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outubro 8, 2014

FERMENTO E POTÊNCIA

Filed under: Espiritismo — Aprendiz @ 8:15 am

76-FERMENTO ESPIRITUAL

“Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?” – Paulo. (I CORINTIOS, 5:6).

O fermento é uma substância que excita outras substâncias, e nossa vida é sempre um fermento espiritual com que influenciamos as existências alheias.

Ninguém vive só.

Temos conosco milhares de expressões do pensamento dos outros e milhares de outras pessoas nos guardam a atuação mental, inevitavelmente.

Os raios de nossa influência entrosam-se com as emissões de quantos nos conhecem direta ou indiretamente, e pesam na balança do mundo para o bem ou para o mal.

Nossas palavras determinam palavras em quem nos ouve, e, toda vez que não formos sinceros, é provável que o interlocutor seja igualmente desleal.

Nossos modos e costumes geram modos e costumes da mesma natureza, em torno de nossos passos, mormente naqueles que se situam em posição inferior à nossa, nos círculos da experiência e do conhecimento.

Nossas atitudes e atos criam atitudes e atos do mesmo teor, em quantos nos rodeiam, porquanto aquilo que fazemos atinge o domínio da observação alheia, interferindo no centro de elaboração das forças mentais de nossos semelhantes.

O único processo, portanto, de reformar edificando é aceitar as sugestões do bem e praticá-las intensivamente, por intermédio de nossas ações.

Nas origens de nossas determinações, porém, reside a idéia.

A mente, em razão disso, é a sede de nossa atuação pessoal, onde estivermos.

Pensamento é fermentação espiritual. Em primeiro lugar estabelece atitudes, em segundo gera hábitos e, depois, governa expressões e palavras, através das quais a individualidade influencia na vida e no mundo. Regenerado, pois, o pensamento de um homem, o caminho que o conduz ao Senhor se lhe revela reto e limpo.


(Da obra “FONTE VIVA” Psicografada por Chico Xavier, ditada pelo Espírito Emmanuel).

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O final do texto, que diz “Pensamento é fermentação espiritual” é de suma importância quando lembramos que o pensamento é uma das maiores potências do Espírito. Pensamento é base da sintonia, da criação e da projeção do ambiente que exteriorizamos.

A sintonia está na base de quase todos os fenômenos espirituais, pois é como uma antena, que canaliza as vibrações semelhantes, e as une em mútua influenciação.

setembro 16, 2014

ESQUECIMENTO E RECOMEÇO

Filed under: Espiritismo — Tags:, — Aprendiz @ 5:10 am

112 – COMO LÁZARO

“E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir.” (JOÃO, 11: 44)

O regresso de Lázaro à vida ativa representa grandioso símbolo para todos os trabalhadores da Terra.

Os criminosos arrependidos, os pecadores que se voltam para o bem, os que “trincaram” o cristal da consciência, entendem a maravilhosa característica do verbo recomeçar.

Lázaro não podia ser feliz tão-só por revestir-se novamente da carne perecível, mas, sim, pela possibilidade de reiniciar a experiência humana com valores novos. E, na faina evolutiva, cada vez que o espírito alcança do Mestre Divino a oportunidade de regressar à Terra, ei-lo desenfaixado dos laços vigorosos… exonerado da angústia, do remorso, do medo… A sensação do túmulo de impressões em que se encontrava, era venda forte a cobrir-lhe o rosto…

Jesus, compadecido, exclamou para o mundo:

— Desligai-o, deixai-o ir .

Essa passagem evangélica é assinalada de profunda beleza.

Preciosa é a existência de um homem, porque o Cristo lhe permitiu o desligamento dos laços criminosos com o pretérito, deixando-o encaminhar-se, de novo, às fontes da vida humana, de maneira a reconstituir e santificar os elos de seu destino espiritual, na dádiva suprema de começar outra vez.

(Da Obra “CAMINHO, VERDADE E VIDA” – Ditado por Emmanuel e psicografada por Chico Xavier)


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O que faz a Doutrina Espírita, e qualquer religião voltada ao amor e a caridade? Oferece conforto espiritual e a chance da absolvição. A diferença, porém, é a forma com que cada religião lida com o tema.

