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junho 17, 2011

Código Internacional de Doenças (OMS) Inclui Influência dos Espíritos

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A matéria abaixo está disponível no site da FEB (link no final da reportagem).

É de suma importância pois significa um passo a mais na ligação extremamente valiosa entre psquiatria e espiritismo. A tendência é de uma fusão em diagnósticos, pois muitos casos de obsessão acabam por se confudir com doenças da mente (na maioria dos casos são consequencia). Enfim, mais adiante o blog trará estudos de livros relacionados ao tema.

Código Internacional de Doenças (OMS) Inclui Influência dos Espíritos – Medicina Reconhece Obsessão Espiritual

Por Dr. Sérgio Felipe de Oliveira*

A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito.

No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: iológico, psicológico e espiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID – Código Internacional de Doenças – que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 – define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos – nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.

Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria – DSM IV – alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (HOJE OBRIGATÓRIA) de Medicina e Espiritualidade.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de “psicóticos” por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

*Dr. Sérgio Felipe é médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP.

http://www.febnet.org.br/site/noticias.php?CodNoticia=903

É realmente um passo importante para evolução dos tratamentos. Remédios são necessários em muitos casos, mas o desenvolvimento da ciência e do espiritismo como braço de ajuda pode demonstrar que alguns tratamentos menos agressivos ao corpo e a própria mente representam uma solução valiosa em alguns casos.

junho 10, 2011

Reencarnação e Esquecimento

Filed under: Espiritismo — Tags:, — Aprendiz @ 8:18 am

Por que esquecemos nossas vidas anteriores?

Em um pensamento simplório, seria fácil resolver nosso aspecto cármico sabendo quais são as nossas dívidas. Afinal, se eu devo em uma loja, como pagar sem receber a cobrança? No entanto esse raciocínio pertence a uma parte de nós, humanos, que sempre tenta simplificar o que é muito complicado.

O esquecimento é uma bênção, e quanto mais mergulho nos estudos Kardecistas mais entendo que em nossa multidimensionalidade, especialmente por não sabermos quantas existências tivemos, escondemos um passado geralmente horroroso. Os trabalhadores da última hora não são privilegiados, estão aqui para pagar por algo. Será que saber “o que devemos” realmente importa? A dívida não é o importante, mas sim como nos melhoramos para evoluir constantemente e eliminar qualquer resquício de um passado horrendo que sustentamos. A oportunidade do esquecimento nos faz focar em objetivos novos, uma chance de seguirmos em direções melhores.

Eu imagino o mal como uma doença tipo câncer. As células vão se alterando, piorando, espalhando, até que ficamos tomados e dominados por ele. O mal se instala fácil e silenciosamente, sem percebermos, e quase como mágica, estamos nutrindo maldade nossa e dos outros. Se este câncer esteve (ava) presente em nosso corpo espiritual, qual chance de melhora seria melhor do que uma reencarnação? Corpo novo, mente nova, idéias passíveis de mudanças? Podemos e devemos nos melhorar, pois o bem só vence o mal com base na prática. Por isso, Kardec assinalou com perfeição – “Fora da Caridade não há Salvação”.

A Caridade é um remédio contra o mal que nos abateu e dominou na antiguidade de nossas vidas. Pouco a pouco a prática do bem infla aquele sentimento de dever cumprido que todos temos e não sabemos de onde vem. É a conjunção de células boas que se multiplicam em direção ao núcleo do nosso câncer interno para vencê-lo. Quanto melhor as nossas ações, mais rápido este câncer dá lugar à verdadeira e desinteressada caridade, que nos motiva e conduz a outro patamar de vitória, a vitória moral.

O que distingue um mau espírito de um bom? O nível moral. A inteligência e o conhecimento podem ser utilizados para o mal. Mas o aspecto moral, este é difícil de elevar justamente porque não permite retorno. Alguém com uma moral elevada e boa não praticará maus atos por princípio, não por obrigação. Claro que aqueles dominados pelo câncer da maldade, precisam de muita força para se modificarem. Lutar consigo mesmo é, talvez, a pior luta de todas. Significa abrir mão de prazeres “sagrados”, de vícios que acalentam, de comportamentos que nos aprisionam. Significa transcender. Processo deveras complicado e trabalhoso.

