ESPIRITISMO LIVRE Livre de Dogmas, Livre da Fé Cega, Baseado em Kardec Contato: espiritismolivre@gmail.com

janeiro 12, 2015

FIXAÇÃO MENTAL

Áulus ouviu com atenção e ponderou:

– E imprescindível compreender que, depois da morte no corpo físico, prosseguimos desenvolvendo os pensamentos que cultivávamos na experiência carnal. E não podemos esquecer que a Lei traça princípios universais que não podemos trair. Subordinados à evolução, como avançar sem lhe acatarmos a ordem de harmonia e progresso? A idéia fixa pode operar a indefinida estagnação da vida mental no tempo.

(…)

– E o problema da imobilização da alma?

(…)

– Em nossa imagem, podemos defini-la com a propriedade possível. É que o tempo, para nós, é sempre aquilo que dele fizermos. Para melhor compreensão do assunto, lembremo-nos de que as horas são invariáveis no relógio, mas não são sempre as mesmas em nossa mente. Quando felizes, não tomamos conhecimento dos minutos. Satisfazendo aos nossos ideais ou interesses mais íntimos, os dias voam céleres, ao passo que, em companhia do sofrimento e da expressão, temos a idéia de que o tempo está inexoravelmente parado. E quando não nos esforçamos por superar a câmara lenta da angústia, a idéia aflitiva ou obsecante nos corroí a vida mental, levando-nos à fixação. Chegados a essa fase, o tempo como que se cristaliza dentro de nos, porque passamos a gravitar, em Espírito, em torno do ponto nevrálgico de nosso desajuste. Qualquer grande perturbação interior, chame-se paixão ou desânimo, crueldade ou vingança, ciúme ou desespero, pode imobilizar-nos por tempo indefinível em suas malhas de sombra, quando nos rebelamos contra o imperativo de marcha incessante com o Sumo Bem. Analisemos ainda o nosso símbolo do combate. O relógio inflexível assinala o mesmo horário para todos, entretanto, o tempo é leve para os que triunfaram e pesado para os que perderam. Com os vencedores, os dias são felicidade e louvor e com os vencidos são amarguras e lágrimas. Quando nos não desvencilhamos dos pensamentos de flagelação e derrota, através do trabalho constante pela nossa renovação e progresso, transformamo-nos em fantasmas de aflição e desalento, mutilados em nossas melhores esperanças ou encafurnados em nossas chagas íntimas. E quando a morte nos surpreende nessas condições, acentuando-se-nos então a experiência subjetiva, se a alma não se dispõe ao esforço heróico da suprema renúncia, com facilidade emaranha-se nos problemas da fixação, atravessando anos e anos, e por vezes séculos na repetição de reminiscências desagradáveis, das quais se nutre e vive. Não se interessando por outro assunto a não ser o da própria dor, da própria ociosidade ou do próprio ódio, a criatura desencarnada, ensimesmando-se, é semelhante ao animal no sono letárgico da hibernação. Isola-se do mundo externo, vibrando tão-somente ao redor do desequilíbrio oculto em que se compraz. Nada mais ouve, nada mais vê e nada mais sente, além da esfera desvairada de si mesma.

(…)

– A reencarnação, em tais circunstâncias, é o mesmo que conduzir o doente inerte a certa máquina de fricção para o necessário despertamento. Intimamente justaposta ao campo celular, a alma é a feliz prisioneira do equipamento físico, no qual influencia o mundo atômico e é por ele influenciada, sofrendo os atritos que lhe objetivam a recuperação.

(…)

– Na maioria das vezes, o soerguimento é vagaroso. Podemos comprovar isso no estudo das crianças retardadas, que exprimem dolorosos enigmas para o mundo… Somente o extremado amor dos pais e dos familiares consegue infundir calor e vitalidade a esses entezinhos que, não raro, se demoram por muitos anos na matéria densa, como apêndices torturados da sociedade terrestre, curtindo sofrimentos que parecem injustificáveis e estranhos e que constituem para eles a medicação viável. É possível auscultar ainda a verdade de nossa assertiva, nos chamados esquizofrênicos e nos paranóicos que perderam o senso das proporções, situando-se em falso conceito de si mesmos. Quase todas as perturbações congeniais da mente, na criatura reencarnada, dizem respeito a fixação que lhe antecederam a volta ao mundo. E, em muitos casos, os Espíritos enleados nesses óbices seguem do berço ao túmulo em recuperação gradativa, experimentando choques benéficos, através das terapêuticas humanas e das exigências domésticas, das imposições dos costumes e dos conflitos sociais, deles retirando as vantagens do que podemos considerar por “extroversão” indispensável à cura das psicoses de que são portadores.