Na ampla perspectiva do Espiritismo, vários elementos existem para provar a inexistência do tempo e do espaço:

Esquecimento do passado – Um dos maiores argumentos utilizados contra a reencarnação, é a ausência de lembranças do passado. Ora, se todos fôssemos lembrar do passado, qual a chance de melhora? Somos incapazes de perdoar uma “fechada” no trânsito, uma trombada na rua, uma falha humana, por mais simples que seja, sem nos irritarmos, que dirá nosso passado!? A história da humanidade nos mostra que hábitos antigos como o duelo, o suicídio, etc não devem ter contribuído para nossa melhora moral. Hoje, sabemos também, que convivemos em meio aos inimigos de outros tempos. No entanto, aprendemos a amá-los e respeitá-los, durante uma encarnação inteira. Ao retornar à pátria espiritual, com toda certeza, sentiremos a redução de nossa eventual mágoa, ódio etc, até que ele seja nulo.

Ninguém evolui sem resolver todas as pendências ético-morais.

Ausência de qualquer doutrina de penas eternas e importância da consciência – O Espiritismo não admite “inferno” ou “paraíso” nas acepções comuns destes termos, mas sim que o nível de consciência e atitude permeará o futuro dos que desencarnam. Claro que o conhecimento embute uma grande responsabilidade sobre os atos e suas consequências, por isso todo aquele que se diz Espírita, deve ter uma conduta condizente com o que a Doutrina coloca. A moral do Cristo é que nos guia rumo à melhora real, por isso mesmo, o Espiritismo nunca se coloca como única fonte de salvação.

Todo aquele que deseja melhorar de verdade, reconstruindo sua vida em moral calcada por amor e caridade, encontrará frutos benéficos. A denominação religiosa aqui, funciona apenas como rótulo.

Por isso toda existência é preciosa, porque ela é a continuação de outras, mas sempre um recomeço a cada nascimento e a cada desencarne.

Todos somos representados por Lázaro.

setembro 3, 2014

RESPONSABILIDADES E LIBERDADES

No Espiritismo, responsabilidades são sempre um problema de consciência. Quanto mais “expandida” for a consciência, mais responsabilidade e conhecimento ela deve nutrir. O conhecimento traz sim responsabilidade, é o que acaba alimentando ou extinguindo alguns desejos e comportamentos que temos.

Tomei a liberdade de colocar um exemplo do Livro dos Espíritos aqui, sobre um tema diretamente relacionado à consciência.

830) Quando a escravidão faz parte dos costumes de um povo, os que dela se aproveitam são condenáveis, por agirem seguindo um procedimento que parece natural?

– O mal é sempre o mal e todos os sofismas não farão com que uma má ação se torne boa. Mas a responsabilidade do mal é relativa aos meios de que se dispõe para compreendê-la. Aquele que tira proveito da lei da escravidão é sempre culpado da violação da lei natural; mas, nisso, como em todas as coisas, a culpa é relativa. A escravidão, tendo se firmado nos costumes de alguns povos, tornou possível ao homem aproveitar-se dela de boa-fé, como de uma coisa que parecia natural; mas a partir do momento que sua razão se mostrou mais desenvolvida e, acima de tudo, esclarecida pelas luzes do Cristianismo, demostrando que o escravo é um ser igual diante de Deus, não há mais desculpa que justifique a escravidão.

Ou seja, quando a doutrina do Cristo veio aos homens e lhes ditou “amar ao próximo como a si mesmo” qualquer forma de escravidão ou qualquer imposição condicional à liberdade perde o efeito. A “boa fé” significa agir de consciência limpa, e se seguimos algum costume, não pode haver nenhuma dúvida a respeito de sua procedência em nossa mente.

Somos responsáveis sim pelos atos, e com a moral do Cristo, ficou claro que bem e mal são nitidamente separáveis um do outro, independentemente do contexto em que se analise.

