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fevereiro 25, 2013

CONSCIÊNCIA E FÉ

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131 – CONSCIÊNCIA

“Guardando o mistério da fé numa consciência pura.” – Paulo. (I TIMÓTEO, 3:9.)

Curiosidade ou sofrimento oferecem portas à fé, mas não representam o vaso divino destinado à sua manutenção.

Em todos os lugares, observamos pessoas que, em seguida a grandes calamidades da sorte, correm pressurosas aos templos ou aos oráculos novos,manifestando esperança no remédio das palavras.

O fenômeno, entretanto, muitas vezes, é apenas verbal. O que lhes vibra no coração é o capricho insatisfeito ou ferido pelos azorragues de experiências cruéis…

Claro que semelhante recurso pode constituir um caminho para a edificação da confiança, sem ser, contudo, a providência ideal.

Paulo de Tarso, em suas recomendações a Timóteo. esclarece o problema com traço firme.

É imprescindível guardar a fé e a crença em sentimentos puros. Sem isso, o homem oscilará, na intranqüilidade, pela insegurança do mundo Intimo.

A consciência obscura ou tisnada inclina-se, invariavelmente, para as retificações dolorosas, em cujo serviço podem nascer novos débitos, quando a criatura se caracteriza pela vontade frágil e enfermiça.

Os aprendizes do Evangelho devem recordar o conselho paulino que se reveste de profunda importância para todas as escolas do Cristianismo.

O divino mistério da fé viva é problema de consciência cristalina. Trabalhemos, portanto, por apresentarmos ao Pai a retidão e a pureza dos pensamentos.

(Da obra Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografada por Chico Xavier).

Emmanuel toca em um ponto crucial aqui. Ouvimos muito sobre Deus, sobre os ensinamentos do Cristo, mas nos preocupamos muito pouco com o que fazemos desse conhecimento. Será que ao passar algum ensinamento nunca desvirtuamos o conteúdo evangélico do Cristo? Será que nunca distorcemos a palavra para que ela atendesse ao nosso orgulho? Quantas interpretações diferentes da palavra de Deus encontramos em nosso cotidiano?

Como há, muitas vezes, a má-fé do ser humano envolvida em interpretações absurdas, que conduzem almas a realizarem caminhos que muitas vezes se distanciam muito do que o Mestre almejava em seus ensinos, precisamos saber melhor discernir o que fazemos, tanto da palavra Dele quanto de nossos pensamentos. Aqueles que conduzem almas, como pastores conduziam suas ovelhas, são muito, muito responsáveis mesmo, quando passam algum ensinamento. Se conduzirem essa missão de forma satisfatória, com certeza terão realizado grande vitória para com sua evolução, mas se cederem à tentação de tomar o caminho obscuro de utilizar a fé alheia como motor de suas ambições, sua queda será inevitável.

O que seria então a consciência pura a que Paulo se refere? Onde resguardar nossa fé? Ora, a proteção mental de nossas atitudes se dá através da caridade sincera, das boas ações que praticamos, da exemplificação da palavra do Mestre. Nem todos os grandes missionários deste mundo eram Espíritas (aliás, pouquíssimos eram), mas os exemplos de quantos podemos aproveitar, aqueles humildes como Gandhi e Madre Tereza, Chico Xavier e tantos outros que aperfeiçoaram a moral através de atos inegáveis de amor e caridade.

Eles não “pregavam” a fé com palavras ou enormes templos. Simplesmente arregaçaram as mangas e foram à vida cotidiana demonstrar e seguir o que Jesus demonstrou. Tomemos como exemplo todos aqueles que levaram ao limite a doação moral da caridade, e tentemos nos espelhar neles para melhorarmos um pouco nossa consciência, assim teremos condições de resguardar nossa fé como ensinou Paulo.

julho 10, 2011

Dor, Redenção, Provas e Religião

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Uma pequena passagem da obra “PAULO E ESTÊVÃO” – psicografada por Chico Xavier e ditada por Emmanuel. (4a ED. FEB – 2010).

“O leito de dor é um campo de ensinamentos sublimes e luminosos. Nele, a alma exausta vai estimando no corpo a função de uma túnica. Tudo o que se refira à vestimenta vai perdendo, consequentemente, de importância. Persevera, contudo, a nossa realidade espiritual”. (p.138).

Um questionamento bastante comum dentre aqueles que não acreditam em nada (ou dizem-se desta forma), é o que acarreta nas pessoas sentimentos tão extremos como fé,  tanta doação e caridade ao invés de aproveitarem a vida, e como a religião brota nos corações as vezes tão duros.

Geralmente as grandes conversões acontecem em cenários extremos de dor e sofrimento. Por que? Cheguei a conclusão de que o sofrimento, ou o “leito de dor” como traduz acima nosso mentor Emmanuel, rasga qualquer vestígio de sublimidade, orgulho ou egoísmo que restava em nós. Reis e conquistadores do passado sucumbiram à doenças, e no momento da morte, foram exatamente iguais a seus escravos e lacaios. A humildade é desperta do cenário mais horrendo.

Quantos vão à presídios, condenados, quando seus crimes, se não fossem descobertos, resultariam em uma riqueza absoluta? E então, perdido em meio a bandidos de todos os tipos, acaba por encontrar a consolação na religião.

Todo aquele que é orgulhoso e tem uma estima exagerada de si mesmo será confrontado, cedo ou tarde, com sua insignificância perante o mundo. Terá que assumir seu papel de grão de areia em vasta praia e perceber que não passa de um espírito em uma túnica. A humildade abre o coração para a verdadeira religião e o verdadeiro aprendizado.

A doença é uma provação muito difícil, já que ela exige a constante fé e vontade de viver. Aquele que perde a vontade, geralmente sucumbe, enquanto aqueles que escolhem travar a batalha com uma doença complexa algumas vezes se curam. De qualquer forma, a doença os obriga a diminuir o ritmo de vida e se preocupar com sigo mesmo, e a religião é o pão da alma. Cedo ou tarde fará falta àquele que a despreza.

Muitos tratam a religião como um cabide, condenando aqueles que se dedicam à tarefas edificadoras e deixam de “aproveitar” seu tempo com as bobagens mundanas da Terra. Pois bem, é só um degrau a mais na longa escada do orgulho, que a cada passo acima cega à realidade vivida. E quanto mais alto, maior a queda e o sofrimento que virá de todas as provas.

Ainda bem que temos um Senhor misericordioso e de infinita bondade, pronto a receber seus filhos, rebeldes ou não.

A dor também pode ser o tão aguardado expurgo de nosso passado obscuro, e deve ser agradecida por todos aqueles que possuem a fé sincera na redenção e nas obras divinas do Mestre Nazareno. Se hoje temos dor, ontem a causamos, isso é FATO. Temos que aprender a viver sem causar dores, e isso é uma tarefa dificílima a qual ainda estamos engatinhando.

Que todos possamos triunfar um dia.

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