ESPIRITISMO LIVRE Livre de Dogmas, Livre da Fé Cega, Baseado em Kardec Contato: espiritismolivre@gmail.com

julho 5, 2015

A PSICOSFERA

Hoje trataremos de um tema muito atual e atemporal, algo que acompanha a humanidade desde seu início, algo que ajuda e estimula nossos comportamentos e atitudes como sociedade que somos e onde nos situamos. Algo que compõe as afinidades e direções ás quais nos apegamos e compactuamos. A PSICOSFERA.

Como material de apoio, vou utilizar um capítulo da obra OS MENSAGEIROS, ditada pelo Espírito André Luiz e psicografada por Chico Xavier. Especificamente no capítulo 18 “Informações e esclarecimentos” encontramos precioso material de exemplificação. A história narrada no livro perpassa toda época da segunda guerra mundial (1939-1945) e neste capítulo temos a clara noção de como afetamos e somos afetados pelo plano espiritual.

(…)Nossos aparelhos assinalam aproximação de grande tempestade magnética, ainda para hoje. Sangrentas batalhas estão sendo travadas na superfície do globo. Os que não se encontram nas linhas de fogo permanecem nas linhas da palavra e do pensamento. Quem não luta nas ações bélicas está no combate das idéias, comentando a situação. Reduzido número de homens e mulheres continuam cultivando a espiritualidade superior. É natural, portanto, que se intensifiquem, ao longo da Crosta, espessas nuvens de resíduos mentais dos encarnados invigilantes, multiplicando as tormentas destruidoras”

(…)

“A Humanidade parece preferir a condição de eterna criança. Faz e desfaz os patrimônios da civilização, como se brincasse com bonecas. Nossos amigos suportam pesados fardos de serviço para que as tormentas magnéticas, invisíveis ao olhar humano, não disseminem vibrações mortíferas, a se traduzirem pela dilatação de penúrias da guerra e por epidemias sem conta. (…). Fomos notificados de que as súplicas da Europa dilaceram o coração angélico dos mais altos cooperadores de Nosso Senhor Jesus-Cristo. Aos terríveis bombardeios na Inglaterra, na Holanda, Bélgica e França, sucedem-se outros de não menor extensão”

(…)

“– Embalde voltarão os países do mundo aos massacres recíprocos. O erro de uma nação influirá em todas, como o gemido de um homem perturbaria o contentamento de milhões. A neutralidade é um mito, o insulamento uma ficção do orgulho político. A Humanidade terrestre é uma família de Deus, como bilhões de outras famílias planetárias no Universo Infinito. Em vão a guerra desfechará desencarnações em massa. Esses mesmos mortos pesarão na economia espiritual da Terra. Enquanto houver discórdia entre nós, pagaremos doloroso preço em suor e lágrimas. A guerra fascina a mentalidade de todos os povos, inclusive de grande número de núcleos das esferas invisíveis. Quem não empunha as armas destruidoras, dificilmente se afastará do verbo destruidor, no campo da palavra ou da idéia. Mas, todos nós pagaremos tributo. É da lei divina, que nos entendamos e nos amemos uns aos outros. Todos sofreremos os resultados do esquecimento da lei, mas cada um será responsabilizado, de perto, pela cota de discórdia que haja trazido à família mundial

Os instrutores são claros em seus apontamos. E não é difícil entender os pontos aqui colocados à luz da Doutrina Espírita. Se nossos pensamentos já são capazes de influenciar a nossa sintonia e são exteriorizados ao Plano Espiritual, que diremos em caso de um conflito de tamanha magnitude? Essa guerra em particular abarcou todos os Estados do globo, e mesmo aqueles que não participaram dos conflitos diretamente, de alguma forma escolheram um lado e sintonizaram suas idéias ali. Vibraram em prol de alguma causa e contribuíram diretamente para as batalhas / consequências. Nossas vibrações se aglutinam em interesses, e do micro ao macro, expandimos a psicosfera que nos é própria.

A psicosfera é, portanto, a soma dos ideias vibratórios que alimentamos.

A Terra é um planeta de provas e expiações, o que significa que todos temos um nível similar de adiantamento espiritual e moral. Há discrepâncias, mas não são absolutas. Temos missionários do amor que nos concedem suas bênçãos e nos iluminam de tempos em tempos, mas a realidade do planeta ainda é dura. Compartilhamos deste campo de provas como uma família universal, inclusive no plano espiritual. As sintonias que cativamos lá e aqui são os nossos frutos. Caso semeadura de caridade seja nossa obra, colheremos em ambos os planos bons frutos. O inverso é absolutamente verdadeiro.

