grau, e geralmente não eram argumentos nem um pouco espíritas (do tipo, “dando dinheiro favorecemos a dependência, a vagabundagem” e assim por diante). Eu não vejo desta forma, pois sempre tento perceber o momento inicial que levou aquele cidadão à recorrer ao artifício de pedir. É uma humilhação pessoal, que obriga o pedinte a engolir qualquer senso de orgulho. Fora as humilhações que acontecem durante o dia – a – dia.

Aqueles que pedem não possuem instalações domésticas e nem uma estrutura de reconforto (claro, na maioria dos casos). Eles não possuem fonte de renovação. Eis o porque de as palavras de Emmanuel tocarem fundo no nosso âmago, especialmente no final.

O cotidiano moderno nos enche de informações, nos coloca em outra realidade. Imaginamos compreender as dificuldades dos outros, mas raramente paramos para nos colocar em dificuldades semelhantes. Tente um dia:
– sair sem blusa num dia frio;
– ficar jejuando algum tempo;
– deixar a carteira em casa e não poder depender de ninguém;

E teremos alguma noção (não toda, pois sempre teremos o consolo de ter tudo de volta quando quisermos).

Agir com mais paciência, benevolência e consolo, talvez assim tenhamos um pouco do “Consolador” em nós, nos inspirando.



Older Posts »

Powered by WordPress