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outubro 8, 2011

Caridade, Recursos e o Próximo

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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CÁP.XV, Item 6.

NECESSIDADE DA CARIDADE SEGUNDO SÃO PAULO

6. Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; – ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. – E, quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.

A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; – não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade (S. PAULO, 1ª Epístola aos Coríntios, 13:1 a 7 e 13.)

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O LIVRO DOS ESPÍRITOS – LIVRO III, CÁP. XI

Questão 879

– Qual seria o caráter do homem que praticasse a justiça em toda sua pureza?

– O verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porque praticaria também o amor do próximo e a caridade, sem os quais não há verdadeira justiça.

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ESTUDE E VIVA (CHICO XAVIER E WALDO VIEIRA)

PELOS ESPÍRITOS – EMMANUEL E ANDRÉ LUIZ

19

E – Cap. XV – Item 6

L – Questão 879

Temas Estudados:

Caridade e aprendizado / Caridade e destino / Caridade e retribuição / Próximo de nós (O) / Verdadeira posse / Vizinhança


NAS SENDAS DO MUNDO

Deus que nos auxilia sempre nos permite possuir, para que aprendamos também a auxiliar.

*

Habitualmente, atraímos a riqueza e supomos detê-la para sempre, adornados com as facilidades que o ouro proporciona…Um dia, porém, nas fronteiras da morte, somos despojados de todas as posses exteriores e se algo nos fica será simplesmente a plantação das migalhas de amor que houvermos distribuído, creditadas em nosso nome

pela alegria, ainda mesmo precária e momentânea, daqueles que nos fizeram a bondade de recebê-las.

*

Via de regra, amontoamos títulos de poder e admitimo-nos donos deles, enfeitando-nos com as vantagens que a influência prodigaliza…Um dia, porém, nas fronteiras da morte, somos despojados de todas as primazias de convenção e se algo fica será simplesmente o saldo dos pequenos favores que houvermos articulado, mantidos em

nosso nome pelo alívio, ainda mesmo insignificante e despercebido, daqueles que nos fizeram a gentileza de aceitar-nos os impulsos fraternos.

*

Geralmente repetimos frases santificantes, crendo-as definitivamente incorporadas ao nosso patrimônio espiritual, ornando-nos com o prestigio que a frase brilhante atribui…Um dia, porém, nas fronteiras da morte, somos despojados de todas as ilusões e se algo nos fica será simplesmente a estreita coleção dos benefícios que houvermos feito, assinalados em nosso nome pelo conforto, ainda mesmo ligeiro e desconhecido, daqueles que nos deram oportunidade a singelos ensaios de elevação.

*

Serve onde estiveres e como puderes, nos moldes da consciência tranqüila.

Caridade não é tão-somente a divina virtude, é também o sistema contábil.do Universo, que nos permite a felicidade de auxiliar para sermos auxiliados.

Um dia, nas alfândegas da morte, toda a bagagem daquilo de que não necessites ser-te-á confiscada, entretanto, as Leis Divinas determinarão recolhas, com avultados juros de alegria, tudo o que destes do que és, do que fazes, do que sabes e do que tens, em socorro dos outros, transfigurando-te as concessões em valores eternos da alma, que te assegurarão amplos recursos aquisitivos no Plano Espiritual.

Não digas, assim, que a propriedade não existe ou que não vale dispor disso ou daquilo.

Em verdade, devemos a Deus tudo o que temos, mas possuímos o que damos.

VIZINHOS

Ampare os vizinhos sem ser indiscreto. Discrição é caridade.

*

Cultue a gentileza na vizinhança.

Ajude a todos aqueles que lhe partilham a estrada, para que alguém ajude você nas horas difíceis.

*

Respeite as ocorrências alegres ou infelizes que afetem os lares próximos.

Incêndio na casa alheia é ameaça de fogo na própria casa.

*

Desfaça qualquer incompreensão entre você e os irmãos do ambiente em que vive.

Todo vizinho pode ser bom, se você cultivar a bondade para com ele.

*

Compreenda os problemas e as dificuldades de quantos caminham ao seu lado. Os familiares são parentes do sangue, mas os vizinhos são parentes do coração.

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Os escritos acima trazem o que todo espírita passa a vida toda aprendendo e tentando colocar em prática, que é a caridade. Difícil pensar em ser caridoso sem considerar os recursos físicos para ajudar alguém (e, por físico, digo materiais). Uma doação à instituição beneficente é sempre válida e, com toda certeza, quando se trata de uma instituição séria, a ajuda é sempre ótima, contará em nosso favor e no abatimento de nossas dívidas.

Mas já foi citado em outros textos deste site a caridade em outras formas, palavras de consolo, um conselho que dirija uma pessoa ao caminho do bem, são fatos que também representam a caridade.

Mas a doutrina Espírita possui a essência da atemporalidade, ou seja, não adianta nada pouparmos dinheiro a vida toda para gozar de um futuro imaterial. Fazê-lo com a intenção de deixar aos nossos descendentes é louvável e justo, mas deve haver o equilíbrio entre o que estamos poupando e o que estamos demonstrando à próxima geração. Quais valores queremos ensinar e demonstrar? Só as palavras não são suficientes.

Educar os filhos também passa pelos bons exemplos. A caridade é algo espontâneo em alguns, mas ensinar a caridade só é possível quando demonstramos na prática (Jesus o fez e é por isso que tornou-se nosso maior exemplo).

Irmãos, ajudem, consolem, construam, doem, visitem, vejam, absorvam tudo o que está a sua volta para tentarmos mudar o mundo. Só será possível através de ações caridosas que despertem um sentimento indescritível de prazer que sentimos ao fazer o bem e o que é correto.

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