OBRA – CAMINHO, VERDADE E VIDA (pelo Espírito Emmanuel)
129 – ORIGEM DAS TENTAÇÕES
“Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.” (TIAGO, 1: 14)
Geralmente, ao surgirem grandes males, os participantes da queda imputam a Deus a causa que lhes determinou o desastre. Lembram-se, tardiamente de que o Pai é Todo Poderoso e alegam que a tentação somente poderia ter vindo do Divino Desígnio.Sim, Deus é o Absoluto Amor e tanto é assim que os decaídos se conservam de pé, contando com os eternos valores do tempo, amparados por suas mãos compassivas As tentações, todavia, não procedem da Paternidade Celestial.Seria, porventura, o estadista humano responsável pelos atos desrespeitosos de quantos inquinam a lei por ele criada?As referências do Apóstolo estão profundamente tocadas pela luz do céu.“Cada um é tentado, quando atraído pela própria concupiscência.”Examinemos particularmente ambos os substantivos “tentação” e “concupiscência”. O primeiro exterioriza o segundo, que constitui o fundo viciado e perverso da natureza humana primitivista. Ser tentado é ouvir a malícia própria, é abrigar os inferiores alvitres de si mesmo, porquanto, ainda que o mal venha do exterior, somente se concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração.Finalmente, destaquemos o verbo “atrair”. Verificaremos a extensão de nossa inferioridade pela natureza das coisas e situações que nos atraem.A observação de Tiago é roteiro certo para analisarmos a origem das tentações.Recorda-te de que cada dia tem situações magnéticas específicas. Considera a essência de tudo o que te atraiu no curso das horas e eliminarás os males próprios,atendendo ao bem que Jesus deseja.
A primeira dúvida que pairou em minha mente foi a respeito da palavra “concupiscência”. Procurei o significado online neste link e encontrei:
Enfim, de tudo o que consta no significado desta palavra, podemos retirar que trata-se do apego a matéria (refletida de qualquer forma, tanto na posse de bens como na utilização do corpo).
A imperfeição humana ainda nos torna reféns do mal. Mal que não habita outro local se não nosso próprio coração e mente. Mal que cultivamos por ignorância ou vontade durante sucessivas vidas e que estamos lutando para vencer. Não podemos culpar a Deus pelas dificuldades que passamos, podemos sim pedir e agradecer quando Ele nos ajudar (e ajudará se soubermos entender).
Injustiça é uma palavra que reflete uma situação humana, não divina. Enquanto não aprendermos a pensar atemporalmente e a entender o que acontece no mundo espiritual, não seremos compreensivos suficientes, e seremos reféns de uma situação que projetamos.
É imperioso o estudo, mas a prática da real caridade forma um escudo natural contra as tentações. Ocupar a mente com atividades nobres é a maior arma que temos contra o nosso próprio mal.