Mas quando temos o esquecimento, os ensinamentos e a vida pela frente, o que mais podemos exigir? Toda facilidade nos foi dada. Não temos que solicitar mais. Devemos sim agradecer todos os dias pela oportunidade sagrada da mudança e pelo esquecimento que nos faz conviver lado a lado com inimigos, assassinos, sociopatas, e irmãos do passado, que são como nós hoje, com os mesmos defeitos e qualidades, ou seja, humanos. Vencer o ódio pela prática da caridade, vencer a amargura e, acima de tudo, vencer a si mesmo com a ajuda da caridade é a tarefa dos espíritas.

Acho que poucas sensações no mundo são melhores do que ajudar alguém com sinceridade. É a que cura qualquer ferida.

maio 15, 2011

Por que Evitar o Mal? Por Amor ao Bem

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Hermínio C. Miranda – Sobrevivência e Comunicabilidade dos Espíritos – FEB – 5aED – 2010.

“Praticar o bem pelo próprio bem, sem esperança ou ambição de recompensa; evitar o mal ainda por amor ao bem, porque o mal desequilibra o psiquismo, retarda a evolução e recai sobre nós mesmos. Afinal de contas, o bem encontra sua recompensa em si mesmo, independente das conseqüências morais que possa acarretar. Na prática da vida, temos observado que nenhum gesto de bondade se perde neste grande e maravilhoso mundo de Deus. Por mais anônimo, tímido e insignificante que seja, um dia, lá na frente, vamos encontrar à nossa espera um prêmio desproporcionalmente generoso pela diminuta parcela de bem que praticamos num momento e esquecemos no instante seguinte” (pp.56-57).

Grifo meu.

Esta é de longe uma das melhores passagens que já li (claro, sempre na minha humilde opinião), pois mesmo sem intenção, ela responde há alguns anseios de todos nós. Por que devo praticar o bem em um mundo tão cheio de maldades? Por que simplesmente não tomar o caminho mais fácil e me esconder, deixando de praticar boas ações apenas com uma vergonha de não ser tão mal como o mundo assim pede?

O autor é muito feliz em sua resposta, dizendo que devemos “evitar o mal ainda por amor ao bem”, e como já ensinado pela Doutrina Espírita, praticar o bem é uma forma de ajuda a alguém e a nós mesmos, uma forma de purificação e uma terapia para a mente.

Todo aquele que se denomina espírita também precisa aprender a penar em longo prazo. Não mais agir como se só esta vida existisse ou tivesse importância, quando sabemos que a caminhada é muito mais complexa e longa do que queríamos acreditar. Passamos dois mil anos nos enganando e aguardando a morte para uma recompensa que viria das mãos do próprio Mestre. Nosso egoísmo era tanto, que bastava se trancar em um monastério e rezar, tornar-se um “mensageiro de Deus” ou então viver a vida errando e comprando indulgências. Agora apenas nos deparamos com a realidade, onde o bem precisa sim pravelecer sobre mal, mas são as nossas mãos que conduzem o processo, já que o Mestre fez muito mais do que nos colocar neste mundo, ele PERMITIU nossa encarnação para que concretizássemos uma obra relevante neste mundo.

Relevância não é propaganda, não devemos promover o bem através somente de discursos e holofotes, mas sim na prática. Aquele que passa necessidades, sente na carne o sofrimento, não apenas na mente. A ajuda cresce em progressão geométrica, pois não só supre uma demanda, ela carrega ao ajudado com a esperança e o exemplo de como agir, é algo que tende sempre a continuidade, que se espalha como um vírus benéfico.

