ESPIRITISMO LIVRE Livre de Dogmas, Livre da Fé Cega, Baseado em Kardec Contato: espiritismolivre@gmail.com

abril 1, 2010

Chico Xavier – 100 Anos

Filed under: Espiritismo — Aprendiz @ 11:09 am

No centenário de nosso maior expoente, uma lição importante que julgo resumir tudo o que esse titã representou e representa:

SUBLIME SILÊNCIO
 
Poucos lugares na face da Terra têm sido foco de tanta cintilação quanto a humilde sala de refeições da casa de Chico Xavier, local denominado “sala de luz”, pelo querido tio Urbano.

Ali, reunidos em considerável número de companheiros, amigos e visitantes, muitos pela primeira vez, sempre no aguardo dos ensinamentos do médium dos médiuns da Doutrina Espírita. E quando fala, todos silenciam. Ninguém quer perder uma só palavra, pois trata-se sempre de fato inédito em nossa existência. Lições que os livros e nem a mídia trazem. Lições de amor.

Logo após o episódio em que o bispo da Igreja Universal faltou com o respeito para com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, alguém na aludida reunião, durante alguns minutos teceu comentários tristes, inoportunos, ora atacando uma, ora outra religião envolvida.

Chico Xavier, depois que o cidadão falou à vontade, elevou os olhos ao Alto, contemplativamente assim permaneceu por mais de três minutos. Orava, como orava!

Silêncio total. Mutismo agoniento. Dito cidadão não suportava o fato. Contorcia-se na cadeira, como a esperar uma chamada de atenção, típico de quem não está seguro de sua consciência.

Depois de algum tempo, Chico faz uso da palavra para dizer:

– Oremos pelos evangélicos, oremos pelos católicos. Ora oremos por uns, ora oremos pelos outros.

O sublime silêncio do Chico nos mostrou que o amor cobre a multidão de nossos pecados, pois ali estávamos presentes com as espadas prontas, para tomarmos partido de um ou de outro lado.

DO LIVRO: Chico Xavier – O Homem, o Médium, o Missionário
AUTOR: Antônio Matte Noroefé (retirado do site:
http://www.universoespirita.org.br/_notes/sublims.htm)

Talvez o segredo era o poder de realmente seguir os escritos do bem, ao invés de papagaiá-los. Agir e evangelizar com a paz e misericórdia dos mais nobres espíritos. Como temos carência de pessoas como estas…

Feliz Centenário terreno e que sua estada nas esferas mais altas possa nos inspirar a melhorar-nos.

março 4, 2010

Frase do Dia

Filed under: Espiritismo — Aprendiz @ 6:06 am

O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, amor e caridade em sua maior pureza. Se interroga sua consciência sobre os atos realizados, perguntará se não violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que pôde, se ninguém tem nada a se queixar dele, enfim, se fez aos outros o que gostaria que os outros fizessem por ele.

Allan Kardec

Retirado do site  (www.kardec.com.br) em 04/03/2010

Essa frase simplesmente não possui cunho religiosos específico, ou seja, aplica-se a todo o ser humano. Ela é especificamente uma doutrina por si só e norteia as ações de homem de bem.

março 3, 2010

Religião / Mistérios / Medos

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , — Aprendiz @ 4:08 am

“Governar acorrentando a mente através do medo de punição em outro mundo é tão baixo quanto usar a força.” Hipácia– 400dc.

“Os teólogos dizem: isso são mistérios insondáveis. Ao que respondemos: são absurdidades imaginadas por vós próprios. Começais por inventar o absurdo, depois fazei-nos dele a imposição como mistério divino, insondável e tanto mais profundo quando mais absurdo. É sempre o mesmo procedimento: credo quia absurdum [creio porque é absurdo].” Bakunin

“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.” Friedrich Nietzsche

Estas são citações das mais utilizadas por aqueles que se chamam de ateus. Eles continuam negando a existência de um Deus, especialmente pelo fato de ele não ser racionalizável, nem pelo fato de ninguém ter “provado” sua existência. Eu acho esse argumento até justo, apenas para aqueles que colocam sua falta de fé em prol de um passado obscuro. Deus não é cristão para os Judeus, Deus também tem outro profeta para os muçulmanos. Mas será que bilhões estão errados?

