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abril 30, 2014

CABO DE GUERRA MENTAL – OBSESSÃO

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“252. As imperfeições morais do obsedado são frequentemente um obstáculo à sua libertação”

(LIVRO DOS MÉDIUNS – Cáp. XXIII – DA OBSESSÃO)

Claro que o tema “obsessão” como um todo é muito complexo e demandaria muitas laudas para explorá-lo, mas consideremos a frase acima como um pequeno ponto neste oceano da vida. No futuro, haverá um estudo aprofundado do tema com várias obras envolvidas, e então outros pontos devem vir à tona.

Eu entendo que poucos de nós encarnados, para não dizer nenhum, estará livre da obsessão.

Claro que não podemos considerar aqui os casos extremos, de fascinação ou subjugação, mas sim o cotidiano, o dia-a-dia de um planeta como a Terra, que ainda nos recebe, os que enfrentam provas e expiações. Nosso nível moral ainda é relativamente baixo, porém em progresso, o que nos força a batalhas diárias perante nossa consciência.

Quantas vezes não tivemos pensamentos dúbios sobre uma decisão moral, pudemos escolher o caminho correto ou o caminho errado, considerando as duas opções? É um cabo de guerra mental.

Pensamento e Vontade são 2 das maiores potências do espírito. Ou seja, são duas grandes forças que temos ao nosso dispor ou contra nós. Nosso Livre-Arbítrio é que define.

Então, a frase acima significa que os espíritos voltados ao mal, ou ignorantes no tema da evolução, se aproveitam de nossas imperfeições morais para nutrirem seus impulsos. É uma relação de simbiose entre obsessor e obsedado, que é efetivamente combatida através da Reforma Íntima (ver alguns textos aqui e aqui).

Depende somente do encarnado e de sua vontade superar a obsessão. Nosso cotidiano é uma cesta repleta de escolhas, que caracterizam na prática nosso nível moral. São os atos que denunciam o nível moral de qualquer um.

Quanto mais eficiente for nosso policiamento conosco mesmo, tanto melhor e mais rápida será nossa evolução. Não se trata de ser ou não obsedado, mas sim de como nos manter ao máximo no caminho evolutivo.

Vigiar e orar, conselho da época do Cristo, e tão importante na atualidade.

janeiro 8, 2013

VÉU E JULGAMENTO

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“Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres e as injunções sociais, culturais, emocionais neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.

Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.

Assim, não julgues ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca se enganou, jamais tergiversou, e se deu em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida”.

(Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis – Liberta-te do Mal, Editora EMB, 2011, PP. 68-69).


Joanna nos traz mais consolo. Ensina-nos que, se o véu da carne é tão profundo sobre as consciências, até sobre as dos nobres Espíritos, isso é levado em consideração e pesa muito sobre os nossos erros. Também nos concede maior mérito nos acertos evolucionários que concretizamos na carne.

Essa curta passagem também nos ensina mais um pouco sobre a dificuldade que a reforma íntima representa para nós, encarnados.

Sendo todo ser humano enquadrado por essa variável, nosso julgamento a respeito de outrem estará sempre errado. Sempre será falho. Nunca completo. Não podemos medir o mérito das conquistas íntimas de alguém. Muitas vezes há inabilidade em exteriorizar comportamentos e atitudes, há uma incapacidade de agir com a forma que exigimos ou esperamos por parte de terceiros para conosco, mas isso nunca significa que o outro não dispõe de algo a oferecer.

Quantas vezes nos prendemos à forma e esquecemo-nos de observar o conteúdo? Quantas vezes será que negligenciamos a mão estendida a nos oferecer auxílio por pretenso orgulho e ego agigantados?

Claro que seremos perdoados, desde que nossos erros sejam fruto da ignorância. O Conhecimento retira a ignorância, mas não o véu, o que nos obriga a uma vigilância mais eficiente sobre tudo o que nos oprime ou nos conduz ao comportamento fora da moral cristã.

Moral cristã, aliás, que deve ser nosso alvo maior. Se pudermos nos espelhar no Cristo e agir pouco melhor, já teremos um progresso. Quando o amor e a caridade fizerem parte espontânea de nosso cotidiano, estará ali a evolução. Ela se dará automaticamente, de forma calma e bela, como tudo na Natureza.

Erraremos, fracassaremos, mas qual o mérito daquele que se rende? Nós, aprendizes do Evangelho, devemos levantar a cada queda, levantar mais motivados pela dor, benesse de Deus que nos faz evoluir. Bendito sofrimento que no futuro se refletirá em bênçãos e experiências a serem repassadas adiante.

Que Deus nos abençoe. Que ele nos envie as provas, que saibamos completá-las da melhor forma que nos seja possível. Que, no futuro, todos possamos andar ao menos um passo na estrada do progresso espiritual. Então nossa estadia na carne terá sido satisfatória.

março 29, 2011

Na Oração

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 5:08 am

Retirado da obra Caminho, Verdade e Vida, ditada por Emmanuel e psicografada por Chico Xavier.