O que é nossa vida na temporalidade histórica? nada. Se vivermos 80 anos, seremos insignificantes se vivêssemos 180, continuaríamos insignificantes. Considerando que nenhum bem ou mal sejam eternos na Terra, é obrigação de um espírita não só evitar, mas combater o mal através do bem. Nos termos da espiritualidade, nossa encarnação é apenas uma faísca de tempo, insuficiente para elevar-nos à altos níveis, mas suficiente para progressos preciosos, construídos ao longo de vidas de esforços. ATEMPORALIDADE me parece um conceito fundamental que deve ser pensado e respeitado por todos os espíritas.

Enfim, o bem é algo que pode ser praticado a qualquer momento, sem planejamento ou esforço, é algo que bota de situações inusitadas e que causa uma elevação mental instantânea. Por si só, é uma terapia. O Mestre é tão sábio que suas palavras valem para nossa faísca de vida na Terra e na Espiritualidade, conforme enfatizado por Kardec: “Fora da Caridade não Há Salvação” . Nossa salvação começa por nós mesmos.

Quando orar, pense no que significa cada ação do seu dia. Não praticar o mal é apenas uma simples face do egoísmo. Praticar o bem, é nossa elevação psicológica e física.

março 29, 2011

Na Oração

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 5:08 am

Retirado da obra Caminho, Verdade e Vida, ditada por Emmanuel e psicografada por Chico Xavier.

Capítulo 167 – NA ORAÇÃO
“Senhor, ensina-nos a orar… — (LUCAS, capítulo 11, versículo 1.)
A prece, nos círculos do Cristianismo, caracteriza-se por gradação infinita
em suas manifestações, porque existem crentes de todos os matizes nos vá-
rios cursos da fé.
Os seguidores inquietos reclamam a realização de propósitos inconstantes.
Os egoístas exigem a solução de caprichos inferiores.
Os ignorantes do bem chegam a rogar o mal para o próximo.
Os tristes pedem a solidão com ociosidade.
Os desesperados suplicam a morte.
Inúmeros beneficiários do Evangelho imploram isso ou aquilo, com alusão
à boa marcha dos negócios que lhes interessam a vida física. Em suma,
buscam a fuga. Anelam somente a distância da dificuldade, do trabalho, da luta
digna.
Jesus suporta, paciente, todas as fileiras de candidatos do seu serviço, de
sua iluminação, estendendo-lhes mãos benignas, tolerando-lhes as queixas
descabidas e as lágrimas inaceitáveis.
Todavia, quando aceita alguém no discipulado definitivo, algo acontece no
íntimo da alma contemplada pelo Senhor.
Cessam as rogativas ruidosas. Acalmam-se os desejos tumultuários.
Converte-se a oração em trabalho edificante. O discípulo nada reclama. E o
Mestre, respondendo-lhe às orações, modifica-lhe a vontade, todos os dias,
alijando-lhe do pensamento os objetivos inferiores.
O coração unido a Jesus é um servo alegre e silencioso.
Ou seja, todas as orações são ouvidas e assimiladas. A grande questão é se realmente pedimos o que queremos ou se manipulamos nossa fé conforme desejos mimados e instantâneos. Quantos não rezam pela loteria? E ao mesmo tempo ficam cegos pela ganância no cotidiano. Quantos não oram para fins mesquinhos, onde a própria covardia fica refletida nas vibrações?
Será que alguém imaginava que seria fácil ? Não.
Mas ninguém atinge um nível minimamente aceitável, sem perseverança. Este que vos escreve continua a busca por melhora, se afunda em defeitos e problemas enquanto isso, mas eis que há a vida eterna para melhorar. O importante não é ser um santo, mas sim a busca sincera por melhoras e iluminação pessoal (interior). De nada adianta ser um santo preso em um convento, enquanto o mundo impõe problemas diários de ordem prática, que nos testa a cada minuto, movimentando nossa paciência, nossa cólera, nossa aflição e nossa felicidade.
A oração é um momento apenas de agradecimento. Estar em um corpo encarnado, podendo realizar provas que nos redimam de erros anteriores, é motivo mais do que suficiente para agradecer e vibrar por aqueles que passam por provas piores ou que, apesar de tudo, não podem desfrutar da mesma chance que nós.
A fé é também uma questão de hábito, desenvolvida ao longo dos anos e das provas. Todos temos aquela faísca, é só ativar.
Aproveite para revisar os motivos de suas orações. É sempre edificante.