Jesus disse :
“Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está teu tesouro aí estará também teu coração” (MATEUS, 6:19-21)

Nosso tesouro pode também ser entendido como a psicosfera que criamos, pois ela é produto imediato de nossos pensamentos e intenções. Ódio, vingança, crueldade, mesquinharia, tudo isso aglutina elementos ao nosso pensamento e atitudes, ou seja, desenha ao nosso redor elementos que atraem iguais. Logo, qual a sintonia que alimenta nossa psicosfera? No caso de conflitos bélicos, é uma espiral de ódio e vingança que se retroalimenta rumo à destruição mútua.

É como se o conflito fosse um subproduto da conjunção de vários ideais aglutinados. O encorajamento necessário para que se inicie um conflito v?m dessas vibrações. Eis porque o orientador aplica frase de grande teor educativo: “Quem não empunha as armas destruidoras, dificilmente se afastará do verbo destruidor, no campo da palavra ou da idéia”. Uma vez que estamos inseridos em sociedade complexa, há de se questionar que tipo de vibrações alimentamos coletivamente? Quantas vezes nos lembramos de pedir em oração por aqueles que dirigem e coordenam grandes coletividades?

A ORAÇÃO é a única arma eficaz de dissolução magnética que possuímos. Ela precisa ser acompanhada de pensamentos e ações melhores, mas através dela é que podemos cultivar melhores aspirações e iniciar a mudança. Nenhuma reforma íntima plena passou sem que se iniciasse através de sincera prece. É o que fica claro no último parágrafo do capítulo:

“– Nestes tempos, contudo (…) –, a prece é uma luz mais intensa no coração dos homens. Bem se diz que a estrela brilha mais fortemente nas noites sem luz. Imaginem que, para iniciar providências de recepção aos desencarnados em desespero, já fui, mais de uma vez, aos serviços de assistência na Europa. Há dias, em missão dessa natureza, fomos, eu e alguns companheiros, aos céus de Bristol. A nobre cidade inglesa estava sendo sobrevoada por alguns aviões pesados de bombardeio. As perspectivas de destruição eram assustadoras. No seio da noite, porém, destacava-se, à nossa visão espiritual, um farol de intensa luz. Seus raios faiscavam no firmamento, enquanto as bombas eram arremessadas ao solo. A chefia da expedição recomendou nossa descida no ponto luminoso. Com surpresa, verifiquei que estávamos numa igreja, cujo recinto devia ser quase sombrio para o olhar humano, mas altamente luminoso para nossos olhos. Notei, então, que alguns cristãos corajosos reuniam-se ali e cantavam hinos. O Ministro do Culto lera a passagem dos Atos, em que Paulo e Silas cantavam à meia-noite, na prisão, e as vozes cristalinas elevavam-se ao Céu, em notas de fervorosa confiança. Enquanto rebentavam estilhaços lá fora, os discípulos do Evangelho cantavam, unidos, em celestial vibração de fé viva. Nosso chefe mandou que nos conservássemos de pé, diante daquelas almas heróicas, que recordavam os primeiros cristãos perseguidos, em sinal de respeito e reconhecimento. Ele também acompanhou os hinos e depois nos disse que os políticos construiriam os abrigos antiaéreos, mas que os cristãos edificariam na Terra os abrigos antitrevosos”.

Que possamos conservar em mente esse exemplo e batalhar na oração e nos pensamentos para alimentar uma psicosfera melhor, ao nosso redor, ao país e ao Planeta que habitamos hoje. Essa psicosfera é nosso principal legado.

julho 1, 2015

RESSURREIÇÃO – SIGNIFICADOS PARA O ESPIRITISMO

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , — Aprendiz @ 9:17 am

Como qualificar nossa percepção sobre a Ressurreição?

A definição popular aceita é:

ressurreição

1. ato ou efeito de ressurgir ou ressuscitar.

2. retorno da morte à vida.

No entanto, esclarece Emmanuel (psicografado por Chico Xavier) na obra Pão Nosso (lição 42 – Sempre Vivos) que:

42 – Sempre vivos

Ora, Deus não é de mortos, mas, sim, de vivos. Por isso, vós errais muito.” Jesus (Marcos, 12:27)

Considerando as convenções estabelecidas em nosso trato com os amigos encarnados, de quando em quando nos referimos à vida espiritual utilizando a palavra “morte” nessa ou  naquela sentença de conversação usual. No entanto, é imprescindível entendê-la, não por cessação e sim por atividade transformadora da vida.

Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de morte –  a da consciência denegrida no  mal, torturada de remorso ou  paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do crime.

É chegada a época de reconhecermos que todos somos vivos na Criação  Eterna.

Em virtude de tardar  semelhante conhecimento nos homens, é que se verificam grandes erros. Em razão disso, a Igreja Católica Romana criou, em sua teologia, um céu  e um inferno artificiais? diversas coletividades das organizações evangélicas protestantes apegam­se à letra, crentes de que o corpo, vestimenta material do  Espírito, ressurgirá um dia dos sepulcros, violando os princípios da Natureza, e inúmeros espiritistas nos têm como fantasmas de laboratório ou formas esvoaçantes, vagas e aéreas, errando indefinidamente.

Quem passa pela sepultura prossegue trabalhando e, aqui, quanto aí, só existe desordem para o desordeiro. Na Crosta da Terra ou além de seus círculos, permanecemos vivos invariavelmente.

Não te esqueças, pois, de que os desencarnados não são magos, nem adivinhos. São irmãos que continuam na luta de aprimoramento.

Encontramos a morte tão-somente nos caminhos do mal, onde as sombras impedem a visão gloriosa da vida.

Guardemos a lição do Evangelho e jamais esqueçamos que Nosso Pai é Deus dos vivos imortais.

Então de fato, quando acordamos na Pátria Espiritual, ressuscitamos. Eis a verdade. Quando imaginamos ressurgir em nossa carne, após a mesma ser decomposta pela Natureza e há muito enterrada, estamos desrespeitando as leis da própria Natureza. Os átomos que outrora compunham meu corpo já estarão compondo outras formas materiais.

Dessa forma, Deus seria obrigado a revogar uma de suas leis. Sendo que um Deus significa algo perfeito, a perfeição não poderia compactuar com tal comportamento. Logo um criador que precisa alterar sua criação por preferências da criatura, estaria bem longe de poder ser chamado de perfeito.

Revogar as leis da Natureza para fazer ressurgir fiéis em sua carne me parece muito mais difícil de acreditar do que na sobrevivência do Espírito. Esse sim, imortal, capaz de sobreviver ao desencarne e de se ver novamente na vida real (a do Espírito).

Como fundamentar esse entendimento pela Bíblia? No célebre encontro entre Jesus e Nicodemos descrito no Evangelho de João;

E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.

Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.

Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.

Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.

(João 3:1-7)

Nada descreve tão bem a reencarnação e suas leis como essa passagem do Cristo. Essa passagem é utilizada pelas outras religiões como fator essencial do batismo. A questão aqui é que o batismo bíblico resguarda um simbolismo forte. Jesus não era Jesus até ser batizado? Ora, isso implica em conceder poder ao homem como intermediário divino. E às suas instituições por consequência.

No Espiritismo, morte é o ato de nos perdermos, de abandonarmos a trajetória do bem, baseado na moral do Cristo e abraçarmos os erros morais. Eles representam um bloqueio à nossa evolução, um caminho para a estagnação evolutiva. O mal suga como um ralo (um redemoinho se preferir) aqueles que adentram seus domínios, exigindo o dobro de vontade e força para libertação, e mais vontade e boa-vontade para corrigirmos os malfeitos.

Para os espíritas, a única instituição válida para emitir julgamentos sobre si é a própria consciência. Ela é a medida da justiça divina à qual podemos apreender durante o período da encarnação. Nossa guia e fiel companheira. Por isso também não devemos julgar os semelhantes, não sabemos o entendimento, não estamos calçando seus sapatos e nem vivenciando seu cotidiano. Como agiríamos em seu lugar? Empatia é também um fator de reflexão importante.

De fato, adotar a reencarnação como verdade altera todo plano existencial. Passamos a pensar em longo prazo, a calcular adiante nossa existência e o impacto de nossos atos, além do que, torna a moral do Cristo mais adequada e justa. Ressurreição é o que todos passamos no desencarne. Por isso nós nasceremos de novo por lá. Levados pela soma de nossos atos.