Afinal, o que distancia as pessoas da religião?

As citações comprovam que o problema não está em Deus ou nas escrituras que cada um considera sagradas, mas sim no uso que os seres humanos fizeram disto ao longo dos tempos. Medos, Punições, Mistérios da Fé, Verdades Absolutas, Dogmas inexplicáveis, tudo isso representa o oposto dos ensinamentos de Cristo ou de qualquer outro profeta. Qualquer “representante divino” que tentou tomar Jerusalém para rezar em seu templo sagrado, transformou-a em um bezerro de ouro, exatamente o oposto do que nos foi ensinado.

De bezerro em bezerro, todas as religiões se apoiaram em hábitos incrivelmente opostos à qualquer moral / ética divina. Durante muito tempo um suicida não era doente, era um cidadão que vagaria pelo inferno sem cabeça. Um ser humano com problemas psicológicos ou psiquiátricos era um cidadão com um demônio embutido em si que precisava ser exorcizado ou queimado (quando muito grave).  Qualquer racionalidade que desejasse enxergar um objetivo ou propósito na religião só via um derramamento de sangue e a dominação pelo medo, o que deu margem à interpretações como as de Nietzsche, Bakunin e Hipácia. Eles não são agentes do demônio ou visam a destruição de qualquer pilar religioso, apenas criticaram momentos históricos e, com toda a razão, refutaram argumentos baseados no “nada” e “tudo”.

O que mais atrai alguém para o espiritismo, especialmente o Kardecista, é a racionalidade embutida em uma doutrina, cujas falácias e maravilhas dizem respeito à todos e à cada um. Independentemente de ser um líder ou não. O Deus espírita não tem preferências ou raiva, não vai enviá-lo para o inferno pois pensou. Filosofia é bem vinda e um complemento à uma DOUTRINA, não um pilar de aço indestrutível que salvará a humanidade.

O espiritismo está sempre em evolução, e por isso ganha mais e mais adeptos. Os que criticam utilizam os mesmos argumentos falaciosos que os padres de outrora. Uma opinião diferente ainda é condenável e o bezerro de ouro ainda é o lugar para descansarmos em paz.

Esse é o motivo principal de grandes mentes se afastarem de Deus. No fundo, eles sabem que existe, mas se Deus nega seus pensamentos, como pôde criá-lo? Sua única função na Terra é a condenação ao inferno? De blasfêmia em blasfêmia a humanidade superou esses dogmas e entendeu que se Deus não lhe compreender, então ele não é Deus.

Espiritismo = Ciência / Filosofia / Religião – Esta é a Santa Trindade.

março 1, 2010

A Fúria do Orgulho e da Política – O Destino dos Homens

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , , — Aprendiz @ 8:15 am

O orgulho, a avareza e a política caminham juntas. Prova disto é a descrição do Messias judeu e do Messias cristão (Jesus Cristo). A bifurcação histórica que determinou os próximos 2.000 anos aconteceu por pura falácia do orgulho e uma conjuntura política. Herculano Pires na obra “Revisão do Cristianismo” descreveu de forma muito clara esse fato (Página 1).