O tema se une a outro tão importante quanto, o do “livre arbítrio”, que deve ser respeitado acima de tudo. Respeitar o próximo é também respeitar seus atos, ainda que pareçam incorretos, quando o erro provém da ignorância, e não de propósito ruim. Existe diferença clara entre o que erra por desconhecimento de causa (e aprende após a colheita ruim das consequências) e entre os que erram visando prejudicar outros.

Um senhor de escravos com religião cristã é um contra-senso em si mesmo. Não é um paradoxo, é um ERRO. Não se pode ler o Novo Testamento e concordar com a restrição absoluta da liberdade de um outro ser humano. Nenhuma hipótese ou teoria malabarística justificaria este ato, portanto, incorre-se em erro grave e sério perante a Providência Divina.

O tratamento digno ao próximo é uma obrigação de direitos. Somos diferentes em etnias, escolhas, cor, modo de ver, etc, mas o espírito em si é igual, as alterações são apenas em escala evolucionária. O mundo será muito melhor quando os que estão escada acima concordarem em estender as mãos para ajudar os que estão em degraus inferiores.

A humanidade só encontrará progresso quando assim também se comportar.

agosto 27, 2014

AMAR OS INIMIGOS – Significado II

“Se somente amardes os que vos amam, que mérito se vos reconhecerá, uma vez que as pessoas de má vida também amam os que as amam? – Se o bem somente o fizerdes aos que vo-lo fazem, que mérito se vos reconhecerá, dado que o mesmo faz a gente de má vida? – Se só emprestardes àqueles de quem possais esperar o mesmo favor, que mérito se vos reconhecerá, quando as pessoas de má vida se entreajudam dessa maneira, para auferir a mesma vantagem? Pelo que vos toca, amai os vossos inimigos, fazei bem a todos e auxiliai sem esperar coisa alguma. Então, muito grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom para os ingratos e até para os maus. – Sede, pois, cheios de misericórdia, como cheio de misericórdia é o vosso Deus.” (S. LUCAS, 6:32 a 36.)


Se o amor do próximo constitui o princípio da caridade, amar os inimigos é a mais sublime aplicação desse princípio, porquanto a posse de tal virtude representa uma das maiores vitórias alcançadas contra o egoísmo e o orgulho. Entretanto, há geralmente equívoco no tocante ao sentido da palavra amar, neste passo. Não pretendeu Jesus, assim falando, que cada um de nós tenha para com o seu inimigo a ternura que dispensa a um irmão ou amigo. A ternura pressupõe confiança; ora, ninguém pode depositar confiança numa pessoa, sabendo que esta lhe quer mal; ninguém pode ter para com ela expansões de amizade, sabendo-a capaz de abusar dessa atitude. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não pode haver essas manifestações de simpatia que existem entre as que comungam nas mesmas idéias. Enfim, ninguém pode sentir, em estar com um inimigo, prazer igual ao que sente na companhia de um amigo.

A diversidade na maneira de sentir, nessas duas circunstâncias diferentes, resulta mesmo de uma lei física: a da assimilação e da repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo determina uma corrente fluídica que impressiona penosamente. O pensamento benévolo nos envolve num agradável eflúvio. Daí a diferença das sensações que se experimenta à aproximação de um amigo ou de um inimigo.

Amar os inimigos não pode, pois, significar que não se deva estabelecer diferença alguma entre eles e os amigos. Se este preceito parece de difícil prática, impossível mesmo, é apenas por entender-se falsamente que ele manda se dê no coração, assim ao amigo, como ao inimigo, o mesmo lugar.Uma vez que a pobreza da linguagem humana obriga a que nos sirvamos do mesmo termo para exprimir matizes diversos de um sentimento, à razão cabe estabelecer as diferenças, conforme os casos.

Amar os inimigos não é, portanto, ter-lhes uma afeição que não está na natureza, visto que o contacto de um inimigo nos faz bater o coração de modo muito diverso do seu bater, ao contacto de um amigo. Amar os inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem; é não opor nenhum obstáculo à reconciliação com eles; é desejar-lhes o bem e não o mal; é experimentar júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes advenha; é socorrê-los, em se apresentando ocasião; é abster-se, quer por palavras, quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; é, finalmente, retribuir-lhes sempre o mal com o bem, sem a intenção de os humilhar. Quem assim procede preenche as condições do mandamento: Amai os vossos inimigos.