[Obra: Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz e psicografia de Francisco C. Xavier. Capítulo 25 – Em torno da fixação mental]

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Quando Áulus explica o quadro da Fixação mental, expõe um dos fatores mais paradoxais da Doutrina Espírita. Ao mesmo tempo que conota um quadro complexo, demonstra que é uma via simples o início de tudo.

“chame-se paixão ou desânimo, crueldade ou vingança, ciúme ou desespero, pode imobilizar-nos por tempo indefinível em suas malhas de sombra”

Como ser humano, só vejo ali sentimentos presentes no cotidiano da maioria. Claro que não vivemos em função destes sentimentos na maioria dos casos, mas as paixões e o desânimo estão comumente presentes em nossa sociedade, nas mais variadas formas. Tomemos por exemplo a dor de uma futura mãe que sofre um aborto espontâneo, ou de uma mãe que perde o filho em situação de dor e desespero. Quão facilmente o desespero e a dor passarão a nortear aquela vida?

Justamente por sermos humanos, tão ainda distantes de uma boa posição na escala evolutiva do Espírito, temos sempre a clemência e a misericórdia divina ao nosso lado. A reencarnação é o remédio amargo que nos ensina, por quanto tempo for necessário, a valorizar os pensamentos e atitudes de forma correta e passageira. O desespero só existe quando há desconhecimento de causas e motivos. A amargura, a vingança, as paixões, são todos elementos ligados à nossa inevolução e estado inferior que ocupamos por muitas vidas.

Podemos também observar a quantidade de doentes mentais e imaginar o porquê…

Fixação mental, cristalização da alma, monoideísmo (manter o pensamento em apenas 1 foco), tudo é motivo para obsessão e seus desdobramentos mais sérios. Como toda obsessão se inicia com a auto-obsessão, este é o melhor exemplo e melhor explicado de como esse processo tem início. A partir de hoje, que possamos policiar-nos melhor.

Nossa luta como alma é praticar a reforma íntima, prosseguir tentando ser melhor, orando e vigiando nossos pensamentos e ações, para conseguir um mínimo de melhora.

Para que a pressa? Somos eternos.

janeiro 5, 2015

O UNIVERSO AUTOCONSCIENTE

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , — Aprendiz @ 7:23 am

Gostaria de indicar uma leitura não Espírita hoje, a obra “O Universo Autoconsciente” de Amit Goswami.

O autor se notabilizou por uma visão mais apurada da física, abandonando os conceitos simplistas do classicismo científico que preconiza a superioridade da matéria sobre tudo, e trouxe a física quântica com elementos mais complexos e menos materiais (no conceito básico) para provar seu ponto de vista ambicioso (para os padrões científicos).

A busca desta obra é provar que a humanidade (em geral o Ocidente) se afastou da espiritualização por incorporar valores materialistas que levaram ao niilismo existencial.

O padrão deste livro faz alguns paralelos com estudos Espíritas em diversas áreas:

– Camille Flammarion em Deus na Natureza já fazia este diagnóstico (final do século XIX);

– Joanna de Ângelis trabalha a busca do Self, também abordada nesta obra de Goswami.

Enfim, espero que todos gostem.

dezembro 30, 2014

CAMINHO UNO

Filed under: Espiritismo,Estudos — Aprendiz @ 5:35 am

“A pobreza e aridez desse pensamento fanático [que considera apenas a teologia católico-medieval correta] olvidava ou condenava todos os povos nos quais as propostas de Jesus não haviam chegado e onde, por sua vez, predominavam os excelentes ensinos também libertadores de Krishna, Buda, Lao-Tsé, Confúcio, Hermes Trismegisto e muitos outros missionários do Bem e do Amor, cujas vidas expressavam a grandiosa anterioridade de sua procedência. Seus ministérios eram significativos e prenunciavam o momento de Jesus, que lentamente se insreveria nos tempos afora ampliando aqueles ensinamentos que O precederam.

Na perspectiva da psicologia profunda, todos eles foram libertadores das sombras coletiva e individual, sulcando o solo do ego para deixar que desabrochasse o Self e todas as suas implicações na consciência geral.

Psicoterapeutas especiais preconizavam o amor e a sabedoria como métodos essenciais para plenitude, embora sob diferentes colocações que, sem dúvida, conduzem à mesma unidade do pensamento condutor da Divindade.

Intuídos pela percepção extra-sensorial e alcançando o estágio numinoso, contribuíram decisivamente para o adiantamento espiritual de milhões de vidas que se encontravam na ignorância da realidade e alteraram o comportamento geral, deixando marcas especiais de entendimento das Divinas Leis e da Regência do Cosmo”

(Joanna de Ângelis / Divaldo P. Franco – Jesus e o Evangelho – à Luz da Psicologia Profunda – Capítulo “DIVERSIDADE DE MORADAS”).

