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dezembro 19, 2014

FACCIOSISMO

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36 – FACCIOSISMO

“Mas se tendes amarga inveja e sentimento faccioso, em vosso coração, não vos glorieis nem mintais contra a verdade.” – (TIAGO, 3:14.)

Toda escola religiosa apresenta valores inconfundíveis ao homem de boa-vontade.

Não obstante os abusos do sacerdócio, a exploração inferior do elemento humano e as fantasias do culto exterior, o coração sincero beneficiar-se-á amplamente, na fonte da fé, iluminando-se para encontrar a Consciência Divina em si mesmo.

Mas, em todo instituto religioso, propriamente humano, há que evitar um perigo – o sentimento faccioso, que adia, indefinidamente, as mais sublimes edificações espirituais.

Católicos, protestantes, espiritistas, todos eles se movimentam, ameaçados pelo monstro da separação, como se o pensamento religioso traduzisse fermento da discórdia.

Infelizmente, é muito grande o número de orientadores encarnados que se deixam dominar por suas garras perturbadoras. Espessos obstáculos impedem a visão da maioria.

Querem todos que Deus lhes pertença, mas não cogitam de pertencer a Deus.

Que todo aprendiz do Cristo esteja preparado a resistir ao mal; é imprescindível, porém, que compreenda a paternidade divina por sagrada herança de todas as criaturas, reconhecendo que, na Casa do Pai, a única diferença entre os homens é a que se mede pelo esforço nobre de cada um.

[Obra: VINHA DE LUZ / Espírito Emmanuel / Psicografia: Chico Xavier]

Primeiramente, devemos entender por “faccioso” todo aquele que toma partido em algo. Ou seja, que assume um lado. Aqui no texto, facciosismo é trabalhado no sentido de alguém sentir-se privilegiado por pertencer à determinada religião, em detrimento de outrem.

Todas as grandes religiões do globo terrestre pregam o amor, a caridade e o auxílio ao próximo. Se os religiosos não são capazes de transmitir com veracidade o caminho correto e se, muitas vezes, deturpam as mensagens celestiais para provocar a guerra, a revolta com diversas formas de conflitos, continua sendo um problema do ser humano, e não da religião.

O caminho ainda que indica todos sermos filhos de um mesmo Pai (Deus) nos coloca obrigatoriamente como irmãos em cooperação universal. E enquanto estivermos preocupados em colocar nossa crença acima das outras, assumimos um egoísmo que afasta os irmãos, ao invés de trazê-los para perto. A religião é individual, uma escolha, mas a convivência é obrigatória.

Deus não criou filhos melhores ou piores, criou a todos para que reinem em irmandade. Por isso Emmanuel termina dizendo:

“na Casa do Pai, a única diferença entre os homens é a que se mede pelo esforço nobre de cada um.”

Porque a cada um será dado de acordo com suas obras, práticas. Palavras ajudam, mas ações concretizam.

abril 15, 2010

Qual a Relação entre Obsessões e Religiões Diferentes do Espiritismo?

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 8:49 am

Primeiro: Este post é uma opinião pessoal minha.

Eu li alguns materiais relacionados à questão da obsessão, e tratarei desta questão em mais posts técnicos. Porém, vamos pressupor que sabemos, ao menos superficialmente, as tipificações abaixo:

OBSESSÕES:
1) Encarnados x Encarnados
2) Encarnados x Desencarnados
3) Desencarnados x Desencarnados
4) Desencarnados x Encarnados
5) Auto-Obsessão

Em todos estes itens há um fator invariavelmente comum: O momento de desatenção referente à questões ético-morais. Este ponto é o que desencadeia todo um processo de mudança nos pensamentos que acarretam uma queda energética e mergulham o ser em negatividade. O padrão vibratório do pensamento é o fator essencial para manutenção da obsessão, é o que “alimenta” o obsessor (encarnado ou desencarnado). Em suma, o “Hálito Mental” abordado anteriormente é um fator precioso.

Vou generalizar propositadamente a religiões pentecostais / neopentecostais / evangélicas etc em um mesmo pacote, pois as diferenciações teóricas e práticas não mudam em nada meu raciocínio. Todas partem de um fundo cristão e de bondade, que não podemos julgar agora. Os muçulmanos também entrarão no raciocínio que colocarei.

Estava ouvindo um programa de rádio por acidente que era de caráter evangélico (talvez da Universal) em que depoimentos estavam demonstrando um potencial de cura. Inúmeras pessoas em processo depressivo ou com doenças que tinham aparentemente um fundo espiritual estavam curadas. Doenças graves melhoravam e as pessoas conseguiam levar uma vida normal apesar de dificuldades. Como explicar essas situações de um ponto de vista Espírita considerando que as pessoas não frequentavam e ainda desconhecem a Doutrina?

Minha conclusão é de que as religiões que exigem mais rigor e mexem mais com o consciente das pessoas através de alguns momentos “ritualistas”, acabam por induzir um aumento de fé na perseguição dos ideais que os rituais tornam perceptíveis. É muito complicado manter a fé no dia a dia pois é de difícil associação à nossa mente. Já frequentando um templo ou obedecendo uma regularidade nas orações com um ritual a cumprir, acabamos purificando nossas mentes e induzindo a fé a crescer de forma substancial.

Esse aumento de fé e de crenças renovadas acabam também induzindo uma melhora no “Hálito Mental” das pessoas, e os efeitos benéficos são logo sentidos.  Há alguns radicais que dirão que só o Espiritismo é correto nestas situações, mas creio que não passa da mais pura ignorância. Creio que qualquer religião que plante o amor e colha a cura, e induza a melhora do ser humano através da própria fé é digna de permanência em qualquer patamar.

Enfim, maus elementos existem em todas as religiões, e podemos encarar os ritualismos como os primeiros passos rumo à evolução mental / espiritual de cada um. E ainda, na minha opinião, é eficaz contra males obsessivos pela recuperação da força-própria de cada ser.

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