janeiro 24, 2011

Tristeza Perturbadora (Joanna de Ângelis)

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , — Aprendiz @ 7:21 am

O Texto abaixo foi ditado por Joanna de Ângelis e psicografado por Divaldo Franco, e foi retirado deste (link)

Tristeza Perturbadora

Conquanto brilhe o sol da oportunidade feliz, abrindo campo para a ação e para a paz, a sombra teimosa da tristeza envolve-te em injustificável depressão.
Gostarias de arrancar das carnes da alma este espinho cravado que te faz sofrer, e, por não o conseguires, deixas-te abater.
Conjecturas a respeito da alegria, do corpo jovem, dos prazeres convidativos, e lamentas não poder fruir tudo quanto anelas.
A tristeza, porém, é doença que, agasalhada, piora o quadro de qualquer aflição.
A sua sombra densa altera o contorno dos fatos e das coisas, apresentando fantasmas onde existe vida e desencanto no lugar em que está a esperança.
Ela responde pela instalação de males sutis que terminam por desequilibrar o organismo físico e a maquinaria emocional.
Luta contra a tristeza, reeducando-te mentalmente.
Não dês guarida emocional às suas insinuações.
Ninguém é tão ditoso quanto supões ou te fazem crer.
A Terra é o planeta-escola de aprendizes incompletos, inseguros.
A cada um falta algo, que não conseguirá conquistar.
Resultado do próprio passado espiritual, o homem sente sempre a ausência do que malbaratou.
A escassez de agora é conseqüência do desperdício de outrora.
A aspiração tormentosa é prova a que todos estão submetidos, a fim de que valorizem melhor aquilo de que dispõem e a outros falta.
Lamentas não ter algo que vês noutrem, todavia, alguém ambiciona o que possuis e não dás valor.
Resigna-te, pois, e alegra-te com tudo quanto te enriquece a existência neste momento.
Aprende a ser grato à vida e àqueles que te envolvem em ternura, saindo da tristeza pertinaz para o portal de luz, avançando pelo rumo novo.
Jesus, que é o “Espírito mais perfeito” que veio à Terra, sem qualquer culpa, foi incompreendido, embora amando; traído, apesar de amar, e crucificado, não obstante amasse…
Desse modo, sorri e conquista o teu espaço, esquecendo o teu espinho e arrancando aquele que está ferindo o teu próximo.
Oportunamente, descobrirás que, enquanto te esqueceste da própria dor, lenindo a dos outros, superaste-a em ti, conseguindo a plenitude da felicidade, que agora te rareia.
Autor: Joanna de Ângelis // Psicografia de Divaldo Franco.

Quantos de nós não são abatidos por tristezas e sentimentos que nem imaginamos de onde vêm? Quando percebemos, já estamos tristes por algo que não entendemos ou não sabemos onde começou.

Depressão (doença)? Não, acho que somos apenas humanos. Não nos conhecemos o suficiente para concluir nosso próprio estudo interno. Acabamos por criar divisões e maniqueísmos em tudo. Quando conversamos podemos ser otimistas ou pessimistas, certos ou errados.

O mundo nos coloca apenas uma opção: Ser melhor. Atingir os objetivos individualistas, não importa o que se coloque em nosso caminho. O problema é que as coisas e pessoas que se colocam em nosso caminho, podem ser incríveis suportes de esperança, alegria e conhecimento, que acabam relegadas a segundo plano em prol de corpos “melhores” (mais “bonitos”), passeios divertidos, programas de televisão apelativos, ‘baladas’, reuniões que nada acrescentam em nossas vidas e diretrizes individualistas.

Enfim, seguindo a corrente, só teremos tristeza marginalizada na individualidade amarga de um cotidiano repleto de pressões. Para piorar, somos exigentes conosco em um nível que sabemos ser impossível.