Que Deus nos abençoe. E abençoe a todos, independente do credo, mas por seus frutos.

dezembro 15, 2014

JESUS E A PSICOLOGIA – I

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“Jesus é o exemplo do ser integrado, perfeitamente destituído de um inconsciente perturbador. Todas as suas matrizes arquétipicas vêm da herabça divina nEle existente e predominante. A vida futura, portanto, é o delineamento essencial do Seu ministério, em razão da consciência da sua realidade, por onde transita desde então, aprisionado ao corpo, mas inteiramente possuidor da faculdade de sintonia e contato com essa Causalidade”.

[Joanna de ângelis, psicografado por Divaldo Franco. JESUS E O EVANGELHO – À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA – Capítulo III – Realeza]

Este livro é fenomenal, não só pelo exuberante cabedal teórico /psicológico que Joanna nos traz, mas também pela complexidade que abraça cada parágrafo. A afirmação acima é tão profunda, que vou trabalhar algumas observações em seu próprio conteúdo. Original estará em azul, e minhas observações em verde.

“Jesus é o exemplo do ser integrado, perfeitamente destituído de um inconsciente perturbador –> Nós, no entanto, somos atingidos diretamente pelo nosso inconsciente perturbador, cuja depuração depende de nossa evolução através dos séculos e das vidas.A “média da humanidade” é composta ainda de Espíritos que erram e sofrem provações diversas, o que, invariavelmente, está impresso em nosso perispírito, consciência e atitudes. . Todas as suas matrizes arquétipicas vêm da herança divina nEle existente e predominante. A vida futura, portanto, é o delineamento essencial do Seu ministério, em razão da consciência da sua realidade, por onde transita desde então, aprisionado ao corpo, mas inteiramente possuidor da faculdade de sintonia e contato com essa Causalidade” –> Aqui me parece claro que a certeza e incorporação dos princípios da reencarnação muda o fluxo de nossa consciência. Não pensamos mais em curto prazo, nem vivemos para satisfazer vontades momentâneas. Enfim, privilegiamos a razão em detrimento dos instintos. Jesus era a potencialização máxima do ser humano. Quando Joanna diz que Ele é o exemplo de ser integrado, entendo  que significa a plenitude e compreensão dos mecanismos físico-químicos-biológicos envolvidos nos planos divinos. A matéria é mero reflexo de mentes superiores, e o planeta não passa de uma arena evolutiva.

A sapiência de Joanna coloca muitas outras reflexões dentro destes mesmos parágrafos, esta é apenas uma das interpretações, das mais pobres, feitas por mim durante uma leitura. Em breve, na continuidade da obra, postarei outras.

setembro 16, 2014

ESQUECIMENTO E RECOMEÇO

Filed under: Espiritismo — Tags:, — Aprendiz @ 5:10 am

112 – COMO LÁZARO

“E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir.” (JOÃO, 11: 44)

O regresso de Lázaro à vida ativa representa grandioso símbolo para todos os trabalhadores da Terra.

Os criminosos arrependidos, os pecadores que se voltam para o bem, os que “trincaram” o cristal da consciência, entendem a maravilhosa característica do verbo recomeçar.

Lázaro não podia ser feliz tão-só por revestir-se novamente da carne perecível, mas, sim, pela possibilidade de reiniciar a experiência humana com valores novos. E, na faina evolutiva, cada vez que o espírito alcança do Mestre Divino a oportunidade de regressar à Terra, ei-lo desenfaixado dos laços vigorosos… exonerado da angústia, do remorso, do medo… A sensação do túmulo de impressões em que se encontrava, era venda forte a cobrir-lhe o rosto…

Jesus, compadecido, exclamou para o mundo:

— Desligai-o, deixai-o ir .

Essa passagem evangélica é assinalada de profunda beleza.

Preciosa é a existência de um homem, porque o Cristo lhe permitiu o desligamento dos laços criminosos com o pretérito, deixando-o encaminhar-se, de novo, às fontes da vida humana, de maneira a reconstituir e santificar os elos de seu destino espiritual, na dádiva suprema de começar outra vez.

(Da Obra “CAMINHO, VERDADE E VIDA” – Ditado por Emmanuel e psicografada por Chico Xavier)


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O que faz a Doutrina Espírita, e qualquer religião voltada ao amor e a caridade? Oferece conforto espiritual e a chance da absolvição. A diferença, porém, é a forma com que cada religião lida com o tema.

