ESPIRITISMO LIVRE Livre de Dogmas, Livre da Fé Cega, Baseado em Kardec Contato: espiritismolivre@gmail.com

março 25, 2015

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“Há ocorrências que são enriquecedoras por um momento, trazendo alegrias e benesses, para logo depois se converterem em tormentos e sombras, escassez e loucura. No entanto, quando se é responsável pela infelicidade alheia, ao trair-se a confiança, ao caluniar-se, ao investir-se contra os valores éticos do próximo, semeando desconforto ou sofrimento, levando-o ao poste do sacrifício, ou à praça do ridículo, a isso chamaremos desgraça real, porque o seu autor não fugirá da própria nem da Consciência Cósmica.

(…)

Sob outro aspecto, o prazer gerado na insensatez, os ganhos desonestos, as posições de relevo que se fixam no padecimento de outras vidas, o triunfo que resulta de circunstâncias más para outrem, os tesouros acumulados sobre a miséria alheia, os sorrisos da embriaguez dos sentidos, o desperdício e abuso ante tanta miséria, constituem fatores propiciadores de dolorosos efeitos, portanto, são desgraças inimagináveis, que um dia ressurgirão em copioso pranto, em angústias acerbas, em solidão e deformidade de toda ordem, pela necessidade de expungir-se e reeducar-se no respeito às Leis soberanas da Vida e aos valores humanos desrespeitados

(Joanna De Ângelis / Divaldo P. Franco – JESUS E O EVANGELHO – À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA – Capítulo – A DESGRAÇA REAL).

Somos, plasmamos e firmamos nossa consciência, como encarnados e como desencarnados. A diferença é que neste último estado, há muito mais potencialidade envolvida.

O segundo parágrafo é simplesmente perfeito para nossos tempos, onde pouco é construído sem que venha carregado de sofrimento ou culpa. O lucro, a fama, o reconhecimento, enfim, o orgulho e a vaidade movem inúmeras almas rumo ao ajuste inevitável do equilíbrio da justiça divina (ver “Código Penal da Vida Futura” – no livro “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec).

Não há vingança do plano divino, apenas correção pelo mau uso de nosso livre arbítrio.

Então desfrutamos do prazer material e momentâneo, geralmente às custas de construir algo duradouro, menos pomposo. Nada passa desapercebido, e como somos infantis em constituição espiritual, ainda é dificil para nós pensarmos em nível amplo, como Joanna expõe em seu conjunto sobre psicologia espiritual.

Que possamos vencer os instintos e maus impulsos, em prol de desenvolvimento e progresso.

dezembro 15, 2014

JESUS E A PSICOLOGIA – I

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“Jesus é o exemplo do ser integrado, perfeitamente destituído de um inconsciente perturbador. Todas as suas matrizes arquétipicas vêm da herabça divina nEle existente e predominante. A vida futura, portanto, é o delineamento essencial do Seu ministério, em razão da consciência da sua realidade, por onde transita desde então, aprisionado ao corpo, mas inteiramente possuidor da faculdade de sintonia e contato com essa Causalidade”.

[Joanna de ângelis, psicografado por Divaldo Franco. JESUS E O EVANGELHO – À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA – Capítulo III – Realeza]

Este livro é fenomenal, não só pelo exuberante cabedal teórico /psicológico que Joanna nos traz, mas também pela complexidade que abraça cada parágrafo. A afirmação acima é tão profunda, que vou trabalhar algumas observações em seu próprio conteúdo. Original estará em azul, e minhas observações em verde.