A saída talvez seja um pouco mais de reflexão e leituras de qualidade. Acima temos um ótimo exemplo.

Boa conduta a todos.

setembro 4, 2010

Nosso Lar – O Filme

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 6:57 pm

Hoje fui ao cinema assistir e prestigiar a adaptação do livro “Nosso Lar” [Psicografado por Chico Xavier e ditado por André Luiz].
Eu fiquei realmente impressionado com o capricho e detalhamento visual da produção, além de atuações dignas de aplausos e reconhecimento. Será de longe e por algum tempo, a melhor produção brasileira em termos de fotografia e efeitos especiais, com características compatíveis com filmes atuais de Hollywood.
O filme merece apenas elogios e a caracterização dos ambientes não poderia ser melhor.
Dentre o que considero observações úteis, segue abaixo:
– ponto negativo (?) –> caso não seja espírita ou não tenha familiaridade com a obra, se informe antes (caso haja interesse) ou o filme deixará lacunas de entendimento;
– ponto positivo I –> extremamente terno e emocionante, tocará qualquer um que já leu André Luiz ou é familiarizado com o espiritismo;
– ponto positivo II –> A leveza com que o texto foi retratado com certeza orgulhou a colônia;

Mais do que recomendo e este humilde espaço gostaria de congratular a equipe de atores / produtores / redatores / cineasta e todos envolvidos por honrar o espiritismo de forma tão absoluta.

agosto 24, 2010

Novos Mandamentos e Atemporalidade

Filed under: Espiritismo — Tags:, — Aprendiz @ 5:08 am

O HOMEM DE BEM
3 O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de
justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Questiona sua consciência sobre seus próprios atos, perguntará se não violou essa lei, se não fez o mal, se fez todo o bem que podia, se negligenciou voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem queixa dele,enfim, se fez aos outros tudo o que gostaria que lhe fizessem.
Tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria divina. Sabe que nada acontece sem a sua permissão e submete-se, em todas as coisas, à sua vontade.
Tem fé no futuro; por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as alternativas da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações, e as aceita sem lamentações.
O homem de bem que tem o sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar retorno, retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sempre sacrifica seus interesses à justiça.
Encontra satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta, nas alegrias que proporciona aos seus semelhantes, nas lágrimas que seca, nas consolações que leva aos aflitos. Seu primeiro impulso é o de pensar nos outros antes de si, acudir aos interesses dos outros antes de procurar os seus. O egoísta, ao contrário, calcula os ganhos e as perdas de toda ação generosa.
É bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças nem de crenças, pois vê irmãos em todos os homens.
Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não amaldiçoa quem não pensa como ele.
Em todos os momentos, a caridade é o seu guia; tendo como certo que aquele que prejudica os outros com palavras maldosas,que agride os sentimentos de alguém com seu orgulho e seu desdém, que não recua perante a idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando poderia evitá-la, falta ao dever
do amor ao próximo e não merece a clemência do Senhor.
Não tem nem ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e apenas se recorda dos benefícios, pois sabe que será perdoado conforme perdoou. É indulgente para com as fraquezas dos outros, porque sabe que ele mesmo precisa de indulgência, e se recorda das palavras do Cristo:  Que aquele que estiver sem pecado lhe atire a primeira pedra.
Não se satisfaz em procurar defeitos nos outros, nem colocá-los em evidência. Se a necessidade o obriga a fazer isso, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.
Estuda suas próprias imperfeições e trabalha sem cessar para combatê-las. Emprega todos os seus esforços para poder dizer no dia seguinte que há nele algo de melhor do que no dia anterior.
Não se exalta a si mesmo nem seus talentos à custa de outrem, ao contrário, aproveita todas as ocasiões para ressaltar as qualidades dos outros.
Não se envaidece de sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, pois sabe que tudo o que lhe foi dado pode ser retirado.
Usa, sem exagero, dos bens que lhe são concedidos, pois sabe que se trata de um depósito do qual deverá prestar contas, e que o emprego, que resultaria mais prejudicial para si mesmo, seria o de fazê-los servir à satisfação de suas paixões.
Se, na ordem social, alguns homens estão sob seu mando, dependem dele, trata-os com bondade e benevolência, pois são seus semelhantes perante Deus; usa da sua autoridade para erguer-lhes o moral, e não para esmagá-los com seu orgulho; evita tudo o que poderia dificultar-lhes a posição subalterna.
O subordinado, por sua vez, compreende os deveres de sua posição e se empenha em cumpri-los conscientemente. (Veja Cap. 17:9.)
Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que as leis da Natureza dão aos seus semelhantes, como gosta que os seus sejam respeitados.
Esta não é a relação completa de todas as qualidades que distinguem o homem de bem, mas quem quer que se esforce para possuí-las está no caminho que conduz a todas as outras