Na ampla perspectiva do Espiritismo, vários elementos existem para provar a inexistência do tempo e do espaço:

Esquecimento do passado – Um dos maiores argumentos utilizados contra a reencarnação, é a ausência de lembranças do passado. Ora, se todos fôssemos lembrar do passado, qual a chance de melhora? Somos incapazes de perdoar uma “fechada” no trânsito, uma trombada na rua, uma falha humana, por mais simples que seja, sem nos irritarmos, que dirá nosso passado!? A história da humanidade nos mostra que hábitos antigos como o duelo, o suicídio, etc não devem ter contribuído para nossa melhora moral. Hoje, sabemos também, que convivemos em meio aos inimigos de outros tempos. No entanto, aprendemos a amá-los e respeitá-los, durante uma encarnação inteira. Ao retornar à pátria espiritual, com toda certeza, sentiremos a redução de nossa eventual mágoa, ódio etc, até que ele seja nulo.

Ninguém evolui sem resolver todas as pendências ético-morais.

Ausência de qualquer doutrina de penas eternas e importância da consciência – O Espiritismo não admite “inferno” ou “paraíso” nas acepções comuns destes termos, mas sim que o nível de consciência e atitude permeará o futuro dos que desencarnam. Claro que o conhecimento embute uma grande responsabilidade sobre os atos e suas consequências, por isso todo aquele que se diz Espírita, deve ter uma conduta condizente com o que a Doutrina coloca. A moral do Cristo é que nos guia rumo à melhora real, por isso mesmo, o Espiritismo nunca se coloca como única fonte de salvação.

Todo aquele que deseja melhorar de verdade, reconstruindo sua vida em moral calcada por amor e caridade, encontrará frutos benéficos. A denominação religiosa aqui, funciona apenas como rótulo.

Por isso toda existência é preciosa, porque ela é a continuação de outras, mas sempre um recomeço a cada nascimento e a cada desencarne.

Todos somos representados por Lázaro.

agosto 26, 2014

AMAR OS INIMIGOS – Significado I

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , — Aprendiz @ 1:49 am

41 – CREDORES DIFERENTES

“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos.” – Jesus. (MATEUS, 5:44.)

O problema do inimigo sempre merece estudos mais acurados.

Certo, ninguém poderá aderir, de pronto, à completa união com o adversário do dia de hoje, como Jesus não pôde rir-se com os perseguidores, no martírio do Calvário.

Entretanto, a advertência do Senhor, conclamando-nos a amar os inimigos, reveste-se de profunda significação em todas as facetas pelas quais a examinemos, mobilizando os instrumentos da análise comum.

Geralmente, somos devedores de altos benefícios a quantos nos perseguem e caluniam; constituem os instrumentos que nos trabalham a individualidade, compelindo-nos a renovações de elevado alcance que raramente compreendemos nos instantes mais graves da experiência. São eles que nos indicam as fraquezas, as deficiências e as necessidades a serem atendidas na tarefa que estamos executando.

Os amigos, em muitas ocasiões, são imprevidentes companheiros, porquanto contemporizam com o mal; os adversários, porém, situam-no com vigor.

Pela rudeza do inimigo, o homem comumente se faz rubro e indignado uma só vez, mas, pela complacência dos afeiçoados, torna-se pálido e acabrunhado, vezes sem conta.

Não queremos dizer com isto que a criatura deva cultivar inimizades; no entanto, somos daqueles que reconhecem por beneméritos credores quantos nos proclamam as faltas.

São médicos corajosos que nos facultam corretivo.

É difícil para muita gente, na Terra, a aceitação de semelhante verdade; todavia, chega sempre um instante em que entendemos o apelo do Cristo, em sua magna extensão.

(Da Obra “Vinha de Luz” – Ditado por Emmanuel e psicografado por Chico Xavier)

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Os que entendemos como “inimigos” são geralmente irmãos que não são compreendidos por nós, ou que não nos compreendem.

Temos a falsa ilusão de que “amigo” é aquele que nos apóia em tudo, indiscriminadamente, e que considera assim ser leal, fiel e companheiro. Este nos ajuda a construir a torre de marfim na qual nos trancamos, alimentando um orgulho infundado que nos prejudica, cedo ou tarde.

Já os ditos inimigos sempre expõe nossas fraquezas, nos trazem à realidade apontando, sem meio-termo, os pontos onde somos condenáveis e passíveis de cair. Nosso orgulho e vaidade lutam contra estes apontamentos, nos fazem sentir atingidos no íntimo, e repelimos com raiva essas situações. Tal qual crianças mimadas que ainda somos em nível espiritual.

Claro que amar aos inimigos não significa literalmente fazê-lo, mas sim uma atitude que devemos ter com todos, na simples forma de amar ao próximo como a nós mesmos. Ou seja, absorver as críticas e analisá-las, se forem devidas, temos a chance sagrada da correção. Se forem indevidas, descartamos, como fazemos com embalagens usadas.