Nessa época do ano que envolve, antes de tudo, a famosa “confraternização universal” do ano novo, época de renovações diversas (de atitudes principalmente) ou apenas de um protocolo de intenções que fazemos conosco mesmo, deixo o pensamento acima de Joanna para reflexão.

Que todos tenham um 2015 iluminado de paz, amor, luz e prosperidade. Que prevaleça a tolerância, paciência, carinho e amizade.

dezembro 15, 2014

JESUS E A PSICOLOGIA – I

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , , , — Aprendiz @ 6:35 am

“Jesus é o exemplo do ser integrado, perfeitamente destituído de um inconsciente perturbador. Todas as suas matrizes arquétipicas vêm da herabça divina nEle existente e predominante. A vida futura, portanto, é o delineamento essencial do Seu ministério, em razão da consciência da sua realidade, por onde transita desde então, aprisionado ao corpo, mas inteiramente possuidor da faculdade de sintonia e contato com essa Causalidade”.

[Joanna de ângelis, psicografado por Divaldo Franco. JESUS E O EVANGELHO – À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA – Capítulo III – Realeza]

Este livro é fenomenal, não só pelo exuberante cabedal teórico /psicológico que Joanna nos traz, mas também pela complexidade que abraça cada parágrafo. A afirmação acima é tão profunda, que vou trabalhar algumas observações em seu próprio conteúdo. Original estará em azul, e minhas observações em verde.

“Jesus é o exemplo do ser integrado, perfeitamente destituído de um inconsciente perturbador –> Nós, no entanto, somos atingidos diretamente pelo nosso inconsciente perturbador, cuja depuração depende de nossa evolução através dos séculos e das vidas.A “média da humanidade” é composta ainda de Espíritos que erram e sofrem provações diversas, o que, invariavelmente, está impresso em nosso perispírito, consciência e atitudes. . Todas as suas matrizes arquétipicas vêm da herança divina nEle existente e predominante. A vida futura, portanto, é o delineamento essencial do Seu ministério, em razão da consciência da sua realidade, por onde transita desde então, aprisionado ao corpo, mas inteiramente possuidor da faculdade de sintonia e contato com essa Causalidade” –> Aqui me parece claro que a certeza e incorporação dos princípios da reencarnação muda o fluxo de nossa consciência. Não pensamos mais em curto prazo, nem vivemos para satisfazer vontades momentâneas. Enfim, privilegiamos a razão em detrimento dos instintos. Jesus era a potencialização máxima do ser humano. Quando Joanna diz que Ele é o exemplo de ser integrado, entendo  que significa a plenitude e compreensão dos mecanismos físico-químicos-biológicos envolvidos nos planos divinos. A matéria é mero reflexo de mentes superiores, e o planeta não passa de uma arena evolutiva.

A sapiência de Joanna coloca muitas outras reflexões dentro destes mesmos parágrafos, esta é apenas uma das interpretações, das mais pobres, feitas por mim durante uma leitura. Em breve, na continuidade da obra, postarei outras.

novembro 28, 2014

RITUAIS E TALISMÃS

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , — Aprendiz @ 2:51 am

LIVRO DOS ESPÍRITOS

553. Qual pode ser o efeito de fórmulas e práticas com as quais certas pessoas pretendem dispor da vontade dos Espíritos?
— O de as tornar ridículas, se são de boa-fé; no caso contrário, são tratantes que merecem castigo. Todas as fórmulas são charlatanices; não há nenhuma palavra sacramental, nenhum signo cabalístico, nenhum talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porque eles são atraídos pelo pensamento e não pelas coisas materiais.

553-a. Certos Espíritos não ditaram, algumas vezes, fórmulas cabalísticas?
— Sim, tendes Espíritos que vos indicam signos, palavras bizarras, ou que vos prescrevem certos atos, com a ajuda dos quais fazeis aquilo que chamais conjuração. Mas ficai bem seguros de que são Espíritos que zombam de vós e abusam da vossa credulidade.

554. Aquele que, com ou sem razão, confia naquilo a que chama virtude de um talismã, não pode, por essa mesma confiança, atrair um Espírito? Porque então é o pensamento que age: o talismã é um signo que ajuda a dirigir o pensamento.

— Isso é verdade; mas a natureza do Espírito atraído depende da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos. Ora, é difícil que aquele que é tão simplório para crer na virtude de um talismã não tenha um objetivo mais material do que moral. Qualquer que seja o caso, isso indica estreiteza e fraqueza de idéias, que dão azo aos Espíritos imperfeitos e zombadores.

