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outubro 13, 2014

ESPÍRITOS, SUA INFLUÊNCIA E NOSSA RESPONSABILIDADE

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LIVRO DOS ESPÍRITOS


467 Pode o homem se libertar da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?

– Sim, porque apenas se ligam àqueles que os solicitam por seus desejos ou os atraem pelos seus pensamentos.

468 Os Espíritos cuja influência é repelida pela vontade do homem renunciam às suas tentativas?

– O que quereis que façam? Quando não há nada a fazer, desistem da tentativa; entretanto, aguardam o momento favorável, como o gato espreita o rato.

469 Como se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?

– Fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!”


470 Os Espíritos que procuram nos induzir ao mal e colocam assim à prova nossa firmeza no bem receberam a missão de fazê-lo? E se é uma missão, têm responsabilidade por isso?

– Nenhum Espírito recebe a missão de fazer o mal. Quando o faz, é de sua própria vontade e sofre as conseqüências. Deus pode deixá-lo fazer isso para vos pôr à prova, mas não ordena que o faça, e cabe a vós rejeitá-lo.

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Ou seja, os ensinos são bem claros.  A prática do mal é responsabilidade de quem o pratica. Não se pode eximir de qualquer culpa, pois mesmo nos piores casos, houve a vontade e cooperação mental daquele que escolheu sintonizar com os Espíritos afins.

Somos responsáveis pelo que atraímos à nossa volta, pois isso afeta a todos os que nos circundam. Nosso lar é o maior exemplo disso. O estado de organização, limpeza, cuidado e zelo refletem o padrão mental da pessoa. Infelizmente os lares desajustados, tanto fisica quanto emocionalmente, evidenciam e expõem uma das maiores chagas da época moderna, o egoísmo e o orgulho.

O principal lar em que precisamos focar é a nossa “casa mental”. À maneira da casa física, seu estado de organização, limpeza e cuidado, faz-se decisivo quando lidamos com embates morais e éticos que a vida impõe. O pequeno deslize ético-moral é suficiente para agregar um padrão vibracional negativo em nosso entorno, suficiente para atrair companhias indesejáveis do mundo espiritual que nos vão desestimular aos bons atos, enquanto incentivam aos maus.

Quais as sugestões que estamos ouvindo em nosso cotidiano? Porque dificilmente passaremos o dia-a-dia sem algum deslize, ou mau pensamento… será que estamos ouvindo aqueles que induzem à irritação? cólera? egoísmo?

O autoconhecimento é sim uma ferramente importante para a reforma íntima. E a aceitação destes preceitos, assumindo a responsabilidade pelo uso de nosso livre-arbítrio, talvez seja o mais fundamental de todos.

julho 27, 2012

Como Resistir ao Mal?

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 4:38 pm

62 RESISTÊNCIA AO MAL

“Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal.” – Jesus. (MATEUS, 5:39.)

Os expoentes da má-fé costumam interpretar falsamente as palavras do Mestre, com relação à resistência ao mal.

Não determinava Jesus que os aprendizes se entregassem, inermes, às correntes destruidoras.

Aconselhava a que nenhum discípulo retribuísse violência por violência.

Enfrentar a crueldade com armas semelhantes seria perpetuar o ódio e a desregrada ambição no mundo.

O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes.

Em razão disso, a atitude requisitada pelo crime jamais será a indiferença e, sim, a do bem ativo, enérgico, renovador, vigilante e operoso.

Em todas as épocas, os homens perpetraram erros graves, tentando reprimir a maldade, filha da ignorância, com a maldade, filha do cálculo. E as medidas infelizes, grande número de vezes, foram concretizadas em nome do próprio Cristo.

Guerras, revoluções, assassínios, perseguições foram movimentados pelo homem, que assim presume cooperar com o Céu. No entanto, os empreendimentos sombrios nada mais fizeram que acentuar a catástrofe da separação e da discórdia. Semelhantes revides sempre constituem pruridos de hegemonia indébita do sectarismo pernicioso nos partidos políticos, nas escolas filosóficas e nas seitas religiosas, mas nunca determinação de Jesus.

Reconhecendo, antecipadamente, que a miopia espiritual das criaturas lhe desfiguraria as palavras, o Mestre reforc?ou a conceituação, asseverando: “Eu, porém, vos digo…”

O plano inferior adota padrões de resistência, reclamando “olho por olho, dente por dente”…

Jesus, todavia, nos aconselha a defesa do perdão setenta vezes sete, em cada ofensa, com a bondade diligente, transformadora e sem-fim.

(Da obra “Vinha de Luz” pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Chico Xavier).

A palavra “resistência” traz alguns significados em si mesma. Significa ‘aguentar’, significa ‘lutar contra’, significa um punhado mais de coisas. No entanto, aparentemente o homem possui a conveniência como hábito. Para os que criticam a palavra do Cristo, resistir significa lutar contra, quando uma interpretação pouco mais cuidadosa demonstra que trata-se exatamente do contrário.

Dar a outra face é algo que faria sentido se pudéssemos e devêssemos lutar contra o mal? Veja que em uma desambiguação melhor, “lutar contra” é uma contradição com a palavra de Jesus por si mesma. O Mestre não traria lições que levassem ao embate, mas sim ao bem.

Resistir ao mal com a prática da caridade é um exemplo Crístico.

Resistir ao mal consolando o que sofre, alimentando o que tem fome, vestindo o que tem frio, abrigando o abandonado e provendo teto àquele que sofre na chuva. Isso sim é intimamente ligado à Jesus. Resistir ao mal dessa forma significa progresso, virtuosa conduta que leva à evolução.

Mas se alguém lhe agredir e houver retribuição da agressão, entramos em um ciclo delicado de violência, onde a tendêncua e o agravamento do quadro, ao invés da resolução do conflito.

Assim, pois, meus amigos, tendes que vos defender, não só contra os ataques e calúnias dos adversários vivos, mas, também, contra as manobras, ainda mais perigosas, dos adversários da erraticidade. Fortificai-vos, pois, em estudos sadios e, sobretudo, pela prática do amor e da caridade, e retemperai-vos na prece. Deus sempre ilumina os que se consagram à propagação da verdade, quando estão de boa fé e desprovidos de toda ambição pessoal.

(KARDEC, Allan; “A OBSESSÃO – Origens, Sintomas e Curas”, Ed. O Clarim, 2011: 211).

É exatamente essa conduta, esse ensino, que nós, Espíritas, precisamos seguir. Nunca contra-atacar, nunca violentamente reagir, nunca ter ódio ou mágoa, mas tentar purificar nossa mente e nossas ações com o bem, a melhor e mais rápida forma de derrotar o mal.

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