O Evangelho Segundo o Espiritismo – CAP 17 (Sede Perfeitos) ITEM 3

Estas frases representam quase novos mandamentos para que possamos viver de acordo com uma moral que nos conduza à liberdade da alma. Devem ser lidas com calma e levadas a sério.

Na verdade, exaltam o caráter mais consolador da Doutrina Espírita: Atemporalidade. Palavra que significa que o tempo não é o limite das coisas e que faz do ser humano um espírito em início evolutivo, submetendo-se a provações na busca da felicidade eterna. Eternidade, algo que nem imaginamos como seja, mas que vivemos em nossas múltiplas dimensões.

Enfim, toda vez em que olhar para outro ser humano, lembre-se que trata-se também de um espírito, com vivências, prazeres e dores, que merece sua consideração e, portanto, deve ser chamado de irmão.

 

julho 26, 2010

Executar Bem

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , — Aprendiz @ 8:23 am

19
EXECUTAR BEM
“E ele lhes disse: – “Não peçais mais do que o que vos está ordenado.” – João Batista. (LUCAS, 3:13.)

A advertência de João Batista à massa inquieta é dos avisos mais preciosos do Evangelho.

A ansiedade é inimiga do trabalho frutuoso. A precipitação determina desordens e recapitulações conseqüentes.

Toda atividade edificante reclama entendimento.

A palavra do Precursor não visa anular a iniciativa ou diminuir a responsabilidade, mas recomenda espírito de precisão e execução nos compromissos assumidos.

As realizações prematuras ocasionam grandes desperdícios de energia e atritos inúteis.

Nos círculos evangélicos da atualidade, o conselho de João Batista deve ser especialmente lembrado.

Quantos pedem novas mensagens espirituais, sem haver atendido a sagradas recomendações das mensagens velhas? quantos aprendizes aflitos por transmitir a verdade ao povo, sem haver cumprido ainda a menor parcela de responsabilidade para com o lar que formaram no mundo?

Exigem revelações, emoções e novidades, esquecidos de que também existem deveres inalienáveis desafiando o espírito eterno.

O programa individual de trabalho da alma, no aprimoramento de si mesma, na condição de encarnada ou desencarnada, é lei soberana.

Inútil enganar o homem a si mesmo com belas palavras, sem lhes aderir intimamente, ou recolher-se à proteção de terceiros, na esfera da carne ou nos círculos espirituais que lhe são próximos.

De qualquer modo, haverá na experiência de cada um de nós a ordenação do Criador e o serviço da criatura.

Não basta multiplicar as promessas ou pedir variadas tarefas ao mesmo tempo.

Antes de tudo, é indispensável receber a ordenação do Senhor, cada dia, e executá-la do melhor modo.

(Da Obra Vinha de Luz – Pelo Espírito Emmanuel e Psicografado por Chico Xavier. 14a Edição da FEB, 1952. P.25)

A passagem é clara ao nos informar e comunicar, e pode ser resumida em linguagem rude e simples – Não vamos dar um passo maior do que a própria perna. De que adianta querer mudar ou salvar o mundo de suas mazelas, se criamos nossas próprias dificuldades ao próximo? Mesmo em casa, um tirano doméstico pode parecer santo aos que observam de fora. E muitos ficam tão dominados pelo orgulho de ajudar (a falsa caridade) que tornam-se desprezíveis seres de convivência difícil.