Ou seja, para Doutrina Espírita, não há poder algum nos objetos em si. No entanto, a mente sim exerce força e energia, e sintoniza com o que atraímos e produzimos com nossa força mental.

Alguns ainda precisam de objetos para que funcionem como um “catalisador de fé” onde o objeto funciona como ponto de confiança, traduzindo as intenções e objetivos (quando benéficos). Logo, o problema é quando há apego material àquele objeto. Todos conhecem alguem que possui um “objeto da sorte”, mas se o perdem, sentem ali que serão acometidos por azar, má-sorte e toda espécie de superstições.

Então o problema é que há um vício nessa fé direcionada. A lógica que passa a valer é:

– Direciono a fé ao objeto

– Objeto torna-se alvo e razão da fé

– Perda do objeto significa perda da fé.

Eis o problema, atrelar a fé ao objeto. Essa lógica se perde pois redunda em objeto = fé.

Então, para onde direcionamos a fé?

Se perdêssemos todos os nossos objetos de fé, seríamos ainda capazes de elevar o pensamento e orar com plena confiança? Esse é o foco que devemos cultivar. A fé é imaterial, metafísica, pura em essência, mas sintoniza com os nossos pensamentos, intenções e palavras. A fé deve existir, permeando nossas ações, em cada objeto. Mas mais importante, a fé é moral e não material.

Voltamos então ao ponto chave, tantas vezes tratado aqui:

P E N S A M E N T O = Potência da alma.

novembro 19, 2014

A Caridade

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags: — Aprendiz @ 5:26 am

Dissertações Espíritas

CHEGADA DO INVERNO

(Sociedade Espírita de Paris, 27 de dezembro de 1862 – Médium: Sr. Leymarie)

Meus bons amigos, quando o frio chegou e tudo falta em casa dessa brava gente, por que não viria eu, vosso antigo condiscípulo, vos lembrar nossa palavra de ordem, a palavra caridade? Dai, dai tudo quanto pode dar o vosso coração, em palavras, em consolo, em cuidados benevolentes. O amor de Deus está em vós, se souberdes, como espíritas fervorosos, cumprir o mandato que Ele vos delegou.

Nos instantes livres, quando o trabalho vos deixa o repouso, procurai aquele que sofre, moral ou corporalmente; a um dai esta força que consola e fortalece o Espírito, a outro dai aquilo que sustenta e faz calar, seja a apreensão da mãe cujos braços estão desocupados, seja o lamento da criança que pede pão.

As geadas vieram, uma brisa fria levanta a poeira: em breve a neve. É a hora em que deveis marchar e procurar. Quantos pobres envergonhados se ocultam e gemem em segredo, sobretudo o pobre de luto, que tem todas as aspirações e a quem falta o necessário. Para aqueles, meus amigos, agi com prudência; que a vossa mão alivie e cure, mas, também, possa a voz do coração apresentar delicadamente o óbolo que penosamente pode ferir o amor-próprio do homem bem educado. É preciso dar, repito, mas saber dar. Deus, o dispensador de tudo, esconde os seus tesouros, as suas espigas, as suas flores e os seus frutos; contudo, os seus dons, que secreta e laboriosamente germinaram na seiva do tronco e da haste, nos chegam sem que sintamos a mão que os dispersou. Fazei como Deus, imitai-o, e sereis abençoados.

Oh! como é belo e bom ser útil e caridoso, saber erguer-se levantando os outros, esquecer as pequenas necessidades egoístas da vida para praticar a mais nobre atribuição da Humanidade, a que nos torna verdadeiros filhos do Criador!

E que ensinamento para os vossos! Vossos filhos vos imitam; vosso exemplo dá frutos, porque todo ramo bem enxertado é abundância. O futuro espiritual da família depende sempre da forma que derdes a todas as vossas ações.

Eu vo-lo digo, e nunca seria demais repetir, que ganhareis espiritualmente se derdes e consolardes, porque Deus vos dará e vos consolará em seu reino, que não é deste mundo.

Neste, a família que honra e bendiz o seu chefe inteligente nesta parcela de realeza que Deus lhe deixou é uma atenuação de todas as dores que acompanham a vida.

Adeus, meus amigos, sede todo amor, todo caridade.

Sanson

[REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO de 1863]

novembro 3, 2014

HOMEOPATIA NAS DOENÇAS MORAIS

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , — Aprendiz @ 2:21 am

Um estudo muito especial e que serve aos dias de hoje.

