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dezembro 30, 2014

CAMINHO UNO

Filed under: Espiritismo,Estudos — Aprendiz @ 5:35 am

“A pobreza e aridez desse pensamento fanático [que considera apenas a teologia católico-medieval correta] olvidava ou condenava todos os povos nos quais as propostas de Jesus não haviam chegado e onde, por sua vez, predominavam os excelentes ensinos também libertadores de Krishna, Buda, Lao-Tsé, Confúcio, Hermes Trismegisto e muitos outros missionários do Bem e do Amor, cujas vidas expressavam a grandiosa anterioridade de sua procedência. Seus ministérios eram significativos e prenunciavam o momento de Jesus, que lentamente se insreveria nos tempos afora ampliando aqueles ensinamentos que O precederam.

Na perspectiva da psicologia profunda, todos eles foram libertadores das sombras coletiva e individual, sulcando o solo do ego para deixar que desabrochasse o Self e todas as suas implicações na consciência geral.

Psicoterapeutas especiais preconizavam o amor e a sabedoria como métodos essenciais para plenitude, embora sob diferentes colocações que, sem dúvida, conduzem à mesma unidade do pensamento condutor da Divindade.

Intuídos pela percepção extra-sensorial e alcançando o estágio numinoso, contribuíram decisivamente para o adiantamento espiritual de milhões de vidas que se encontravam na ignorância da realidade e alteraram o comportamento geral, deixando marcas especiais de entendimento das Divinas Leis e da Regência do Cosmo”

(Joanna de Ângelis / Divaldo P. Franco – Jesus e o Evangelho – à Luz da Psicologia Profunda – Capítulo “DIVERSIDADE DE MORADAS”).

Nessa época do ano que envolve, antes de tudo, a famosa “confraternização universal” do ano novo, época de renovações diversas (de atitudes principalmente) ou apenas de um protocolo de intenções que fazemos conosco mesmo, deixo o pensamento acima de Joanna para reflexão.

Que todos tenham um 2015 iluminado de paz, amor, luz e prosperidade. Que prevaleça a tolerância, paciência, carinho e amizade.

dezembro 19, 2014

FACCIOSISMO

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 4:20 am

36 – FACCIOSISMO

“Mas se tendes amarga inveja e sentimento faccioso, em vosso coração, não vos glorieis nem mintais contra a verdade.” – (TIAGO, 3:14.)

Toda escola religiosa apresenta valores inconfundíveis ao homem de boa-vontade.

Não obstante os abusos do sacerdócio, a exploração inferior do elemento humano e as fantasias do culto exterior, o coração sincero beneficiar-se-á amplamente, na fonte da fé, iluminando-se para encontrar a Consciência Divina em si mesmo.

Mas, em todo instituto religioso, propriamente humano, há que evitar um perigo – o sentimento faccioso, que adia, indefinidamente, as mais sublimes edificações espirituais.

Católicos, protestantes, espiritistas, todos eles se movimentam, ameaçados pelo monstro da separação, como se o pensamento religioso traduzisse fermento da discórdia.

Infelizmente, é muito grande o número de orientadores encarnados que se deixam dominar por suas garras perturbadoras. Espessos obstáculos impedem a visão da maioria.

Querem todos que Deus lhes pertença, mas não cogitam de pertencer a Deus.

Que todo aprendiz do Cristo esteja preparado a resistir ao mal; é imprescindível, porém, que compreenda a paternidade divina por sagrada herança de todas as criaturas, reconhecendo que, na Casa do Pai, a única diferença entre os homens é a que se mede pelo esforço nobre de cada um.

[Obra: VINHA DE LUZ / Espírito Emmanuel / Psicografia: Chico Xavier]

Primeiramente, devemos entender por “faccioso” todo aquele que toma partido em algo. Ou seja, que assume um lado. Aqui no texto, facciosismo é trabalhado no sentido de alguém sentir-se privilegiado por pertencer à determinada religião, em detrimento de outrem.

Todas as grandes religiões do globo terrestre pregam o amor, a caridade e o auxílio ao próximo. Se os religiosos não são capazes de transmitir com veracidade o caminho correto e se, muitas vezes, deturpam as mensagens celestiais para provocar a guerra, a revolta com diversas formas de conflitos, continua sendo um problema do ser humano, e não da religião.

O caminho ainda que indica todos sermos filhos de um mesmo Pai (Deus) nos coloca obrigatoriamente como irmãos em cooperação universal. E enquanto estivermos preocupados em colocar nossa crença acima das outras, assumimos um egoísmo que afasta os irmãos, ao invés de trazê-los para perto. A religião é individual, uma escolha, mas a convivência é obrigatória.

Deus não criou filhos melhores ou piores, criou a todos para que reinem em irmandade. Por isso Emmanuel termina dizendo:

“na Casa do Pai, a única diferença entre os homens é a que se mede pelo esforço nobre de cada um.”