Essa passagem pode ser diretamente conectada às passagens do Evangelho “Fora da Caridade Não Há Salvação” e “não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita”.

Quantos espíritas não se perderam na ânsia de salvar a todos? Quantos não se dedicaram tanto às suas obras de ajuda, quase todas as vezes na melhor das intenções, e acabaram por esquecer suas obrigações familiares? Se executarmos com boa vontade tudo o que nos aparece, viver é um prazer. Cada obrigação torna-se um aprendizado e, mesmo na mais cansativa das tarefas, seremos capazes de sorrir. Eis a fórmula da felicidade.

julho 20, 2010

O Sofrimento dos Obsessores e a Superação do Ciclo de Ódio

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , — Aprendiz @ 6:38 am

Talvez a maior dádiva do espiritismo em termos de vida cotidiana, seja a esperança. Mas mais do que tudo, a verdade. Nenhum espírita pode mais negar sua ignorância perante a vida. Se somos um grão de areia na vastidão do universo, o que dizer de nossa capacidade e conhecimento? Ou seja, verdade pura, é a de que no grau de evolução, somos uma escala insignificante.

Isso pode parecer um tanto quanto desesperançoso, mas analisando com calma, é algo que nos favorece profundamente. Para quem tem vontade real de progredir e aprender, errar é normal, faz parte do jogo e nos torna pessoas melhores. Não acho que os erros ensinem mais do que os acertos, mas sim que são inevitáveis. O que ensina é a solução que encontramos para os problemas. Quando nos defrontamos com uma doença, qual o melhor caminho? Ficar em um canto escuro lamentando nossos problemas ou partir para cima da solução? Frequentar um centro grande das cidades urbanas é algo muito instrutivo. Quantos amputados miseráveis não residem largados em praças ? Será que os problemas são realmente mensuráveis?

O que é problema para mim pode não ser para você. Pobreza é uma prova duríssima, mas a riqueza é uma maldição para muitos. Ou seja, é uma questão de postura. Mas aonde eu quero chegar?

Em um processo de obsessão, a tendência geral é querer expulsar um obsessor a todo custo, pressupondo que ali reside o mal e que somos apenas vítimas inocentes. É uma tendência geral de nos colocar sempre em um lugar apropriado e culpar aos outros pelos nossos problemas. Fato é que nenhuma obsessão ocorre à toa, pelo simples fato de algum obsessor (como se isso fosse profissão) estar disponível para “assombrar” alguém. A obsessão é um processo MUITO complexo, muitas vezes de milênios, que leva uma chuva de espíritos, encarnados e desencarnados a promoverem uma relação não amigável. No entanto, ela pode ocorrer com encarnados e desencarnados, encarnados e encarnados, e até entre os desencarnados (mais comum de todas).

Antes de pensar em apenas expulsar um obsessor, será que poderíamos pensar a causa do problema? Por que alguém se colocaria em uma perseguição de milênios? Será que o primeiro tapa na cara veio daquele ser ou de minha parte? Uma vez que esta reflexão seja feita, passamos a encarar o problema de outra forma, entendendo que as vezes o perdão deve ser pedido primeiro por nós à entidade. Quando fui eu que dei o primeiro tapa ou cometi uma atrocidade terrível, o esquecimento da vida carnal deve ser utilizado para limpeza de um passado que não acrescenta nada de útil.

Mas essa limpeza passa por procedimentos:
– Reforma Íntima;
– Humildade;
– Conduta moralizada e ética;
– Perdão de si mesmo;

Só com a busca destes valores (e eu nem cogito que alguém possa alcançá-los na plenitude devido à nossa imperfeição) o nosso esquecimento carnal pode ser proveitoso. Seguir no caminho a que estas características conduzem, tornaria a conduta humana perante si mesmo e perante os outros, muito mais razoável. A partir de então, poderemos exemplificar ao obsessor que nossa mudança de conduta pode beneficiá-lo e, muito mais do que palavras, as ações diárias fortalecerão esta posição.