Revista Espírita

Jornal de Estudos Psicológicos

ANO X MARÇO DE 1867 No 3

A Homeopatia nas Doenças Morais

Pode a homeopatia modificar as disposições morais? Tal é a pergunta que se fazem alguns médicos homeopatas e à qual não hesitam em responder afirmativamente, apoiando-se em fatos. Levando-se em conta a sua extrema gravidade, vamos examiná-la com cuidado, de um ponto de vista que nos parece ter sido negligenciado por aqueles senhores, por mais espiritualistas e mesmo espíritas que sem dúvida o sejam, porque há pouquíssimos médicos homeopatas que não sejam uma ou outra coisa. Mas, para a compreensão de nossas conclusões, algumas explicações preliminares sobre as modificações dos órgãos cerebrais são necessárias, sobretudo para as pessoas estranhas à fisiologia.

Um princípio que a simples razão faz admitir, que a Ciência constata diariamente, é que nada há de inútil na Natureza, que, até nos mais imperceptíveis detalhes, tudo tem um fim, uma razão de ser, uma destinação. Este princípio é particularmente evidente no que respeita ao organismo dos seres vivos.

Em todos os tempos o cérebro foi considerado como o órgão da transmissão do pensamento e a sede das faculdades intelectuais e morais. Hoje é reconhecido que certas partes do cérebro têm funções especiais e são afetadas por uma ordem particular de pensamentos e de sentimentos, pelo menos no que concerne à generalidade; é assim que se colocam, instintivamente, na parte anterior, as faculdades do domínio da inteligência, e que uma fronte fortemente deprimida e estreitada, é, para todo o mundo, um sinal de inferioridade intelectual. As faculdades afetivas, os sentimentos e as paixões se acham, por isto mesmo, como tendo sua sede em outras partes do cérebro.

Ora, se se considera que os pensamentos e os sentimentos são excessivamente múltiplos, e partindo do princípio de que tudo tem sua destinação e sua utilidade, é permitido concluir que cada feixe fibroso do cérebro não só corresponde a uma faculdade geral distinta, mas que cada fibra corresponde à manifestação de uma das nuanças desta faculdade, como cada corda de um instrumento corresponde a um som particular. É uma hipótese, sem dúvida, mas que tem todos os caracteres da probabilidade, e cuja negação não infirmaria as conseqüências que deduziremos do princípio geral; ela nos ajudará em nossa explicação.

O pensamento é independente do organismo. Não há por que discutir aqui esta questão, nem refutar a opinião materialista, segundo a qual o pensamento é secretado pelo cérebro, como a bile o é pelo fígado, nasce e morre com esse órgão; além de suas funestas conseqüências morais, esta doutrina tem contra si o fato de nada explicar.

[Nota do Aprendiz à Ver Flammarion – Deus na Natureza, onde ele examina e refuta todas as consequências e desdobramentos do entendimento materialista]

Segundo as doutrinas espiritualistas, que são as da imensa maioria dos homens, não podendo a matéria produzir o pensamento, este é um atributo do Espírito, do ser inteligente, que, quando unido ao corpo, serve-se dos órgãos especialmente destinados à sua transmissão, como se serve dos olhos para ver, dos pés para andar. Sobrevivendo o Espírito ao corpo, o pensamento também lhe sobrevive.

Segundo a Doutrina Espírita, não só o Espírito sobrevive, mas preexiste ao corpo; não é um ser novo; traz, ao nascer, as idéias, as qualidades e as imperfeições que possuía; assim se explicam as idéias, as aptidões e os pendores inatos. O pensamento é, pois, preexistente e sobrevivente ao organismo. Este ponto é capital e é por não o terem reconhecido que tantas questões ficaram insolúveis.

Estando na Natureza todas as faculdades e aptidões, o cérebro encerra os órgãos, ou, pelo menos, o germe dos órgãos necessários à manifestação de todos os pensamentos. A atividade do pensamento do Espírito sobre um ponto determinado impele ao desenvolvimento da fibra ou, se se quiser, do órgão correspondente; se uma faculdade não existir no Espírito, ou se, existindo, deve ficar em estado latente, o órgão correspondente, estando inativo, não se desenvolve ou se atrofia. Se o órgão for atrofiado congenitamente, não podendo manifestar-se a faculdade, o Espírito parece dele privado, embora de fato o possua, desde que lhe é inerente. Enfim, se o órgão, primitivamente em seu estado normal, se deteriora no curso da vida, a faculdade, de brilhante que era, vai perdendo a cor, depois se apaga, mas não se destrói; é apenas um véu que a obscurece.