Inteligência espiritual é saber utilizar os elementos ao redor, em proveito de nosso desenvolvimento na moral do Cristo. Há mais de dois mil anos, Ele já sabia disso e tentou nos trazer de forma inteligível.

Vamos buscar aprender, cedo ou tarde chegaremos lá.

julho 17, 2012

O Cristão e o Mundo

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , — Aprendiz @ 5:23 am

102 – O CRISTÃO E O MUNDO

“Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga.” Jesus (MARCOS, 4: 28)

Ninguém julgue fácil a aquisição de um título referente à elevação espiritual. O Mestre recorreu  sabiamente aos símbolos vivos da Natureza,favorecendo­nos a compreensão.

A erva está longe da espiga, como a espiga permanece distanciada dos grãos maduros.

Nesse capítulo, o mais forte adversário da alma que deseja seguir o Salvador, é o próprio mundo.

Quando o homem comum descansa nas vulgaridades e inutilidades da existência terrestre, ninguém lhe examina os passos. Suas atitudes não interessam a quem quer que seja. Todavia, em lhe surgindo no  coração a erva tenra da fé retificadora, sua vida passa a constituir objeto de curiosidade para a multidão.

Milhares de olhos, que o não viram quando desviado na ignorância e na indiferença, seguem­lhe, agora, os gestos mínimos com acentuada vigilância. O pobre aspirante ao título de discípulo  do Senhor ainda não  passa de folhagem

promissora e já lhe reclamam espigas das obras celestes; conserva­se ainda longe da primeira penugem das asas espirituais e já se lhe exigem vôos supremos sobre as misérias humanas.

Muitos aprendizes desanimam e voltam para o lodo, onde os companheiros não os vejam.

Esquece-­se o mundo de que essas almas ansiosas ainda se acham nas primeiras esperanças e, por  isso mesmo, em disputas mais ásperas por rebentar o  casulo das paixões inferiores na aspiração de subir; dentro da velha ignorância, que lhe é característica, a multidão só  entende o homem na animalidade em que se compraz ou, então, se o companheiro pretende elevar­se, lhe exige, de pronto, credenciais positivas do céu, olvidando que ninguém pode trair o tempo ou enganar o espírito de seqüência da Natureza.

Resta ao cristão cultivar seus propósitos sublimes e ouvir o Mestre:

Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga.


(retirado da obra “Caminho, Verdade e Vida)

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Muitas vezes, na empolgação de quando passamos a seguir uma religião ou nova filosofia de vida, passamos a nos exigir mais e a cobrar passos largos, quando muitas vezes mal podemos caminhar. É claro que quanto antes evoluirmos, melhores os resultados que colheremos no futuro, mas uma semente mal plantada não germina. De que adianta cobrarmos de nós mesmos progressos hercúleos, quando a tradução deste ato será o retorno à estaca zero?

Muitos desistem de seguir o Espiritismo reclamando de que as exigências morais ultrapassam o comum. Aqueles que não compreendem de fato a Doutrina, vêem o Espírita como alguém que se isola da realidade em prol de um ganho maior, ou de apenas um tolo que esquece-se de viver a “realidade”. O verdadeiro Espírita, me parece que reside como a ponte entre o mundo material e seus defeitos e uma aspiração espiritual de elevada magnitude. Aspiração, pois qualquer mudança moral exige tempo.

Um alcoólatra, ou um viciado em drogas pesadas, precisa de tempo e muita vontade para se livrar do vício. Análoga é nossa situação em relação aos hábitos contraídos em longo passado e sustentados durante vidas a fio. Quem já entende que precisa mudar e se esforça de verdade nesse intento, já progride muito.

Quando alguém passa a trabalhar na obra assistencial, como o passe, já desperta em alguns o entendimento de que ele pode curar. Esse é o olhar do mundo. Ele cobra a cura como se fosse uma tarefa simples ao médium. Não é nem preciso mencionar que a cura através do passe é um tanto quanto trabalhoso e demorado na maioria dos casos. Quando há um médium de cura efetivo, daqueles que só de nos olhar já identificam o problema e curam, tenha certeza que seus méritos são de muito antes desta encarnação. Na base da pirâmide estamos nós, reles Espíritos encarnados que almejam uma faísca de evolução e que devem muito perante à espiritualidade.