(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAPÍTULO XII – AMAI OS VOSSOS INIMIGOS – Tradução FEB)

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Aqui temos que o conceito de amar nossos inimigos é, também, um ato de caridade. Para conosco e para com o próximo.

O Espírita sabe que o “acaso” é uma ilusão humana, uma criação para o que não compreendemos. Nada acontece ou existe por acaso. A admissão e assimilação dos conceitos que envolvem a existência do Espírito, eterno e cuja manifestação na matéria ocorre pela reencarnação, traz consigo inúmeros fatores de evolução ou estagnação, relações de amor e ódio, perdão ou continuidade diversas. Ou seja, uma teia complexa e atemporal surge no horizonte.

Quando existem sentimentos inexplicáveis de repulsão ou distanciamento, há ali uma pequena parte dessa teia, que precisa ser trabalhada. A evolução consiste em total rompimento destas teias, mas não abandonando-as, e sim, solucionando-as.

A condição primordial para se atingir alguma evolução, é trabalhar:

* Caridade

* Perdão

* Pensamentos e atitudes.

* Amor como consequência final.

Estas qualidades abrangem toda a Doutrina em sua complexidade e extensão, sendo capazes de contribuir de forma substancial para evolução intelectual e moral de todos.

O Espiritismo, muito mais do que fenômenos mediúnicos, é conteúdo moralizante para melhor evolução e desfrute da eternidade do Espírito. Nos expande os horizontes rumo ao progresso real e eterno (verdadeiro).

agosto 26, 2014

AMAR OS INIMIGOS – Significado I

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , — Aprendiz @ 1:49 am

41 – CREDORES DIFERENTES

“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos.” – Jesus. (MATEUS, 5:44.)

O problema do inimigo sempre merece estudos mais acurados.

Certo, ninguém poderá aderir, de pronto, à completa união com o adversário do dia de hoje, como Jesus não pôde rir-se com os perseguidores, no martírio do Calvário.

Entretanto, a advertência do Senhor, conclamando-nos a amar os inimigos, reveste-se de profunda significação em todas as facetas pelas quais a examinemos, mobilizando os instrumentos da análise comum.

Geralmente, somos devedores de altos benefícios a quantos nos perseguem e caluniam; constituem os instrumentos que nos trabalham a individualidade, compelindo-nos a renovações de elevado alcance que raramente compreendemos nos instantes mais graves da experiência. São eles que nos indicam as fraquezas, as deficiências e as necessidades a serem atendidas na tarefa que estamos executando.

Os amigos, em muitas ocasiões, são imprevidentes companheiros, porquanto contemporizam com o mal; os adversários, porém, situam-no com vigor.

Pela rudeza do inimigo, o homem comumente se faz rubro e indignado uma só vez, mas, pela complacência dos afeiçoados, torna-se pálido e acabrunhado, vezes sem conta.

Não queremos dizer com isto que a criatura deva cultivar inimizades; no entanto, somos daqueles que reconhecem por beneméritos credores quantos nos proclamam as faltas.

São médicos corajosos que nos facultam corretivo.

É difícil para muita gente, na Terra, a aceitação de semelhante verdade; todavia, chega sempre um instante em que entendemos o apelo do Cristo, em sua magna extensão.

(Da Obra “Vinha de Luz” – Ditado por Emmanuel e psicografado por Chico Xavier)

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Os que entendemos como “inimigos” são geralmente irmãos que não são compreendidos por nós, ou que não nos compreendem.

Temos a falsa ilusão de que “amigo” é aquele que nos apóia em tudo, indiscriminadamente, e que considera assim ser leal, fiel e companheiro. Este nos ajuda a construir a torre de marfim na qual nos trancamos, alimentando um orgulho infundado que nos prejudica, cedo ou tarde.

Já os ditos inimigos sempre expõe nossas fraquezas, nos trazem à realidade apontando, sem meio-termo, os pontos onde somos condenáveis e passíveis de cair. Nosso orgulho e vaidade lutam contra estes apontamentos, nos fazem sentir atingidos no íntimo, e repelimos com raiva essas situações. Tal qual crianças mimadas que ainda somos em nível espiritual.