(more…)

outubro 17, 2014

OBSESSÃO E JUSTIÇA DIVINA – DOR

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , , — Aprendiz @ 6:15 am

“Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade. Recordemos o ensinamento de nosso Divino Mestre. Não basta arrancar o joio. É preciso saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro. Não há dor sem razão. Atendamos, assim, à lei da cooperação, sem o propósito de nos anteciparmos à Justiça Divina”

(Nos Domínios da Mediunidade – Capítulo 23 – Fascinação).

O Instrutor Áulus, nessa passagem, nos lembra de importante dado. Não existe dor ou sofrimento sem um motivo. E independente do que nos pareça, dentro de nossas limitadas impressões e campos de visão, a Justiça Divina nunca falha. Nada é injusto quando é divino, ou seja, originado na perfeição do Criador.

Os quadros de obsessão, especialmente aqueles que avançam para as doenças mentais, são sempre tristes de se observar. Despertam compaixão naqueles que possuem melhor compreensão destes fenômenos, mas ainda sim, deve inspirar respeito. Esse quadro lamentável não ocorre entre obsessor x vítima, mas sim vítima x vítima, procedentes de um passado que não podemos contemplar. São vítimas de falsos valores transitórios da carne, transferidos ao mundo espiritual. São vítimas ainda da estagnação espiritual e da falsa ilusão de honra.

Difícil precisar quem não estaria sujeito à esses processos na larga escala de tempo da existência de nossa alma. Vivemos incontáveis vidas, com incontáveis companheiros e pessoas. Talvez ontem, fôssemos nós estes doentes obsidiados ou obsessores. Hoje, felizmente, temos recursos de conhecimento para auxílio e remédio destes quadros.

Possamos utilizar a palavra do Cristo para auxiliar sempre, e a conduta apreendida nestes casos para o progresso real. Possamos saber ver e ouvir os conselhos de nossos amigos espirituais, e principalmente, saibamos ignorar aqueles que visam nos prejudicar, tento certeza de que cedo ou tarde, acordarão para as verdades eternas do Espírito.

O que é a dor então? Um mecanismo de ajuste que nossa imperfeição demanda.

outubro 15, 2014

ENTRADA DOS INCRÉDULOS NO MUNDO DOS ESPÍRITOS

Este post foi baseado em uma história contida na Revista Espírita de 1867, que está reproduzida ao final.

Ali fica explícito o perigo do materialismo e como ele é danoso aos mais inteligentes. Inteligência e cultura, quando direcionadas pelo orgulho e pelo egoísmo do homem, conduzem ao caos mental após o desencarne. Questionamentos inteligentes, porém de simples solução metafísica parecem insolúveis.  Como aceitar a existência de Deus e dos Espíritos, se não podemos observá-los à luz da ciência (ainda)? No entanto, nas situações extremas recorremos à Deus… (a comunicação deixará isso claro).

Quando o homem isola esse instinto em prol do orgulho, imaginando-se sozinho, imaginando-se vivendo por uma única vez, ele acaba por cair nas tentações da baixa moral e do comportamento anti-ético. Nós ainda somos baixos na escala evolucionária, calculamos as coisas em custo x benefício de curto prazo. Quando lidamos com a verdade, costumamos nos arrepender, pois ninguém escapa à real Justiça, a Divina.

Uma das maiores missões da reforma íntima é pensar em longo prazo, dentro dos preceitos ditados por Jesus. Dessa forma, não nos surpreenderíamos no desencarne, não estranharíamos a análise de nosso comportamento e, principalmente, da nossa consciência. Lições como a que será exposta abaixo, serve para nos alertar e lembrar que, a humildade e a resignação durante a encarnação, evita muitos males adiante.

Entrada dos Incrédulos no Mundo dos Espíritos

O DOUTOR CLAUDIUS

(Sociedade de Paris – Médium: Sr. Morin, em sonambulismo espontâneo)

Um médico, que designaremos sob o nome de doutor Claudius, conhecido de alguns dos nossos colegas, e cuja vida tinha sido uma profissão de fé materialista, morreu há algum tempo de uma afecção orgânica, que ele sabia incurável. Atraído, sem dúvida, pelo pensamento dos que o haviam conhecido e que desejavam conhecer sua posição, manifestou-se  espontaneamente por intermédio do Sr. Morin, um dos médiuns da Sociedade, em estado de sonambulismo espontâneo. Já várias vezes esse fenômeno se produziu por esse médium e por outros adormecidos no sono espiritual.

O Espírito que assim se manifesta apodera-se do médium, serve-se de seus órgãos como se ainda estivesse vivo. Então não é mais uma fria comunicação escrita; é a expressão, a pantomima, a inflexão de voz do indivíduo que se tem diante dos olhos.