Na Galiléia dos Gentios, sob o domínio romano de Israel, as esperanças judaicas do Messias cumpriram-se de maneira estranha e decepcionante. Nasceu o menino Jesus em Nazaré, na extrema pobreza da casa de um carpinteiro, próximo à Decápolis impura, as dez cidades gregas que maculavam a pureza sagrada da terra que Iavé cedera ao seu povo. Era penoso para os judeus aceitarem esse desígnio do Senhor, que mais uma vez lhes impunha terrível humilhação. José, o carpinteiro, casara-se com uma jovem de família pobre e obscura, com pretensas ligações à linhagem de Davi. Jesus devia nascer em Belém de Judá, a Cidade do Rei cantor, poeta e aventureiro. E devia chamar-se Emmanuel segundo as profecias. Iavé certamente castigava os judeus pela infidelidade do seu povo, que deixara a águia romana pousar no Monte Sião. Toda a heróica tradição de Israel se afogava na traição à aliança divina da raça pura, do povo eleito, com o poder impuro de César.

A decepção dos judeus aumentava ante a desairosa situação social de José, velho e alquebrado artesão, casado com uma jovem que já lhe dera vários filhos. Jesus não gozava sequer das prerrogativas de primogênito. Herodes, o Grande, que se contentara, no ajuste com os romanos, a dominar apenas a Galiléia e além disso construíra o seu palácio sobre a temível impureza das terras de um cemitério, tremeu ante esse novo desafio aos brios da raça e condenou os que aceitavam esse nascimento espúrio como sendo o do Messias de Israel. Era necessário, para sua própria segurança, desfazer esse engano. O menino intruso devia ser sacrificado, e para isso bastava recorrer às alegorias bíblicas e espalhar a lenda da matança dos inocentes. Nos tempos mitológicos em que se encontravam era comum tomar-se a Nuvem por Juno. Mas o menino, que nascera de maneira incomum, filho de família pobre (e por isso suspeita), cresceu revelando inteligência excepcional que provocava a admiração do povo. Submetido à sabatina ritual dos rabinos do Templo de Jerusalém, para receber a bênção da virilidade, assombrara os doutores da Lei com o seu conhecimento precoce. Mas esse brilho fugaz era insuficiente para lhe garantir a fama messiânica. Logo mais ele se mostrava integrado na família humilde à condição inferior e aprendendo com o velho pai a profissão a que se dedicaria. Não obstante, para prevenção de dificuldades futuras, as raposas herodianas incumbiram-se de propalar a lenda da violação da honra conjugal de Maria pelo legionário Pantera. Com esse golpe decisivo, o perigo messiânico ficava definitivamente anulado.

Não seria possível que o povo aceitasse a qualificação messiânica para um bastardo.

O “menino instruso” era um rapaz que desafiava a ordem vigente, surgindo das cinzas e embutindo racionalidade à um contexto dominado pela ignorância do mundo antigo. Sua recompensa: Pregos nas mãos e pernas, sofrimento brutal e absurdo.

Afinal de contas, como um menino mudaria o mundo?

Lembrando de Cristo, podemos tirar a força necessária para prosseguirmos em nossos objetivos e missões. Se um menino acabou com a ordem vigente do mundo antigo, apenas uma faísca disso em cada um de nós muda essa Terra devorada pela ambição e corrupção dos homens. Afinal de contas, poder de fato dá-se em outro mundo.

fevereiro 19, 2010

A Complexidade do Livre Arbítrio

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , , , , — Aprendiz @ 2:49 am

O livre arbítrio é nosso atributo mais importante. É o definidor de nosso Carma e de nossas provas. Possibilita atos maravilhosos e horrendos, de acordo apenas com nossos impulsos ou consciência. Nosso único impeditivo de sair por aí queimando casas e matando pessoas é nossa moral / consciência / ética.

Quando algum crime chocante acontece, muitos indagam se Deus estava cuidando de seus filhos naquele instante. Deus realmente não tem participaçao ativa ou passiva em crimes ou salvamentos, a responsabilidade é, em tese, totalmente do ser humano em questão. Ele escolhe praticar crimes horrendos e levar consigo mais uma provação adiante em várias encarnações. Os outros que sofrem a ação do crime ainda podem estar envolvidos em teias complexas, ou sofrendo o crime como uma espécie de punição cármica ou apenas agentes passivos ao acaso que terão de escolher entre o perdão ou a vingança no mundo espiritual, e então serem arrastados ou elevados de acordo com a opção.

