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dezembro 11, 2014

FAMILIAS, PARENTELAS E LARES

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 8:48 am

– Pelo que analisamos – disse Hilário -, os fatos mediúnicos no lar são constantes…

– Justo! – confirmou o orientador [Áulus]. – Os pensamentos daqueles que partilham o mesmo teto agem e reagem uns sobre os outros, de modo particular, através de incessantes correntes de assimilação. A influência dos encarnados entre si é habitualmente muito maior que se imagina. Muita vez, na existência carnal, os obsessores que nos espezinham estão conosco, respirando, reencarnados, o mesmo ambiente. Do mesmo modo há protetores que nos ajudam e elevam e que igualmente participam de nossas experiências de cada dia. É imprescindível compreender que, em toda a parte, acima de tudo, vivemos em espírito. O intercâmbio de alma para alma, entre pais e filhos, cônjuges e irmãos, afeiçoados e companheiros, simpatias e desafeições, no templo familiar ou nas instituições de serviço em que nos agrupamos, é, em razão disso, a bem dizer, obrigatório e constante. Sem perceber, consumimos idéias e forças uns dos outros.

Obra: Nos Domínios da Mediunidade / Espírito: André Luiz  / Psicografia: Francisco C. Xavier – Capítulo 24 – Luta expiatória

A importância do lar, da convivência, das lutas internas à cada família é mais do que sabida.

No entanto, quantas famílias perfeitas conhecemos? Eu não conheço. Todas as famílias tem entes mais carismáticos, menos simpáticos, com maior ou menor empatia entre si, com desavenças e demais problemas. E somente o Espiritismo pôde colocar uma luz sobre esses assuntos tão íntimos com alguma explicação razoável e ponderável.

Imaginar que nascemos do acaso, ao acaso, para o acaso é um tanto quanto vazio, quase niilista para existência. Imaginar que nascemos para uma única vida não é suficiente para explicar lares mais estruturados do que outros. Seria uma desvantagem incompatível com a idéia de um Deus misericordioso de verdade.

Enquanto isso, as múltiplas existências de sucessivas encarnações provocam afetos e desafetos ao longo do tempo. Conservamos os bons, somos obrigados a nos reajustar com os outros, e trazemos esses efeitos durante a encarnação. O esquecimento é uma bênção justamente por nos permitir conviver com nosso inimigo dentro de casa, nos obriga a repensar a convivência e a aceitar a presença de alguém que outrora simplesmente iríamos repelir.

A todos que tenham problemas no lar, sugiro que leiam e pensem nas afirmações de Áulus, e que façam sempre suas orações, Evangelho no Lar, enfim, que blindem suas famílias de acordo com boas sintonias e vibrações.

Que assim seja.

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