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outubro 4, 2011

Virtudes e Provações

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O LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUESTÃO 893

893 – Qual a mais meritória de todas as virtudes?

– Todas as virtudes têm seu mérito, porque indicam progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; mas a sublimidade da virtude é o sacrifício do interesse pessoal pelo bem de seu próximo, sem segundas intenções.

A mais merecedora das virtudes nasce da mais desinteressada caridade.

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Obra: Religião dos Espíritos – Chico Xavier (pelo Espírito Emmanuel).

69 – Diante das tentações

Reunião pública de 2/10/59
Questão nº 893 (L.E.)

Tentado à permanência nas trevas, embora de pés sangrando, dirige-te para a luz.

Enquanto não atravesse o suor e o cansaço da plantação, lavrador algum amealha a colheita.

Até que atinjamos, um dia, o clima, do reino angélico, seremos almas humanas, peregrinos da evolução nas trilhas da eternidade.

Aqui e ali, ouviremos cânticos de exaltação à virtude e, louvando-a, falaremos por nossa vez, acentuando-lhe os elogios.

Entretanto, manda a sinceridade nos vejamos por dentro, e, por dentro de nós, ruge o passado, gritando injúrias contra as nossas mais belas aspirações.

Toma, porém, o facho que o Cristo te coloca nas mãos e clareia a intimidade da consciência, parlamentando contigo mesmo.

Hora a hora, esclareçamos a nós próprios, tanto quanto nos lançamos no ensino aos outros.

Reparando os caídos em plena viciação, inventaria as próprias fraquezas e perceberás que, provavelmente, respirarias agora numa enxerga de lodo, não fosse a migalha do conhecimento que te enriquece.

Diante dos que se desvairam na crítica, observa a facilidade com que te entregas aos julgamentos irrefletidos e pondera que serias igualmente compelido ao braseiro da crueldade, não fosse algum ligeiro dístico da prudência que consegues mentalizar.

A frente daqueles que se envileceram na carruagem do ouro ou da influência política, recorda quantas vezes a vaidade te procura, por dia, nos recessos do coração,e reconhecerás que também forçarias as portas da fortuna e do poder, caso não fosse o leve fio de responsabilidade que te frena os impulsos.

Analisando os que sofrem na tela da obsessão, pensa nos reiterados enganos a que te arrojas e compreenderás que ainda hoje chorarias nas angústias do manicômio, não fosse a pequenina faixa de serviço no bem a que te afeiçoas.

Perante os companheiros atolados no crime, anota a agressividade que ainda trazes contigo e concluirás que talvez estivesses na penitenciária, amargando aflitiva sentença, não fosse o raiúnculo de oração que acendes na própria alma.

E as lutas que te marcam a rota assinalam também o campo de serviço em que ainda estagias junto aos desencarnados da nossa esfera de ação.

Situemo-nos no lugar dos que erram e nosso raciocínio descansará no abrigo do entendimento.

Nenhum lidador vinculado à Terra se encontra integralmente livre das tendências inferiores.

Todos nós, ante a sublimidade do Cristo, somos almas em libertação gradativa, buscando a vitória sobre nós mesmos.

E se a estrada para semelhante triunfo se chama «caridade constante para com os outros», o primeiro passo de cada dia chama-se «compaixão».

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Todos conhecemos algum aspirante a Santo. Aquele que se acha acima do bem e do mal, que pensa compreender tudo o que se passa e que tem, soberba suficiente para condenar os outros.

A verdadeira caridade que desperta as melhores virtudes é baseada no amor, que não tem predisposição a nenhum tipo de julgamento. Pelo contrário, o amor lava a lama que domina nossa visão, ainda subdesenvolvida à compreensão de algumas situações, e transforma os maiores problemas em testes de paciência.

Todos possuímos defeitos que são testados durante nossa existência material. Os propensos à violência, viverão situações que levarão ao limite a tentação de usar a força, os vaidosos serão tentados na política e, aqueles com propensão ao vício, terão à disposição toda sorte de toxinas para se deleitarem. Para algum ignorante, aquele que clama “viver a vida” isso não seria um problema, mas até pela falta de conhecimento que ele provavelmente tem, não pode ser julgado. Um dia vestimos a carapuça e hoje estamos a caminho de nossa renegração.

Basicamente Emmanuel nos ensina que, mais valerá um segundo consciente do que se passa na cabeça de um irmão que sofre e que atiça os maus ânimos por ignorância, do que simplesmente manter uma postura que esconde nossa natureza, pois isso nos levará a falhar nas provas (e elas aparecem sempre no cotidiano). Humildade é a chave e Caridade a fechadura que abrirá a porta de nossa regeneração.

Aquela irritação no trânsito com uma “fechada”, aquela raiva de quando somos xingados, aquele ressentimento de uma discussão, aquela mágoa guardada, tudo isso nos desestabiliza e testa nossa visão. Menos amor neste caso é igual a uma inflação de orgulho, desprezo e de outras características que não acrescentam, só atrasam nossa evolução. Para cada passo para frente, somos tentados a dar 3 para trás.

Que todos possamos passar nestes testes, que são os mais difíceis que já enfrentamos. Por isso mesmo nosso Pai misericordioso nos concede novas oportunidades.

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