Claro que amar aos inimigos não significa literalmente fazê-lo, mas sim uma atitude que devemos ter com todos, na simples forma de amar ao próximo como a nós mesmos. Ou seja, absorver as críticas e analisá-las, se forem devidas, temos a chance sagrada da correção. Se forem indevidas, descartamos, como fazemos com embalagens usadas.

Inteligência espiritual é saber utilizar os elementos ao redor, em proveito de nosso desenvolvimento na moral do Cristo. Há mais de dois mil anos, Ele já sabia disso e tentou nos trazer de forma inteligível.

Vamos buscar aprender, cedo ou tarde chegaremos lá.

agosto 25, 2014

ENSEJO AO BEM

Filed under: Espiritismo,reforma íntima — Tags:, , , , , , — Aprendiz @ 1:13 am
90 – ENSEJO AO BEM

“Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? — Então, aproximando-se, lançaram mão de Jesus e o prenderam.” (MATEUS, 26: 50)

É significativo observar o otimismo do Mestre, prodigalizando oportunidades ao bem, até ao fim de sua gloriosa missão de verdade e amor, junto dos homens.

Cientificara-se o Cristo, com respeito ao desvio de Judas, comentara amorosamente o assunto, na derradeira reunião mais íntima com os discípulos, não guardava qualquer dúvida relativamente aos suplícios que o esperavam? no entanto, em se aproximando, o cooperador transviado beija-o na face, identificando-o perante os verdugos, e o Mestre, com sublime serenidade, recebe-lhe a saudação carinhosamente e indaga: Amigo, a que vieste?

Seu coração misericordioso proporcionava ao discípulo inquieto o ensejo ao bem, até ao derradeiro instante.

Embora notasse Judas em companhia dos guardas que lhe efetuariam a prisão, dá-lhe o título de amigo. Não lhe retira a confiança do minuto primeiro, não o maldiz, não se entrega a queixas inúteis, não o recomenda à posteridade com acusações ou conceitos menos dignos.

Nesse gesto de inolvidável beleza espiritual, ensinou-nos Jesus que é preciso oferecer portas ao bem, até à última hora das experiências terrestres, ainda que, ao término da derradeira oportunidade, nada mais reste além do caminho para o martírio ou para a cruz dos supremos testemunhos.

(Da Obra “Caminho, Verdade e Vida” – Ditado por Emmanuel e psicografado por Chico Xavier)
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É uma das passagens mais comoventes da história do Cristo encarnado. Jesus conhecia o fato, sabia o que esperar, mas mesmo assim não tomou precauções como seria de se esperar. Não buscou refúgio em outro lugar, não escapou às investidas diversas, não se precaviu de ser pego, não resistiu como se esperaria da maioria de nós.
Lado a lado com o verdugo, não fez acusações, não se desesperou, não sentiu nada além de compaixão pelos que lhe feriram, tanto a confiança quanto o corpo. Nos momentos mais caóticos, não blasfemou a palavra contra alguém. Nos derradeiros instantes, ainda implorou perdão aos que praticavam aqueles atos.
Parece algo muito distante para todos nós, ainda na média da evolução de um planeta ainda envolto em baixa moral.
No entanto, ser Espírita não é “acreditar” na existência dos Espíritos, na vida eterna, na evolução da alma. É ter “certeza” disso. Acreditar é algo muito vago, significa que existe dúvida ou ausência de provas cabais. Para nós, espíritas, tudo isso, como a reencarnação é certo (derivado de certeza absoluta).
A certeza de que o plano real de evolução é o espiritual e não o material, torna os diversos problemas cotidianos muito mais simples, pois os valores da vida, da moral e da ética são automaticamente elevados à instâncias maiores. Quando se entende a vida encarnada como escola para prática das lições que temos no mundo espiritual, o compromisso maior é com a evolução própria (Reforma Íntima) e com a ausência de novos débitos.
Claro que não podemos colocar Jesus em nosso patamar absolutamente inferiorizado, mas podemos retirar lições preciosas de conduta e comportamento como ele exemplificou, também encarnado. Não podemos em apenas uma encarnação chegarmos àquele patamar incrível, mas podemos nos esforçar para tornar o caminho menos tortuoso e longo.
É sempre uma opção o endividamento ou o crescimento na Justiça Divina. Jesus exemplificou como fazer. Cabe a nós o esforço maior para tentar aprender e aplicar o máximo possível.
Seguindo a Moral do Cristo, temos sempre o ensejo ao bem como motor dos atos, pensamentos e ações.

