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outubro 14, 2014

SUICÍDIO INDIRETO / INVOLUNTÁRIO

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , — Aprendiz @ 1:29 am

Na obra Nosso Lar, onde temos o início da trajetória de André Luiz no mundo espiritual após o desencarne no Rio de Janeiro, encontramos importante conteúdo prático da Doutrina Espírita. Durante toda a obra, fica evidente a proximidade de André Luiz com nossos aspectos costumeiros.

Enquanto esteve nas zonas umbralinas, era chamado de “suicida” por diversas entidades. Quando pôde receber o esclarecimento do Ministro Clarêncio, ficou surpreso e refletiu a respeito. Segue o trecho da obra:

Em verde as explicações de Clarêncio, em azul, as observações de André Luiz.

– Vejamos a zona intestinal – exclamou. – A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis. A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança. Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no freqüentemente à esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico.

(…)

– Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto,
iludiu excelentes oportunidades, esperdiçando patrimônios preciosos da experiência física. A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou. Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável.

Meditei nos problemas dos caminhos humanos, refletindo nas oportunidades perdidas. Na vida humana, conseguia ajustar numerosas máscaras ao rosto, talhando-as conforme as situações. Aliás, não poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem maior significação. Conceituara, até ali, os erros humanos, segundo os preceitos da criminologia. Todo acontecimento insignificante, estranho aos códigos, entraria na relação de fenômenos naturais. Deparava-se-me, porém, agora, outro sistema de verificação das faltas cometidas. Não me defrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiam abismos infernais; contudo, benfeitores sorridentes comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma criança desorientada, longe das vistas paternas. Aquele interesse espontâneo, no entanto, feria-me a vaidade de homem.

(Trecho retirado da obra NOSSO LAR, Capítulo 4 – O Médico Espiritual)
Eis o momento em que André Luiz passa a refletir melhor sobre sua condição.
Entendo que de toda forma seremos suicidas pois ainda temos um comportamento destrutivo perante à vida. Nosso aviso é claro nessa lição, trata-se apenas de uma alteração no padrão de pensamento, na forma de ver a vida, fechando um ciclo perfeito com a moral do Cristo.
Dessa forma, nossa postura seria melhor, beneficiando todos ao nosso redor. O tempo é um privilégio, e as oportunidades, constantes.
Que tenhamos sapiência para aproveitar.

setembro 4, 2010

Nosso Lar – O Filme

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 6:57 pm

Hoje fui ao cinema assistir e prestigiar a adaptação do livro “Nosso Lar” [Psicografado por Chico Xavier e ditado por André Luiz].
Eu fiquei realmente impressionado com o capricho e detalhamento visual da produção, além de atuações dignas de aplausos e reconhecimento. Será de longe e por algum tempo, a melhor produção brasileira em termos de fotografia e efeitos especiais, com características compatíveis com filmes atuais de Hollywood.
O filme merece apenas elogios e a caracterização dos ambientes não poderia ser melhor.
Dentre o que considero observações úteis, segue abaixo:
– ponto negativo (?) –> caso não seja espírita ou não tenha familiaridade com a obra, se informe antes (caso haja interesse) ou o filme deixará lacunas de entendimento;
– ponto positivo I –> extremamente terno e emocionante, tocará qualquer um que já leu André Luiz ou é familiarizado com o espiritismo;
– ponto positivo II –> A leveza com que o texto foi retratado com certeza orgulhou a colônia;

Mais do que recomendo e este humilde espaço gostaria de congratular a equipe de atores / produtores / redatores / cineasta e todos envolvidos por honrar o espiritismo de forma tão absoluta.

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