A obsessão é a ação persistente que o Espírito “ignorante” exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”. O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. XXVIII

Quando eu disse que a responsabilidade é “em tese” totalmente do ser humano, é apenas para acrescentar um elemento mais complexo ainda. Hoje já sabemos que existem processos de obsessão terríveis, muitas vezes confundidos com doenças mentais sérias e que acometem alguém até que ele perca sua própria consciência e fique a mercê de ações efetuadas por almas pouco evoluídas ou que não possuem interesse algum em caminhar um passo adiante. Cada passo em nossa evolução representa novos desafios cuja ordem moral  é cada vez mais exigida e elevada.

Muitos ainda afirmam que a obsessão é um acontecimento probatório causado pela fraqueza mental ou de comportamento do ser afetado. Mas qual de nós não passa por momentos de fraqueza? Quem não sente tristeza e se rende a algum sentimento negativo de vez em quando? De algum tipo de discussão no trânsito até fofocas de trabalho, tudo seria suficiente para nos afetar nesta situação. Perfeição moral e de comportamento, só Jesus.

Estudos ligados especialmente à literatura de Umbanda (Robson Pinheiro em Legião por exemplo) trazem à luz efeitos até então desconhecidos de grande parte da literatura espirita. A capacidade de ação do mal em introduzir energias e utilizar o medo e a ignorância de espíritos menos evoluídos é incrível e assustadora. Pode cooptar seres que são apenas errantes em estágio de crescimento e atrasar sua evolução por séculos, em terras parecidas com feudos em meio ao umbral. Para muitos isso soa fantasioso, mas será que não se compara à antigos dominadores terrestres?

Subestimar as ações espirituais é um erro comum e perigoso. O mal existe porque há terreno fértil para suas sementes, e quando mais tornamos o terreno das boas ações ativo e grande, reduzimos e queimamos o mal que há em todos nós. O conflito interno do auto-conhecimento é a chave para resolução de muitos processos de auto-obsessão.

O homem não raramente é obsessor de si mesmo. Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio individuo. São doentes de alma.- Allan Kardec (Obras Póstumas)

Com o avanço da psicologia e da psiquiatria na Terra, o mais importante é definir as causas de cada processo no paciente. Alguns simplesmente terão uma doença mental cujo tratamento médico halopático resolve. Outros precisam de remédios e meditação, outros de uma boa sessão de desobsessão e um enorme e longo tratamento para reequilíbrio energético. A síndrome do pânico é o exemplo mais atual da confusão em diagnóstico. Muitos são obsediados e passam a sofrer transtornos mentais, outros apenas agem por um medo.

Enfim, o espiritismo passa por uma nova revolução. Cada vez mais revela-se uma ciência racional ao invés de uma religião dogmática e cheia de mistérios. É este o caminho da evolução total. Passa por todos nós nos conhecermos, sem a soberba de esperar um paraíso, mas com a esperança de caminhar em direção à ele. Defeitos todos temos, mas como envolvemos nosso livre arbítrio em nossa moral e nossas ações é o fator definidor de nosso Carma e de nosso futuro.

fevereiro 9, 2010

Função Cármica dos Animais – Sacrifício

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , — Aprendiz @ 7:30 am

Relações de causa e efeito também são conhecidas como Carma (Kharma, Karma) em algumas regiões e crenças. E a causa e efeito é a base mais conhecida do espiritismo.

Mas essa relação pode ser vista de melhor maneira na ampla relação entre vidas passadas e a encarnação atual, onde vivemos novas provas e antigas, das quais precisamos remediar ou melhorar situações. Partindo desse ponto de vista, houve uma causa geradora destas relações de causa e efeito, que se expandem a cada nova encarnação. Se melhoramos ou pioramos nossa situação, é irrelevante, pois diz respeito apenas ao progresso do ser / espírito em si. O fato é que existe e poucos dividam.