O discípulo que tem pressa, acaba por se afobar e perder a essência da Doutrina, a paciência e o amor. Tanto para os outros quanto para ele mesmo. Nossa vaidade é a mãe de uma ambição que pode, além de frear o progresso, nos induzir aos erros da vaidade e orgulho.

Nós nos espelhamos no Mestre Jesus, mas de fato, entendemos que há uma distância simplesmente ainda imensurável entre as evoluções. Só podemos nos comparar aos simples homens de bem que almejam o melhor e praticam a Doutrina em seu cotidiano.

Eis o porque de não podermos chamar as atenções do mundo. Ele demanda mais do que enxerga. Nós devemos seguir com humildade e em silêncio o caminho que acreditamos correto. Nenhum ensinamento é melhor do que o exemplo. A caridade também pode ser feita para com a nossa consciência.

janeiro 5, 2012

Compreensão e Prática de Jesus

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , — Aprendiz @ 10:17 am

70 – GUARDEMOS O ENSINO

“Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos.” – Jesus. (LUCAS, 9:44.)

Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito poucos são os que colocam a lição nos ouvidos.

Não se trata de registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos que devem palpitar no livro do coração.

Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador.

Os círculos doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não sabem atender a esse apelo. Comparecem às atividades espirituais, sintonizando a mente com todas as inquietações inferiores, menos com o Espírito do Cristo. Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas, concentram-se em si mesmos, todavia, no fundo, atuam em esfera distante do serviço justo.

A maioria não pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se Jesus desempenhasse simples função de pajem subordinado aos caprichos de cada um.

São alunos que procuram subverter a ordem escolar.

Pronunciam longas orações, gritam protestos, alinhavam promessas que não podem cumprir.

Não estimam ensinamentos. Formulam imposições.

E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo.

Os resultados não se fazem esperar. O fracasso e a desilusão, a esterilidade e a dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente para as realidades eternas.

Não poucos se revoltam, desencantados …

Não se queixem, contudo, senão de si mesmos.

“Ponde minhas palavras em vossos ouvidos”, disse Jesus.

O próprio vento possui uma direção. Teria, pois, o Divino Mestre transmitido alguma lição, ao acaso?

RETIRADO DO LIVRO “VINHA DE LUZ” – PELO ESPÍRITO EMMANUEL, PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER.

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EVANGELHO DE JÕAO – CAPíTULO 6

27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o seu selo.

28 Pergutaram-lhe, pois: Que havemos de fazer para praticarmos as obras de Deus?

29 Jesus lhes respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.

30 Perguntaram-lhe, então: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos e te creiamos? Que operas tu?

31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Do céu deu-lhes pão a comer.

32 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.

33 Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.

34 Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.

35 Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.

36 Mas como já vos disse, vós me tendes visto, e contudo não credes.

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Eis uma das questões mais perturbadoras para aqueles que creem verdadeiramente na mensagem do Cristo. Entender não é suficiente, assimilar é realmente complicado, mas praticar é quase impossível. Nenhuma dificuldade nesse sentido é incomum. Todos penamos muito para realizar uma fração da reforma íntima de que necessitamos.

Não é demérito, é humildade de saber que podemos dar pequenos passos devido à nossa limitação. Não é falsa modéstia de ninguém dizer que se esforça para trilhar um pouco do que o Mestre nos deixou. A forma com que Jesus assimila a psicologia humana é impressionante até hoje. Joanna de Ângelis provou em “Em Busca da Verdade” através do médium Divaldo P. Franco que isso é um fato. Mas para não nos restringirmos à literatura Espírita, eis que o Dr. Augusto Cury, definido por ele mesmo como um dos mais ferrenhos ateus que já existiu, escreveu 5 volumes sobre a An[alise da Inteligência do Cristo, onde destaca sua excepcional capacidade psicológica (volumes que serão analisados mais tarde aqui no blog).

Eu não vejo condições na humanidade para que se cumpra ainda o postulado dos Evangelhos e o exemplo integral do Cristo, mas cada esforço nosso conta, cada vez que nos orgulhamos (em bom sentido) de praticar uma boa ação ou de ajudar o próximo, ou de tratar bem as pessoas, com educação e humildade, contribuímos com um padrão mental melhor e ajudamos a obra dos bons Espíritos.