Em um certo ponto, o exemplo tocará o obsessor, que irá sim nos perdoar e ser perdoado, para que o progresso busque. Quando isso ocorre, o ciclo de ódio e violência, tornou-se benéfico e constante, o que pode gerar, ao final, uma amizade que percorrerá a estrada da evolução ao nosso lado. É uma solução muito mais razoável.

Um obsessor quando está desencarnado, estará submetido às mazelas do sofrimento e pestilência. Estará sujeito a provas e a um cotidiano de enlouquecer qualquer um. Muitas vezes não busca vingança, mas sim ajuda. Nossos preconceitos muitas vezes fecham as portas à entidades que não buscavam nada mais além de amor. Ou seja, talvez o que alguns chamam de prisão carnal, seja uma chance de ouro, muito melhor do que uma eventual prisão mental e espiritual a que estaríamos submetidos do outro lado.

A vida carnal é uma bênção. Esquecemos o que de mal fizemos e o que de mal sofremos. Nossos melhores amigos podem ser os “temidos” obsessores de outrora, mas quando todos esquecemos, vemos que é um prazer tê-los conosco. Quer lição melhor? 

junho 24, 2010

Educandário de Luz

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , — Aprendiz @ 11:51 am

Esta lição eu retirei do Blog do Nept (Núcleo Espírita Paulo de Tarso).

É, antes de tudo, uma lição de humildade e desenvolvimento de consciência que todos devemos ter, e que nos ajuda a manter a humildade em situações que estamos muito cheios de orgulho próprio, enquanto o mundo se acaba em tragédias. Esquecer o agasalho em um dia frio, esquecer a carteira e ficar sem almoçar, tudo isso nos ensina a ter mais respeito e compaixão pelos semelhantes necessitados. É de algo em torno dessa lógica que o texto abaixo trata.

Educandário de Luz

Ninguém se reconheceria fora da paciência e do amor que Jesus nos legou, se todos freqüentássemos a universidade da beneficência, cujos institutos de orientação funcionam, quase sempre nas áreas da retaguarda.

Aí, nos recintos da penúria, as lições são administradas, ao vivo, através das aulas inumeráveis do sofrimento.

Tanto quanto possas e, mais demoradamente nos dias de aflição, quando tudo te pareça convite ao desalento, procura experiência e compreensão nessa escola bendita, alicerçada em necessidades e lágrimas.

Se contratempos te ferem nos assuntos humanos, visita os irmãos enfermos, segregados no hospital, a fim de que possas aprender a valorizar a saúde que te permite trabalhar e renovar a esperança.

Quando te atormente a fome de sucesso nos temas afetivos e a ventura do coração se te afigure tardia, toma contato com aqueles companheiros que habitam furnas abandonadas, para quem a solidão se fez o prato de cada dia.

Ante os empeços da profissão com que o mundo te honra a existência, consagra alguns minutos a escutar o relatório dos pais de família, entregues ao desespero por lhes escassearem recursos à própria subsistência.

E, se experimentas dissabores, perante os filhos que te enriquecem a a alma de esperança e carinho, à face das tribulações que lhes gravam a vida, observa aqueles outros pequeninos que caminham nas trilhas do mundo, sem tutela de pai ou mãe que os resguarde, atirados à noite da criminalidade e da ignorância.

Matricula-te no educandário da caridade e guardarás a força da paciência.

Enriquece de cultura os dotes que te enfeitam a personalidade e realiza na terra os nobres ideais afetivos que te povoam os pensamentos, no entanto, se queres que a felicidade venha morar efetivamente contigo, auxilia igualmente a construir a felicidade dos outros.

Nosso encontro com aqueles que sofrem dificuldades e provações maiores que as nossas será sempre, em qualquer lugar, o nosso mais belo e mais duradouro encontro com Deus.

* * *

Emmanuel

Mensagem retirada do livro “Paz e Renovação” Psicografia de Francisco Cândido Xavier

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