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abril 14, 2009

Sobre a Função dos Espíritas

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Ser espírita e conhecer algumas verdades (e não todas, logicamente), implica em responsabilidades maiores com as morais do Mestre e seus ensinamentos. Cada lição tem uma causa e efeito que todos sabemos, devem ser levados em consideração para cada ação tomada.

Cada gesto torna-se um apasiguador do passado ou um turbilhão no futuro. Como em num julgamento justo, serás julgado pelo que conheces. O espírita precisa de muita responsabilidade, já que por conhecer uma pequena fração de uma grande verdade, não tem espaços para deslizes.

Capítulo 60 do livro: Vinha de Luz*. (Talvez seja o melhor exemplo a esse respeito):

QUE FAZEIS DE ESPECIAL?

“Que fazeis de especial?” – Jesus. (MATEUS, 5:47.)

Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios
de entendimento muito acima da compreensão normal dos homens encarnados.

Em verdade, sabem que a vida prossegue vitoriosa, além da morte; que se encontram na escola temporária da Terra, em favor da iluminação espiritual que lhes é necessária; que o corpo carnal é simples vestimenta a desgastar-se cada dia; que os trabalhos e desgostos do mundo são recursos educativos; que a dor é o estímulo às mais altas realizações; que a nossa colheita futura se verificará, de acordo com a sementeira de agora; que a luz do Senhor clarear-nos-á os caminhos, sempre que estivermos a serviço do bem; que toda oportunidade de trabalho no presente é uma bênção dos Poderes Divinos; que ninguém se acha na Crosta do Planeta em excursão de prazeres fáceis, mas, sim, em missão de aperfeiçoamento; que a justiça não é uma ilusão e que a verdade
surpreenderá toda a gente; que a existência na esfera física é abençoada oficina de trabalho, resgate e redenção e que os atos, palavras e pensamentos da criatura produzirão sempre os frutos que lhes dizem respeito, no campo infinito da vida.

Efetivamente, sabemos tudo isto.
Em face, pois, de tantos conhecimentos e informações dos planos mais altos, a
beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a
interrogação do Divino Mestre:

– Que fazeis mais que os outros?

O grande mérito dessa passagem é elucidar de forma sucinta, toda responsabilidade que carregam aqueles que conhecem mais. O privilégio do erro não existe mais, a medida em que a ignorância cede lugar ao conhecimento. Saber em demasiado e não agir de acordo, é o mesmo que jogar no lixo a responsabilidade confiada.

Fazer uma boa prece é só o começo da jornada, o cotidiano é que demonstra os pontos fracos que todos temos e que precisamos melhorar.

*Edição de Internet, disponível para download no link: http://www.sej.org.br/livros.html

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