Foi nestas condições que se manifestou o doutor Claudius, sem ter sido evocado. Sua comunicação, que publicamos textualmente a seguir, é instrutiva por várias razões, principalmente quando descreve os sentimentos que o agitam; a dúvida ainda constitui o seu tormento; a incerteza de sua situação o mergulha numa terrível perplexidade, e aí está a sua punição. É um exemplo a mais que vem confirmar o que se viu muitas vezes em casos semelhantes.

Após uma dissertação sobre outro assunto, o médium absorvido se recolhe alguns instantes; depois, como se despertasse penosamente, assim se exprime, falando a si mesmo:

Ah! ainda um sistema!… Que há de verdadeiro e de falso na existência humana, na Criação, na criatura, no Criador?… A coisa é?… A matéria é mesmo verdade?… A Ciência é uma verdade?… O saber, uma aquisição?… A alma… a alma existe?

O Criador, a Divindade, não é um mito?… Mas, que digo eu?… por que essas blasfêmias multiplicadas?… Por que, em face da matéria, não posso crer, ó meu Deus, não posso ver, sentir, compreender?…

Matéria!… matéria!… mas sim, tudo é matéria… Tudo é matéria!!… e, contudo, a invocação a Deus veio-me à boca!… Por que, então, eu disse: ó meu Deus?… Por que esta palavra, já que tudo é matéria?… Sou eu?… Não é um eco do meu pensamento, que ressoa e se escuta?… Não são as últimas badaladas do sino que eu tocava?

Matéria!… Sim, a matéria existe, eu o sinto!… A matéria existe; eu a toquei!… mas!… nem tudo é matéria e, contudo… contudo tudo foi auscultado, palpado, tocado, analisado, dissecado fibra a fibra, e nada!… Nada senão a carne, a matéria sempre que, desde o instante em que o grande movimento se deteve, também parou!… O movimento pára, o ar não chega mais… Mas!… se tudo é matéria, por que ela não mais se põe em movimento, desde que tudo o que existia quando ela se agitava, existe ainda?… E, contudo, ele não existe mais!…

Mas se existo!… nem tudo acabou com o corpo!… Na verdade… estou mesmo morto?… entretanto, esse corrosivo que alimentei, que cuidei com minhas mãos, não me perdoou!… É verdade; estou morto!… Mas esta doença que vi nascer… crescer… tinha uma alma?

Ah! a dúvida! sempre a dúvida!… em resposta a todas as minhas secretas aspirações!… Mas, se sou eu, ó meu Deus, se sou eu… ah! fazei que eu me reconheça!… fazei que vos pressinta!… porque, se sou eu, que longa sucessão de blasfêmias!… que longa negação de vossa sabedoria, de vossa bondade, de vossa justiça!… Que imensa responsabilidade de orgulho assumi sobre minha cabeça, ó meu Deus!… Mas, se ainda tenho um eu, eu que nada queria admitir fora do possível ao toque… Duvidei de vossa sabedoria, ó meu Deus! é justo que eu duvide!… Sim, duvidei; a dúvida me persegue e me castiga.

Oh! é preferível mil mortes à dúvida em que vivo!… Vejo, encontro antigos amigos… e, contudo, todos morreram antes! Méry, meu pobre louco!… mas não seria eu o louco?… o epíteto de louco se adapta à sua personalidade? – Vejamos, então. O que é a loucura?…

A loucura!… A loucura!… decididamente, a loucura é universal!… todos os homens são loucos num grau maior ou menor… mas sua loucura, a dele, não era sabedoria ao lado de minha própria loucura?… Para ele, os sonhos, as imagens, as aspirações do além… mas, é justiça!… Conhecia eu esse desconhecido, que a mim se apresenta inopinadamente? Não, não, o nada não existe, porque se existisse, esta encarnação de negação, de crimes, de infâmia, não me torturaria assim!… Vejo, mas vejo tarde demais, todo o mal que fiz!… Vendo-o hoje, e reparando-o pouco a pouco, talvez um dia eu seja digno de ver e de fazer o bem!…

Sistemas!… sistemas orgulhosos, produtos de cérebros humanos, eis para onde nos conduzis!… Num, é a divindade; noutro, a divindade material e sensual; noutro ainda, o nada, nada!… Nada, divindade material, divindade espiritual são palavras? Oh! eu peço para ver, meu Deus!… e se eu existo, se vós existis, concedeime o favor que vos peço; aceitai minha prece, porque vos peço, ó meu Deus, que me façais ver se eu existo, se eu sou!… (Estas últimas palavras foram ditas com uma inflexão dilacerante).