agosto 18, 2014

Camille Flammarion – Deus na Natureza (Resumo / Estudo)

Filed under: Dica de Leitura,Espiritismo,Estudos — Tags:, , — Aprendiz @ 9:22 am

Prezados,

Segue LINK para o estudo de Deus na Natureza, escrito por Camille Flammarion.

julho 24, 2014

ESPÍRITO, VIDA E PENSAMENTOS

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , — Aprendiz @ 9:30 am
“A lâmpada em cujo bojo se faz luz arroja de si mesma os fotônios que são elementos vivos da Natureza a vibrarem no “espaço físico”, através dos movimentos que lhes são peculiares, e nossa alma, em cuja intimidade se processa a idéia irradiante, lança fora de si os princípios espirituais, condensados na força ponderável e múltipla do pensamento, princípios esses com que influímos no “espaço mental”. Os mundos atuam uns sobre os outros pelas irradiações que despedem e as almas influenciam-se mutuamente, por intermédio dos agentes mentais que produzem.”
(…)
Pensamentos de crueldade, revolta, tristeza, amor, compreensão, esperança ou alegria teriam natureza diferenciada, com característicos e pesos próprios, adensando a alma ou sutilizando-a, além de lhe definirem as qualidades magnéticas. A onda mental possuiria determinados coeficientes de força na concentração silenciosa, no verbo exteriorizado ou na palavra escrita.”

[NOS DOMINIOS DA MEDIUNIDADE – CAPÍTULO 5]

Quando André Luiz relata as profundezas da mediunidade e dos intercâmbios que assistimos em qualquer casa Espírita séria, ficamos abismados com o alcance e a responsabilidade envolvidas em qualquer trabalho na área.

Esses parágrafos são extremamente importantes, pois trazem algumas informações primordiais, não a respeito da mediunidade em si, mas reflexões cotidianas. Entendemos que o intercâmbio entre encarnados e desencarnados é constante, mas que há um equilíbrio que rege a situação de nossa encarnação.

Se estamos aqui hoje é porque estamos entre iguais, em vibração e sintonia mental. Se pensarmos em nível macro, nosso planeta de Provas e Expiações, condiz com nossa evolução moral. Nosso ambiente familiar também é permeado (na maioria dos casos) por provas e assuntos a aprimorar. O interessante nestes parágrafos também, é o intercâmbio dessas forças mentais que existe na matéria, tanto dos encarnados entre si, quanto dos mundos.

O “peso” dos pensamentos e as diferenças sutil que colocamos em pensamento, verbo ou escrita é algo que soou novo para mim. Talvez a crença antiga de povos ancestrais em amuletos de papel escrito estivesse justamente nessas irradiações. Os amuletos em si não tem poder ou efeito algum, como a Doutrina já esclareceu, mas a irradiação despejada quando de sua confecção, causava algum efeito em quem sintonizasse com aquilo.

A positividade então, tem efeitos magnânimos no processo evolutivo. Faz-se mister a todos manter níveis de pensamento regularmente sãos e saudáveis. Uma espécie de “estado de prece” onde nossa comunhão com o que há de melhor se mantém constante.

Difícil ainda em nosso estágio, mas se formos errar, que façamos de forma involuntária e que logo possamos corrigir nossa mente, e com o passar do tempo, talvez tenhamos o HABITO de manter boas emanações mentais.

Deus nos ajude.

maio 8, 2014

Livro dos Médiuns – Estudo Completo

Filed under: Espiritismo,Estudos — Aprendiz @ 2:35 am

Em breve continuarei as postagens do Livro dos Médiuns em estudo completo.

Significa que conterá 100% da tradução do Herculano Pires e com comentários e grifos. Ou seja, é a leitura completa.