Porque a cada um será dado de acordo com suas obras, práticas. Palavras ajudam, mas ações concretizam.

dezembro 15, 2014

JESUS E A PSICOLOGIA – I

Filed under: Espiritismo,Estudos — Tags:, , , , , , — Aprendiz @ 6:35 am

“Jesus é o exemplo do ser integrado, perfeitamente destituído de um inconsciente perturbador. Todas as suas matrizes arquétipicas vêm da herabça divina nEle existente e predominante. A vida futura, portanto, é o delineamento essencial do Seu ministério, em razão da consciência da sua realidade, por onde transita desde então, aprisionado ao corpo, mas inteiramente possuidor da faculdade de sintonia e contato com essa Causalidade”.

[Joanna de ângelis, psicografado por Divaldo Franco. JESUS E O EVANGELHO – À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA – Capítulo III – Realeza]

Este livro é fenomenal, não só pelo exuberante cabedal teórico /psicológico que Joanna nos traz, mas também pela complexidade que abraça cada parágrafo. A afirmação acima é tão profunda, que vou trabalhar algumas observações em seu próprio conteúdo. Original estará em azul, e minhas observações em verde.

“Jesus é o exemplo do ser integrado, perfeitamente destituído de um inconsciente perturbador –> Nós, no entanto, somos atingidos diretamente pelo nosso inconsciente perturbador, cuja depuração depende de nossa evolução através dos séculos e das vidas.A “média da humanidade” é composta ainda de Espíritos que erram e sofrem provações diversas, o que, invariavelmente, está impresso em nosso perispírito, consciência e atitudes. . Todas as suas matrizes arquétipicas vêm da herança divina nEle existente e predominante. A vida futura, portanto, é o delineamento essencial do Seu ministério, em razão da consciência da sua realidade, por onde transita desde então, aprisionado ao corpo, mas inteiramente possuidor da faculdade de sintonia e contato com essa Causalidade” –> Aqui me parece claro que a certeza e incorporação dos princípios da reencarnação muda o fluxo de nossa consciência. Não pensamos mais em curto prazo, nem vivemos para satisfazer vontades momentâneas. Enfim, privilegiamos a razão em detrimento dos instintos. Jesus era a potencialização máxima do ser humano. Quando Joanna diz que Ele é o exemplo de ser integrado, entendo  que significa a plenitude e compreensão dos mecanismos físico-químicos-biológicos envolvidos nos planos divinos. A matéria é mero reflexo de mentes superiores, e o planeta não passa de uma arena evolutiva.

A sapiência de Joanna coloca muitas outras reflexões dentro destes mesmos parágrafos, esta é apenas uma das interpretações, das mais pobres, feitas por mim durante uma leitura. Em breve, na continuidade da obra, postarei outras.

dezembro 11, 2014

FAMILIAS, PARENTELAS E LARES

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 8:48 am

– Pelo que analisamos – disse Hilário -, os fatos mediúnicos no lar são constantes…

– Justo! – confirmou o orientador [Áulus]. – Os pensamentos daqueles que partilham o mesmo teto agem e reagem uns sobre os outros, de modo particular, através de incessantes correntes de assimilação. A influência dos encarnados entre si é habitualmente muito maior que se imagina. Muita vez, na existência carnal, os obsessores que nos espezinham estão conosco, respirando, reencarnados, o mesmo ambiente. Do mesmo modo há protetores que nos ajudam e elevam e que igualmente participam de nossas experiências de cada dia. É imprescindível compreender que, em toda a parte, acima de tudo, vivemos em espírito. O intercâmbio de alma para alma, entre pais e filhos, cônjuges e irmãos, afeiçoados e companheiros, simpatias e desafeições, no templo familiar ou nas instituições de serviço em que nos agrupamos, é, em razão disso, a bem dizer, obrigatório e constante. Sem perceber, consumimos idéias e forças uns dos outros.

Obra: Nos Domínios da Mediunidade / Espírito: André Luiz  / Psicografia: Francisco C. Xavier – Capítulo 24 – Luta expiatória

A importância do lar, da convivência, das lutas internas à cada família é mais do que sabida.

No entanto, quantas famílias perfeitas conhecemos? Eu não conheço. Todas as famílias tem entes mais carismáticos, menos simpáticos, com maior ou menor empatia entre si, com desavenças e demais problemas. E somente o Espiritismo pôde colocar uma luz sobre esses assuntos tão íntimos com alguma explicação razoável e ponderável.

Imaginar que nascemos do acaso, ao acaso, para o acaso é um tanto quanto vazio, quase niilista para existência. Imaginar que nascemos para uma única vida não é suficiente para explicar lares mais estruturados do que outros. Seria uma desvantagem incompatível com a idéia de um Deus misericordioso de verdade.

Enquanto isso, as múltiplas existências de sucessivas encarnações provocam afetos e desafetos ao longo do tempo. Conservamos os bons, somos obrigados a nos reajustar com os outros, e trazemos esses efeitos durante a encarnação. O esquecimento é uma bênção justamente por nos permitir conviver com nosso inimigo dentro de casa, nos obriga a repensar a convivência e a aceitar a presença de alguém que outrora simplesmente iríamos repelir.

A todos que tenham problemas no lar, sugiro que leiam e pensem nas afirmações de Áulus, e que façam sempre suas orações, Evangelho no Lar, enfim, que blindem suas famílias de acordo com boas sintonias e vibrações.

Que assim seja.

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