Capítulo 167 – NA ORAÇÃO
“Senhor, ensina-nos a orar… — (LUCAS, capítulo 11, versículo 1.)
A prece, nos círculos do Cristianismo, caracteriza-se por gradação infinita
em suas manifestações, porque existem crentes de todos os matizes nos vá-
rios cursos da fé.
Os seguidores inquietos reclamam a realização de propósitos inconstantes.
Os egoístas exigem a solução de caprichos inferiores.
Os ignorantes do bem chegam a rogar o mal para o próximo.
Os tristes pedem a solidão com ociosidade.
Os desesperados suplicam a morte.
Inúmeros beneficiários do Evangelho imploram isso ou aquilo, com alusão
à boa marcha dos negócios que lhes interessam a vida física. Em suma,
buscam a fuga. Anelam somente a distância da dificuldade, do trabalho, da luta
digna.
Jesus suporta, paciente, todas as fileiras de candidatos do seu serviço, de
sua iluminação, estendendo-lhes mãos benignas, tolerando-lhes as queixas
descabidas e as lágrimas inaceitáveis.
Todavia, quando aceita alguém no discipulado definitivo, algo acontece no
íntimo da alma contemplada pelo Senhor.
Cessam as rogativas ruidosas. Acalmam-se os desejos tumultuários.
Converte-se a oração em trabalho edificante. O discípulo nada reclama. E o
Mestre, respondendo-lhe às orações, modifica-lhe a vontade, todos os dias,
alijando-lhe do pensamento os objetivos inferiores.
O coração unido a Jesus é um servo alegre e silencioso.
Ou seja, todas as orações são ouvidas e assimiladas. A grande questão é se realmente pedimos o que queremos ou se manipulamos nossa fé conforme desejos mimados e instantâneos. Quantos não rezam pela loteria? E ao mesmo tempo ficam cegos pela ganância no cotidiano. Quantos não oram para fins mesquinhos, onde a própria covardia fica refletida nas vibrações?
Será que alguém imaginava que seria fácil ? Não.
Mas ninguém atinge um nível minimamente aceitável, sem perseverança. Este que vos escreve continua a busca por melhora, se afunda em defeitos e problemas enquanto isso, mas eis que há a vida eterna para melhorar. O importante não é ser um santo, mas sim a busca sincera por melhoras e iluminação pessoal (interior). De nada adianta ser um santo preso em um convento, enquanto o mundo impõe problemas diários de ordem prática, que nos testa a cada minuto, movimentando nossa paciência, nossa cólera, nossa aflição e nossa felicidade.
A oração é um momento apenas de agradecimento. Estar em um corpo encarnado, podendo realizar provas que nos redimam de erros anteriores, é motivo mais do que suficiente para agradecer e vibrar por aqueles que passam por provas piores ou que, apesar de tudo, não podem desfrutar da mesma chance que nós.
A fé é também uma questão de hábito, desenvolvida ao longo dos anos e das provas. Todos temos aquela faísca, é só ativar.
Aproveite para revisar os motivos de suas orações. É sempre edificante.

abril 24, 2009

Bênção, Maldição ou Apenas Nossas Ações Refletidas?

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , , , — Aprendiz @ 8:27 am

557. Podem a bênção e a maldição atrair o bem e o mal para aquele sobre quem são lançados?
“Deus não escuta a maldição injusta e culpado perante ele se torna o que a profere. Como temos os dois gênios opostos, o bem e o mal, pode a maldição exercer momentaneamente influência, mesmo sobre a matéria. Tal influência, porém, só se verifica por vontade de Deus como aumento de prova para aquele que é dela objeto. Demais, o que é comum é serem amaldiçoados os maus e abençoados os bons. Jamais a bênção e a maldição podem desviar da senda da justiça a Providência, que nunca fere o maldito, senão quando mau, e cuja proteção não acoberta senão aquele que a merece.”
(Livro dos Espíritos, Capítulo IX, Parte 2 – Bênçãos e Maldições p.280 – link)

Subestimar a capacidade da inteligência divina. Isso é o que fazem aqueles que praticam a ‘magia’ maligna ou feitiçaria em prol de objetivos mundanos e imorais, que visam apenas a destruição alheia ou a ‘amarrar’ algo em alguém. Esse tipo de truque é como uma criança chutando uma parede de concreto, simplesmente ineficaz. Cada um tem os demônios ou as bênçãos que merece e busca ter.

Culpar os outros e não observar os próprios atos e, depois, encher-se de orações e penas dolorosas, simplesmente não tem significado relevante ao espiritismo. Mais do que meros mártires da hipocrisia, aliás, a moda desse século, a doutrina busca seres que façam o bem em si. Bem em si significa algo que não precisa de definição, que aflora de um sentimento nobre e honesto, cujo objetivo consiga não danificar nada senão o mau/mal. Há angústia pior para algo ruim do que o bem ao lado? Sombra não se projeta na luz sozinha, mas esta última acaba com a sombra numa velocidade monstro.

Meritocracia é a palavra chave. Reinvidique o que você mereçe de fato, não o que acha que merece. Ninguém que se arrependa será salvo pelo arrependimento em si, mas pelas ações a partir dali. Arrependimento é um primeiro passo rumo à evolução, mas não é tudo. As ações que decorrem do arrependimento são as principais juradas do destino.

No cumprimento das penas que merecemos é que há o real crescimento e a evolução. Aquele que se abstém do mal pensando praticar o bem é apenas um covarde. Atitudes boas combatem o mal apenas pela existência e, nenhum tipo de bênção ou maldição atua sozinha.

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