“Jesus é o exemplo do ser integrado, perfeitamente destituído de um inconsciente perturbador –> Nós, no entanto, somos atingidos diretamente pelo nosso inconsciente perturbador, cuja depuração depende de nossa evolução através dos séculos e das vidas.A “média da humanidade” é composta ainda de Espíritos que erram e sofrem provações diversas, o que, invariavelmente, está impresso em nosso perispírito, consciência e atitudes. . Todas as suas matrizes arquétipicas vêm da herança divina nEle existente e predominante. A vida futura, portanto, é o delineamento essencial do Seu ministério, em razão da consciência da sua realidade, por onde transita desde então, aprisionado ao corpo, mas inteiramente possuidor da faculdade de sintonia e contato com essa Causalidade” –> Aqui me parece claro que a certeza e incorporação dos princípios da reencarnação muda o fluxo de nossa consciência. Não pensamos mais em curto prazo, nem vivemos para satisfazer vontades momentâneas. Enfim, privilegiamos a razão em detrimento dos instintos. Jesus era a potencialização máxima do ser humano. Quando Joanna diz que Ele é o exemplo de ser integrado, entendo  que significa a plenitude e compreensão dos mecanismos físico-químicos-biológicos envolvidos nos planos divinos. A matéria é mero reflexo de mentes superiores, e o planeta não passa de uma arena evolutiva.

A sapiência de Joanna coloca muitas outras reflexões dentro destes mesmos parágrafos, esta é apenas uma das interpretações, das mais pobres, feitas por mim durante uma leitura. Em breve, na continuidade da obra, postarei outras.

janeiro 22, 2013

AMOR E CORRESPONDÊNCIA

Filed under: Espiritismo,reforma íntima — Tags:, , , — Aprendiz @ 4:17 am

“Isto porque, o amor é possuidor de vigorosa energia que aciona a emotividade, conforme a sua expressão, repercutindo na organização somática de maneira equivalente.

Alergias, enfermidades do trato digestivo, problemas respiratórios e alguns tipos de neoplasias malignas radicam-se no sentimento do amor ausente, na indiferença do amor desvairado, no ressentimento injustificável, no amor perverso em forma de vingança…

Desse modo, é indispensável o treinamento para o autoamor, a fim de se poder vibrar em ondas mais elevadas do Cosmo, onde se espraiam as vibrações da Harmonia, do Bem-estar, da Alegria de viver.

(…)

Se parece difícil encontrar respostas retributivas ao amor que ofertas, não te preocupes, seguindo adiante, e o bem-estar por aquele que ama enriquecer-te-á de harmonia.

Não te decepciones se amando não receberes correspondência.

O Sol brilha sempre, mesmo quando nuvens carregadas lhe obstaculizam por momentos a irradiação… Elas passam, diluem-se, e ele permanece estuante.

É natural que se anele por companhia, por formoso relacionamento. Nada obstante, é necessário que cada qual se prepare para ser o que gostaria de encontrar no outro…

(…)

Na tabela das tuas aspirações, coloca o amor em primeira plana, procurando vivê-lo conforme as circunstâncias em que te encontres.

Inicia o teu exercício amando a Natureza, o lar, os objetivos existenciais e as pessoas com as quais compartes os dias.

Descobrirás que o amor é sempre bênção de Deus em benefício da vida.

Amor e vida, portanto, são termos básicos da experiência existencial.”

[Divaldo P. Franco /Espírito Joanna de Ângelis/ –-> LIBERTA-TE DO MAL,  Ed. EBM, pp. 92-95].

Joanna nos traz mais um ensinamento importante a respeito da vibração dos pensamentos e do amor.

Todos sabemos o poder do amor na resolução de problemas e até em solucionar o que nos parece impossível.  Todavia, somos humanos, ansiosos, até desesperados às vezes, quando exigimos que nosso amor resolva tudo instantaneamente. Somos amados o quanto queremos? Amamos tanto quanto podemos? O quanto nos dedicamos e o quanto exigimos de dedicação dos outros?

Muitos confundem amor com o desejo obsessivo pelo outro, o que caracteriza-se como doença. Existe uma linha tênue nas concepções erradas e nas percepções tortas a respeito do amor que vivenciamos nesta encarnação. Tem-se por amor exemplos absurdos e até crimes cometidos em seu nome, enquanto o amor exemplificado por Jesus no Evangelho é ignorado, como sendo uma afronta aos valores de honra e orgulho.