Imaginando a situação do sacrifício dos animais, cada vez mais a medicina humana evolui, e a dos animais acompanha por consequência. Muitos são tratados com drogas humanas e têm seu período de vida alongado ao máximo, algo que pode soar bem no início. Mas e quando o animal sobrevive a base de medicamentos que o mantém vivo mas destroem suas capacidades aos poucos? Ok, concordo que sacrificar um cavalo por uma pata quebrada é exagero, mas será que os animais em geral devem ser mantidos vivos a todo custo?

Será que o fato de eles não cumprirem uma função cármica é suficiente para não abusarmos em nosso cuidado? Nosso egoísmo de querer ter um dos melhores amigos sempre ao nosso lado pode nos levar à machucar mais os animais. Eles vivem inconscientes à base de remédios e sofrem de males cada vez piores até definhar. Há um tempo para viver e há um tempo para morrer, essa lei natural é nossa maior lei na Terra. Lutar contra esta é incrivelmente absurdo.

O ser humano pode e deve encarar sofrimentos como provas consequentes de atos passados, e deve ser mantido vivo à todo custo pois sua consciência estará presente a todo instante. Há estudos que comprovam que mesmo no estado de coma alguns seres humanos sabem o que acontece ao seu redor e as ondas cerebrais mantém-se atuantes. Mas como justificar manter os animais em situação semelhante? Eles possuem afeto e alguma inteligência, mas não a capacidade de um raciocínio completo, e devem terminar seu ciclo funcional orgânico conforme planejado, para que seu progresso inicial seja continuado.

Qualquer que seja a situação, a Terra é passageira, a verdadeira vida está em outro lugar.

agosto 10, 2009

Sêneca – Sobre a Brevidade da Vida

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 2:47 pm

Considerando que Lúcio Anneo Sêneca viveu durante o século I (D.C), vale a pena ler e refletir sobre alguns escritos que ainda não versavam sobre Jesus, mas que continuam extremamente atuais.

3 – 1: Todos os espíritos que alguma vez brilharam consentirão neste único ponto: jamais se cansarão de se espantar com a cegueira das mentes humanas. Não se suporta que as propriedades sejam invadidas por ninguém, e, se houver uma pequena discórdia quanto à medida de seus limites, os homens recorrem a pedras e armas; no entanto, permitem que outros se intrometam em suas vidas, a ponto de eles próprios induzirem seus futuros possessores; não se encontra ninguém que queira dividir seu dinheiro,mas a vida, entre quantos cada um a distribui! São avaros em preservar seu patrimônio, enquanto,quando se trata de desperdiçar o tempo, são muito pródigos com relação à única (2) coisa em que a avareza é justificada. Por isso, agrada-me interrogar um qualquer, dentre a multidão dos mais velhos: “Vemos que chegaste ao fim da vida, contas já cem ou mais anos. Vamos! Faz o cômputo de tua existência. Calcula quanto deste tempo credor, amante, superior ou cliente, te subtraiu e quanto ainda as querelas conjugais, as reprimendas aos escravos, as atarefadas perambulações pela cidade; acrescenta as doenças que nós próprios nos causamos e também todo o tempo perdido: verás que tens menos anos de vida (3) do que contas. Faz um esforço de memória: quando tiveste uma resolução seguida? Quão poucas vezes um dia qualquer decorreu como planejaras! Quando empregaste teu tempo contigo mesmo? Quando mantiveste a aparência imperturbável, o ânimo intrépido? Quantas obras fizeste para ti próprio? Quantos não terão esbanjado tua vida, sem que percebesses o que estavas perdendo; o quanto de tua vida não subtraíram sofrimentos desnecessários, tolos contentamentos, ávidas paixões, inúteis conversações, e quão pouco não te restou do que era teu! Compreendes que morres (4) prematuramente.” Qual é pois o motivo? Vivestes como se fósseis viver para sempre, nunca vos ocorreu que sois frágeis, não notais quanto tempo já passou; vós o perdeis, como se ele fosse farto e abundante,ao passo que aquele mesmo dia que é dado ao serviço de outro homem ou outra coisa seja o último.Como mortais, vos aterrorizais de tudo, mas desejais tudo como se fôsseis (5) imortais. Ouvirás muitos dizerem: “Aos cinqüenta anos me refugiarei no ócio, aos sessenta estarei livre de meus encargos.” E que fiador tens de uma vida tão longa? E quem garantirá que tudo irá conforme planejas? Não te envergonhas de reservar para ti apenas as sobras da vida e destinar à meditação somente a idade que já não serve mais para nada? Quão tarde começas a viver, quando já é hora de deixar de fazê-lo. Que negligência tão louca a dos mortais, de adiar para o qüinquagésimo ou sexagésimo ano os prudentes juízos, e a partir deste ponto, ao qual poucos chegaram, querer começar a viver!
Sêneca – Sobre a Brevidade da Vida – Capítulo 3 (link para o livro completo em PDF)