Observação – Se o Sr. Claudius perseverou até o fim na sua incredulidade, não foram os meios de se esclarecer que lhe faltaram. Como médico, tinha necessariamente o espírito culto, a inteligência desenvolvida, um saber acima do vulgo e, no entanto, isto não lhe bastou. Em suas minuciosas investigações da natureza morta e da natureza viva, não entreviu Deus, não entreviu a alma! Vendo os efeitos, não soube remontar à causa! ou, melhor dizendo, tinha concebido uma causa à sua maneira, e seu orgulho de sábio o impedia de confessar a si mesmo, sobretudo de confessar à face do mundo que podia se ter enganado. Circunstância digna de nota, morreu de um mal orgânico que sabia, por sua própria ciência, ser incurável. Esse mal, que ele tratava, era uma advertência permanente; a dor que lhe causava era uma voz que lhe gritava incessantemente para pensar no futuro. Entretanto, nada pôde triunfar de sua obstinação; fechou os olhos até o último momento. Será que esse homem jamais teria podido tornar-se espírita? Certamente não. Nem fatos, nem raciocínios teriam podido vencer uma opinião preconcebida, e da qual estava decidido a não se desviar. Ele era desses homens que não querem render-se à evidência, porque neles a incredulidade é inata, como a crença em outros. O sentido pelo qual um dia poderão assimilar os princípios espirituais ainda não despontou; são para a espiritualidade quais cegos de nascença para a luz: não a compreendem.

Assim, não basta a inteligência para conduzir pelo caminho da verdade; ela é como o cavalo que nos carrega, e que segue a rota na qual o lançaram. Se esta rota conduz a um atoleiro, ele aí precipita o cavaleiro; mas, ao mesmo tempo, lhe dá os meios de se reerguer.

Tendo o Sr. Claudius morrido voluntariamente como cego espiritual, não é de admirar que não tenha visto a luz imediatamente; que não se reconheça num mundo que não quis estudar; que, morto com a idéia do nada, duvide da própria existência, incerteza pungente que constitui o seu tormento. Caiu no precipício para onde o impeliu o seu corcel. Mas pode levantar-se desta queda, e já parece entrever um clarão que, se o seguir, o conduzirá ao porto. É em seus louváveis esforços que deve ser sustentado pela prece. Quando uma vez tiver gozado dos benefícios da luz espiritual, terá horror às trevas do materialismo; e se um dia voltar à Terra, será com intuições e aspirações muito diversas das que tinha em sua última existência.

(REVISTA ESPÍRITA – 1867)


outubro 14, 2014

SUICÍDIO INDIRETO / INVOLUNTÁRIO

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , — Aprendiz @ 1:29 am

Na obra Nosso Lar, onde temos o início da trajetória de André Luiz no mundo espiritual após o desencarne no Rio de Janeiro, encontramos importante conteúdo prático da Doutrina Espírita. Durante toda a obra, fica evidente a proximidade de André Luiz com nossos aspectos costumeiros.

Enquanto esteve nas zonas umbralinas, era chamado de “suicida” por diversas entidades. Quando pôde receber o esclarecimento do Ministro Clarêncio, ficou surpreso e refletiu a respeito. Segue o trecho da obra:

Em verde as explicações de Clarêncio, em azul, as observações de André Luiz.

– Vejamos a zona intestinal – exclamou. – A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis. A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança. Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no freqüentemente à esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico.

(…)

– Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto,
iludiu excelentes oportunidades, esperdiçando patrimônios preciosos da experiência física. A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou. Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável.

Meditei nos problemas dos caminhos humanos, refletindo nas oportunidades perdidas. Na vida humana, conseguia ajustar numerosas máscaras ao rosto, talhando-as conforme as situações. Aliás, não poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem maior significação. Conceituara, até ali, os erros humanos, segundo os preceitos da criminologia. Todo acontecimento insignificante, estranho aos códigos, entraria na relação de fenômenos naturais. Deparava-se-me, porém, agora, outro sistema de verificação das faltas cometidas. Não me defrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiam abismos infernais; contudo, benfeitores sorridentes comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma criança desorientada, longe das vistas paternas. Aquele interesse espontâneo, no entanto, feria-me a vaidade de homem.

(Trecho retirado da obra NOSSO LAR, Capítulo 4 – O Médico Espiritual)
Eis o momento em que André Luiz passa a refletir melhor sobre sua condição.
Entendo que de toda forma seremos suicidas pois ainda temos um comportamento destrutivo perante à vida. Nosso aviso é claro nessa lição, trata-se apenas de uma alteração no padrão de pensamento, na forma de ver a vida, fechando um ciclo perfeito com a moral do Cristo.
Dessa forma, nossa postura seria melhor, beneficiando todos ao nosso redor. O tempo é um privilégio, e as oportunidades, constantes.
Que tenhamos sapiência para aproveitar.

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