Primeiro precisamos nos libertar do orgulho, do que consideramos honra, dos valores tortos de compensação da dor. Quando assim conseguirmos, vivenciaremos o primeiro amor de todos, aquele que precisamos ter para conosco, o “autoamor” como definiu Joanna. Amar-nos é condição primordial para amar nosso próximo. Só assim conseguiremos fazer aos outros o que queremos que nos façam. Sem conhecer-nos e sem amar-nos, há um comportamento vazio de amor.

Qual a nossa condição mental? Será que estamos pensando e vibrando amorosamente? Se assim estivermos, estaremos seguros quanto aos males que nos rodeiam. Mas no geral, várias vezes por dia nós caímos no erro de pensar em males e negatividades. Nas questões 919 e 919a de “O Livro dos Espíritos” , as instruções são claras sobre rememorar nosso dia a dia, relembrando nossos erros e como podemos nos conhecer e nos melhorar neste sentido (falei sobre isso aqui).

Então quando nossa Reforma Íntima estiver em curso, o amor será consequência e aprenderemos a lidar muito melhor com nosso cotidiano e nossas atitudes, assim como para com as atitudes dos outros, estejam eles passos atrás ou afrente de nós.

Às vezes somos destratados, agredidos moralmente, ou atacados por aqueles que não nos compreendem. Precisamos então passar a compreendê-los sem agredir, e quem sabe nosso exemplo não sirva para alertá-los. Quem sabe nossas orações e preces surtam efeito. Quem sabe consigamos representar em infinitésima migalha o que o Mestre nos exemplificou esplendoramente?

Esse é o árduo, porém recompensador caminho do Aprendiz Espírita. Que todos possamos trilhá-lo com os sapatos protetores do amor e os agasalhos de sabedoria disponíveis.

janeiro 8, 2013

VÉU E JULGAMENTO

Filed under: Espiritismo,reforma íntima — Tags:, , , , — Aprendiz @ 1:11 am

“Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres e as injunções sociais, culturais, emocionais neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.

Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.

Assim, não julgues ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca se enganou, jamais tergiversou, e se deu em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida”.

(Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis – Liberta-te do Mal, Editora EMB, 2011, PP. 68-69).


Joanna nos traz mais consolo. Ensina-nos que, se o véu da carne é tão profundo sobre as consciências, até sobre as dos nobres Espíritos, isso é levado em consideração e pesa muito sobre os nossos erros. Também nos concede maior mérito nos acertos evolucionários que concretizamos na carne.

Essa curta passagem também nos ensina mais um pouco sobre a dificuldade que a reforma íntima representa para nós, encarnados.

Sendo todo ser humano enquadrado por essa variável, nosso julgamento a respeito de outrem estará sempre errado. Sempre será falho. Nunca completo. Não podemos medir o mérito das conquistas íntimas de alguém. Muitas vezes há inabilidade em exteriorizar comportamentos e atitudes, há uma incapacidade de agir com a forma que exigimos ou esperamos por parte de terceiros para conosco, mas isso nunca significa que o outro não dispõe de algo a oferecer.

Quantas vezes nos prendemos à forma e esquecemo-nos de observar o conteúdo? Quantas vezes será que negligenciamos a mão estendida a nos oferecer auxílio por pretenso orgulho e ego agigantados?

Claro que seremos perdoados, desde que nossos erros sejam fruto da ignorância. O Conhecimento retira a ignorância, mas não o véu, o que nos obriga a uma vigilância mais eficiente sobre tudo o que nos oprime ou nos conduz ao comportamento fora da moral cristã.

Moral cristã, aliás, que deve ser nosso alvo maior. Se pudermos nos espelhar no Cristo e agir pouco melhor, já teremos um progresso. Quando o amor e a caridade fizerem parte espontânea de nosso cotidiano, estará ali a evolução. Ela se dará automaticamente, de forma calma e bela, como tudo na Natureza.

Erraremos, fracassaremos, mas qual o mérito daquele que se rende? Nós, aprendizes do Evangelho, devemos levantar a cada queda, levantar mais motivados pela dor, benesse de Deus que nos faz evoluir. Bendito sofrimento que no futuro se refletirá em bênçãos e experiências a serem repassadas adiante.