Por isso as atualizações demorarão mais.

Por enquanto temos:

Introdução

PARTE 1 (completa)

Agradeço pelos comentários e e-mails.

Obrigado !

maio 6, 2014

DEMÔNIOS – Entendimento para o Espiritismo

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , — Aprendiz @ 6:19 am

Já abordei esse tópico em outros textos,

Significado de Demonio para o Espiritismo – (LINK)
Significado de Possessão no Espiritismo – (LINK)
Mas agora, após ler o livro “Obsessão” de Allan Kardec, achei importante incluir o texto abaixo, onde o Codificador analisa de forma simples e clara um pouco mais profundamente essa questão.
Aqui, está em discussão um fenômeno múltiplo de subjugação. Quanto a autoria:

“Não é uma prova evidente de que são demônios? dirão certas pessoas. Chamemo-los de demônios, se isto vos agrada: o nome não os caluniaria. Mas não vedes diariamente homens chamados demônios encarnados? Não há os que blasfemam e renegam a Deus? Que parecem fazer o mal com prazer? Que se alegram à vista do sofrimento de seus semelhantes? Por que queríeis que, uma vez no mundo dos Espíritos, de súbito se transformassem? Aqueles a quem chamais demônios nós chamamos maus Espíritos, e concedemos toda a perversidade que lhes queirais atribuir. Contudo, a diferença é que, em vossa opinião, os demônios são anjos decaídos, isto é, seres perfeitos que se tornaram maus e para sempre votados ao mal e ao sofrimento; em nossa opinião são seres pertencentes à humanidade primitiva, espécie de selvagens ainda atrasados, mas a quem o futuro não está fechado e que melhorar-se-ão à medida que neles se desenvolver o senso moral, na série de existências sucessivas, o que nos parece mais conforme a lei do progresso e justiça de Deus. Temos mais a nosso favor a experiência que prova a possibilidade de melhorar e de levar ao arrependimento Espíritos do mais baixo nível e aqueles que são colocados na categoria de demônios. (p. 170)

Quando denominamo de “Demônio” o causador de algo, não deixamos de embutir um caráter divino. Algo como a história do anjo decaído.

O Espiritismo não aceita que haja anjos criados por Deus, mas sim, Espíritos que por seu próprio esforço e livre-arbítrio, evoluíram até condições magnânimas (vide Jesus e vide missionários diversos). Um dos aspectos mais importantes da Doutrina Espírita, é o entendimento que:

Não há morte –> Há desencarne. O que significa o fim do corpo (matéria) e a continuidade do Espírito, a individualidade se mantém.

Mudança na Personalidade Após o Desencarne –> Não ocorre. Suas características, sua consciência, atitudes, ações e pensamentos formam o quadro que vai encontrar após o desencarne. Ou seja, ninguém “morre e vira santo”. Você será o que sempre foi. Aqueles que tiveram conduta reta e nível moral elevado, serão levados a um local com esse nível para que continuem progredindo. Os que escolheram caminhos voltados ao mau e a perversidade, serão da mesma forma levados àquele nível.

Com a retirada do caráter divino dos demônios, há uma significância conceitual importante.

Anjos e Demônios seriam seres compatíveis e imutáveis, pois assim foram criados. Deus então, privilegiou seres durante a criação. Por que um ser perfeito criaria Anjos e humanos? Por que uma diferenciação tão imponente?

O Espiritismo em seu caráter racional, reitera que TODOS foram criados simples e ignorantes, sendo unicamente responsáveis pelas suas escolhas e estados. Todos podemos evoluir de acordo com nossa vontade. O “Demônio” de hoje é apenas um Espírito em estágio anterior de evolução, que em alguns casos, age por ignorância (ausência de conhecimento) e em poucos por pura maldade. Sendo assim, o exemplo, o aprendizado e muitas vezes as provas da vida são suficientes para que ele escolha um rumo mais correto e progrida na escala espiritual.

Chamamos todos os Espíritos de “irmãos” pois fomos todos criados iguais, e compete aos que progrediram mais, ensinar aos que não conseguiram chegar adiante.

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