Acho que o significado é profundo e devemos pensar sobre.

julho 28, 2009

Reform Ourselves

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , — Aprendiz @ 4:30 pm

Nothing is harder than to change ourselves. I believe we all make mistakes, on daily basis. The difference is how many times of regret we use to learn more.

Spiritism tells us about our duties and what we can possibly get after leaving our flesh bodies, but all of this means nothing if we don’t use this little portion of time (about 7 decades) to bring and add knowledge and to take the right path we all know what it is. It is not the religion itself, is the actions we are willing to take to improve our life and our souls.

“Spiritism respects all religions and doctrines; values all efforts towards the practice of goodness; works towards peace and fellowship between all nations and all peoples, regardless of race, colour, nationality, creed, cultural or social standing. It also recognizes that “the truly good person is one who complies with the laws of justice, love, and charity in their highest degree of purity.” (Kardec)
(The Gospel According to Spiritism – chapter 17 – item 3)

Religion is something that is always developing and changing. We can put all the faith we want in a 2000 year-old book named Bible, but we also have to read new material and open our minds to new knowledge. How can something that pledges for charity and the good of mankind be Devil´s work?

I don’t mind who created or where any traditions comes from, I only care on what it can add on our knowledge and daily action. No religion is bad, what is truly evil is the human use of other’s beliefs, as we are tired to see. Catholic Church fought unccountable wars in the holy name of God, a God which only seeked for vengeance and blood, which seeks for a holy land, even bathed in blood. That’s terrible, and now we have the knowledge to understand that God is not a political entity which needs the human help. It is obviously the contrary. We need God’s help for everything, but he give us the free will to choose whatever path we want.

It is like a soft glove that will help us to stop falling whenever we need, but we need also to deserve. Idiot is the one who may think that by doing nothing bad he will find heaven. This is only our minimal obligation. From the moment we understand that “WITHOUT CHARITY THERE IS NO SALVATION” we are commiting to live in moral high standards and to practice it daily. It is not about giving money to poor people, it is about living with other different human beings and not judging everybody’s else options.

Perfection is a target so, so, so far away, and Jesus is so distant from our moral reach, that we have to take a step by step improvement on our actions. Every time we consciously don’t do something because it would be consider bad for our moral standards, we are one step further on the long path to a better world. Heaven is for the prouds, evolution is for the strongs! Spiritism can handle the burden, and it is our duty to make the charge lighter for everyone.

julho 9, 2009

Perfection? Is that really necessary?

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 11:47 am

Perfection is something that a lot of people pursues. Everybody wants to be perfect and meet the blessings of that condition. But why should a perfect being living on Earth?

Perfection challenges everything. Our society is very far from perfection, and I can´t imagine how far we are from it. If our seek for perfection turn our lives into an empty journey, will it be worthy? I Hardly think so. You can live your life like monks do. Far away from problems and the challenges and shape our minds and thoughts, far from violence and society, far from politics and tough decisions that changes everything. I think nothing can be further from perfection than this. It is exactly the opposite of general thinking.