A assimilação do que nos disse o Cristo, foi complementado com o ensino dos Espíritos. Precisamos utilizar o Consolador para nos aprimorar. Precisamos ver Jesus de fato, precisamos comer do alimento espiritual que ele nos trouxe, e só o estudo e o esforço prático na Caridade ajudarão.

julho 8, 2011

Evangelho de Mateus (5,21-26) – Perdão e Reencarnação

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , — Aprendiz @ 7:30 am

Mateus (5,21-26)

Tendes ouvido que foi dito aos antigos: não matarás e quem matar será réu em juízo. Eu, porém, vos digo que todo homem que se irar contra seu irmão será réu em juízo; e quem chamar a seu irmão ‘insensato’ será réu diante do conselho; e quem o apelidar de ‘desgraçado’ será réu do fogo do inferno. Se, por conseguinte, estiveres ante o altar para apresentar tua oferenda e te lembrares de que teu irmão tem queixa de ti, deixa a tua oferenda ao pé do altar e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão; e depois vem oferecer o teu sacrifício.

Não hesites em fazer as pazes com teu adversário, enquanto estiverem em caminho com ele, para que não te vá entregar ao juiz e o juiz te entregue ao oficial da justiça e sejas lançado ao cárcere. Em verdade, te digo que daí não sairás enquanto não houverdes pago o último centavo.

Vou correr um seríssimo risco de falar bobagem aqui neste post.

Analisando essa passagem do evangelho de Mateus, não posso deixar de divagar sobre alguns conceitos que considero muito preciosos e alinhados à doutrina Espírita:

– Perdão / Auto-perdão

– Reencarnação

Perdoar o irmão e reconciliar-nos com nossos inimigos é uma missão e tanto. Aqueles que sofrem por “injustiças” [entre aspas porque não há injustiça real – assunto para outro texto] acabam amargando-se em lutas diversas, em suas próprias mentes, decaíndo a níveis depressivos e psicológicamente danosos. Na maioria dos casos o culpado é o orgulho, algo que todos temos e que, durante inúmeros acontecimentos, precisamos combater e vencer para fazer a coisa certa. Como é difícil descermos de nossas mentes para um ato de humildade. Perdoar é também pedir perdão quando erramos ou causamos dano a alguém.

No entanto é preciso que nosso auto-perdão seja praticado. O sentimento de culpa é um dos maiores responsáveis pela degradação do espírito humano. A culpa acarreta divagações negativas que carregam nossas mentes até domínios obscuros de sofrimento silencioso. Aquele sofrimento que combate a proximidade de outras pessoas, que causa o medo de errar e corrói a auto-estima. Este é um outro complicado conceito. Não se trata apenas de perdoarmos os outros, mas de perdoarmos nós mesmos.

A condição do espíritismo de pregar a humildade e a caridade é uma ajuda também neste sentido. A melhor forma de redimirmos o que nos causa culpa é ajudar alguém. O prazer implícito na ajuda alegra qualquer espírito e transcende a percepção de alegria comum. Essa alegria da caridade ajuda a apagar marcas do passado que mancham nosso perispírito e causas emocionais que se traduzem em doenças mais tarde. Quantas pessoas acabam se tornando missionárias da caridade, se dedicando exclusivamente à ajuda dos outros, após uma grande tragédia pessoal? É a melhor forma de redenção, é a redenção da alma.

As palavras de Jesus vão fundo. Parece algo tão simples quando Ele diz, mas é impressionante o alcance psicológico dele (Joanna de Ângelis sempre adverte para isso). O Conselho e o Inferno são também nossa consciência; um estado de sofrimento e também de julgamento próprio.

Não hesites em fazer as pazes com teu adversário, enquanto estiverem em caminho com ele, para que não te vá entregar ao juiz e o juiz te entregue ao oficial da justiça e sejas lançado ao cárcere. Em verdade, te digo que daí não sairás enquanto não houverdes pago o último centavo.

Será que seria muita pretensão interpretar essa frase considerando os elementos modernos? Eu acho que podemos fazer uma análise atemporal também, como se nessa frase estivesse todo o significado da reencarnação e das existências consecutivas, já que reencarnaremos quantas vezes forem necessárias para nos reconciliarmos com nossos inimigos. O cárcere seria então o corpo físico, a existência material. Seremos obrigados a nascer quantas vezes demoremos a nos reformar e extinguir nossas pendências, resultantes da lei de causa e efeito.

Essa passagem é importantíssima para ilustrar o problema psicológico e das múltiplas existências. Talvez eu esteja interpretando vagamente apenas, longe de mim tentar entender toda profundidade e enxergar as coisas como o Mestre fazia, mas espero que seja uma pequena contribuição.

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