Que Deus nos abençoe. Que ele nos envie as provas, que saibamos completá-las da melhor forma que nos seja possível. Que, no futuro, todos possamos andar ao menos um passo na estrada do progresso espiritual. Então nossa estadia na carne terá sido satisfatória.

janeiro 24, 2011

Tristeza Perturbadora (Joanna de Ângelis)

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , — Aprendiz @ 7:21 am

O Texto abaixo foi ditado por Joanna de Ângelis e psicografado por Divaldo Franco, e foi retirado deste (link)

Tristeza Perturbadora

Conquanto brilhe o sol da oportunidade feliz, abrindo campo para a ação e para a paz, a sombra teimosa da tristeza envolve-te em injustificável depressão.
Gostarias de arrancar das carnes da alma este espinho cravado que te faz sofrer, e, por não o conseguires, deixas-te abater.
Conjecturas a respeito da alegria, do corpo jovem, dos prazeres convidativos, e lamentas não poder fruir tudo quanto anelas.
A tristeza, porém, é doença que, agasalhada, piora o quadro de qualquer aflição.
A sua sombra densa altera o contorno dos fatos e das coisas, apresentando fantasmas onde existe vida e desencanto no lugar em que está a esperança.
Ela responde pela instalação de males sutis que terminam por desequilibrar o organismo físico e a maquinaria emocional.
Luta contra a tristeza, reeducando-te mentalmente.
Não dês guarida emocional às suas insinuações.
Ninguém é tão ditoso quanto supões ou te fazem crer.
A Terra é o planeta-escola de aprendizes incompletos, inseguros.
A cada um falta algo, que não conseguirá conquistar.
Resultado do próprio passado espiritual, o homem sente sempre a ausência do que malbaratou.
A escassez de agora é conseqüência do desperdício de outrora.
A aspiração tormentosa é prova a que todos estão submetidos, a fim de que valorizem melhor aquilo de que dispõem e a outros falta.
Lamentas não ter algo que vês noutrem, todavia, alguém ambiciona o que possuis e não dás valor.
Resigna-te, pois, e alegra-te com tudo quanto te enriquece a existência neste momento.
Aprende a ser grato à vida e àqueles que te envolvem em ternura, saindo da tristeza pertinaz para o portal de luz, avançando pelo rumo novo.
Jesus, que é o “Espírito mais perfeito” que veio à Terra, sem qualquer culpa, foi incompreendido, embora amando; traído, apesar de amar, e crucificado, não obstante amasse…
Desse modo, sorri e conquista o teu espaço, esquecendo o teu espinho e arrancando aquele que está ferindo o teu próximo.
Oportunamente, descobrirás que, enquanto te esqueceste da própria dor, lenindo a dos outros, superaste-a em ti, conseguindo a plenitude da felicidade, que agora te rareia.
Autor: Joanna de Ângelis // Psicografia de Divaldo Franco.

Quantos de nós não são abatidos por tristezas e sentimentos que nem imaginamos de onde vêm? Quando percebemos, já estamos tristes por algo que não entendemos ou não sabemos onde começou.

Depressão (doença)? Não, acho que somos apenas humanos. Não nos conhecemos o suficiente para concluir nosso próprio estudo interno. Acabamos por criar divisões e maniqueísmos em tudo. Quando conversamos podemos ser otimistas ou pessimistas, certos ou errados.

O mundo nos coloca apenas uma opção: Ser melhor. Atingir os objetivos individualistas, não importa o que se coloque em nosso caminho. O problema é que as coisas e pessoas que se colocam em nosso caminho, podem ser incríveis suportes de esperança, alegria e conhecimento, que acabam relegadas a segundo plano em prol de corpos “melhores” (mais “bonitos”), passeios divertidos, programas de televisão apelativos, ‘baladas’, reuniões que nada acrescentam em nossas vidas e diretrizes individualistas.

Enfim, seguindo a corrente, só teremos tristeza marginalizada na individualidade amarga de um cotidiano repleto de pressões. Para piorar, somos exigentes conosco em um nível que sabemos ser impossível.

A saída talvez seja um pouco mais de reflexão e leituras de qualidade. Acima temos um ótimo exemplo.

Boa conduta a todos.

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