We make mistakes all the time, bad things, good things, actions that have a vast impact on our realities and on the other people´s too.

If each day we live in sin, is each day we seek to don´t repeat it, and also to live for progression, not perfection, we will be close to what is the true target in life (my opinion only). If we live in guilty we will be specters of hollow and will learn nothing from mistakes. Guilty is the problem of the sin, punishment divine is the lesser of our problems. Our own punishment means our worst fears comming true.

God, in all His wisdom knows we are far from perfection. If HE couldn´t understand this, is He God? This simple phrase would end the dark ages, thousand years of sin and guilty in the name of God (a surely perfect being) which in His moral ground did nothing to change the situation for us. Why? Because everything was caused by our moral ground. It was up to ourselves to run away from that condition. As now it is up to ourselves to evolute in peace and prosperity.

We pray to God to ask for protection and for a clear mind, but the decisions and actions are our fully responsability. Blame God and you are blamming yourself. Seek perfection without run away from reality and you are in the right path.

This is my understand, if you don´t agree or has something to add, you are welcome to post a comment and I will publish here.

May God be with us on our journey to find a nice peace of mind.

abril 24, 2009

Bênção, Maldição ou Apenas Nossas Ações Refletidas?

Filed under: Espiritismo — Tags:, , , , , , — Aprendiz @ 8:27 am

557. Podem a bênção e a maldição atrair o bem e o mal para aquele sobre quem são lançados?
“Deus não escuta a maldição injusta e culpado perante ele se torna o que a profere. Como temos os dois gênios opostos, o bem e o mal, pode a maldição exercer momentaneamente influência, mesmo sobre a matéria. Tal influência, porém, só se verifica por vontade de Deus como aumento de prova para aquele que é dela objeto. Demais, o que é comum é serem amaldiçoados os maus e abençoados os bons. Jamais a bênção e a maldição podem desviar da senda da justiça a Providência, que nunca fere o maldito, senão quando mau, e cuja proteção não acoberta senão aquele que a merece.”
(Livro dos Espíritos, Capítulo IX, Parte 2 – Bênçãos e Maldições p.280 – link)

Subestimar a capacidade da inteligência divina. Isso é o que fazem aqueles que praticam a ‘magia’ maligna ou feitiçaria em prol de objetivos mundanos e imorais, que visam apenas a destruição alheia ou a ‘amarrar’ algo em alguém. Esse tipo de truque é como uma criança chutando uma parede de concreto, simplesmente ineficaz. Cada um tem os demônios ou as bênçãos que merece e busca ter.

Culpar os outros e não observar os próprios atos e, depois, encher-se de orações e penas dolorosas, simplesmente não tem significado relevante ao espiritismo. Mais do que meros mártires da hipocrisia, aliás, a moda desse século, a doutrina busca seres que façam o bem em si. Bem em si significa algo que não precisa de definição, que aflora de um sentimento nobre e honesto, cujo objetivo consiga não danificar nada senão o mau/mal. Há angústia pior para algo ruim do que o bem ao lado? Sombra não se projeta na luz sozinha, mas esta última acaba com a sombra numa velocidade monstro.

Meritocracia é a palavra chave. Reinvidique o que você mereçe de fato, não o que acha que merece. Ninguém que se arrependa será salvo pelo arrependimento em si, mas pelas ações a partir dali. Arrependimento é um primeiro passo rumo à evolução, mas não é tudo. As ações que decorrem do arrependimento são as principais juradas do destino.

No cumprimento das penas que merecemos é que há o real crescimento e a evolução. Aquele que se abstém do mal pensando praticar o bem é apenas um covarde. Atitudes boas combatem o mal apenas pela existência e, nenhum tipo de bênção ou maldição atua sozinha.

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