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abril 15, 2010

Qual a Relação entre Obsessões e Religiões Diferentes do Espiritismo?

Filed under: Espiritismo — Tags:, , — Aprendiz @ 8:49 am

Primeiro: Este post é uma opinião pessoal minha.

Eu li alguns materiais relacionados à questão da obsessão, e tratarei desta questão em mais posts técnicos. Porém, vamos pressupor que sabemos, ao menos superficialmente, as tipificações abaixo:

OBSESSÕES:
1) Encarnados x Encarnados
2) Encarnados x Desencarnados
3) Desencarnados x Desencarnados
4) Desencarnados x Encarnados
5) Auto-Obsessão

Em todos estes itens há um fator invariavelmente comum: O momento de desatenção referente à questões ético-morais. Este ponto é o que desencadeia todo um processo de mudança nos pensamentos que acarretam uma queda energética e mergulham o ser em negatividade. O padrão vibratório do pensamento é o fator essencial para manutenção da obsessão, é o que “alimenta” o obsessor (encarnado ou desencarnado). Em suma, o “Hálito Mental” abordado anteriormente é um fator precioso.

Vou generalizar propositadamente a religiões pentecostais / neopentecostais / evangélicas etc em um mesmo pacote, pois as diferenciações teóricas e práticas não mudam em nada meu raciocínio. Todas partem de um fundo cristão e de bondade, que não podemos julgar agora. Os muçulmanos também entrarão no raciocínio que colocarei.

Estava ouvindo um programa de rádio por acidente que era de caráter evangélico (talvez da Universal) em que depoimentos estavam demonstrando um potencial de cura. Inúmeras pessoas em processo depressivo ou com doenças que tinham aparentemente um fundo espiritual estavam curadas. Doenças graves melhoravam e as pessoas conseguiam levar uma vida normal apesar de dificuldades. Como explicar essas situações de um ponto de vista Espírita considerando que as pessoas não frequentavam e ainda desconhecem a Doutrina?

Minha conclusão é de que as religiões que exigem mais rigor e mexem mais com o consciente das pessoas através de alguns momentos “ritualistas”, acabam por induzir um aumento de fé na perseguição dos ideais que os rituais tornam perceptíveis. É muito complicado manter a fé no dia a dia pois é de difícil associação à nossa mente. Já frequentando um templo ou obedecendo uma regularidade nas orações com um ritual a cumprir, acabamos purificando nossas mentes e induzindo a fé a crescer de forma substancial.

Esse aumento de fé e de crenças renovadas acabam também induzindo uma melhora no “Hálito Mental” das pessoas, e os efeitos benéficos são logo sentidos.  Há alguns radicais que dirão que só o Espiritismo é correto nestas situações, mas creio que não passa da mais pura ignorância. Creio que qualquer religião que plante o amor e colha a cura, e induza a melhora do ser humano através da própria fé é digna de permanência em qualquer patamar.

Enfim, maus elementos existem em todas as religiões, e podemos encarar os ritualismos como os primeiros passos rumo à evolução mental / espiritual de cada um. E ainda, na minha opinião, é eficaz contra males obsessivos pela recuperação da força-própria de cada ser.

abril 6, 2010

Problemas Mentais e Consciência – Hálito Mental

Filed under: Espiritismo — Tags: — Aprendiz @ 11:39 am

Por problemas mentais não devemos apenas entender deficiências como Síndromes ou Problemas de nascença. Os mais variados problemas que temos são resultantes de nossa própria mente.

“Assim como a ingestão de certos alimentos ou de bebidas alcóolicas ocasiona, fatalmente, a modificação do nosso hálito, alcançando o olfato das pessoas que próximas estiverem, do mesmo modo os nossos pensamentos criam o fenômeno psíquico do ‘hálito mental’, equivalente à natureza das forças que emitimos ou assimilamos. Teremos, então, um ‘hálito mental’ desagradável e nocivo ou agradável e benéfico” (Martins Peralva – Estudando a Mediunidade – FEB, 2009, Cáp.II pg.23)

Esta passagem é muito explícita no significado que traz. Todos conhecemos pessoas que nos trazem angústia apenas quando se aproximam, enquanto outras nos aliviam e alegram apenas com um olhar. As próprias expressões faciais são um reflexo de nossos pensamentos e ‘hálito mental’, já que é fácil à qualquer outro perceber quando estamos alegres, tristes, com raiva, e outros sentimentos que arrastam-nos à pensamentos equivalentes.

Dificilmente alguém com raiva está pensando em alguma caridade ou ato benéfico, já que o nível mental em que as ondas se encontram naquela situaçãio representa uma situação oposta que, por conseguinte, atrai elementos e espíritos afins. A depressão em si tende a arrastar o indivíduo à escuridão cada vez mais profunda, justamente porque seus pensamentos não estarão carregados de alegria ou direcionados à bondade. Claro que, isso é apenas um fator, mas pessoas com depressão em ambientes alegres tendem a melhorar um pouco.

Encarando o fato de que todos somos médiuns, como disse Kardec, nossos pensamentos são de suma importância para nossa posição em sociedade. Podemos atrair e ser influenciados por entidades de baixo esclarecimento apenas baseados em pensamentos que deteriorem à moral ou a ética. Alguém que viva focado em destruir a vida de outro, não será influenciado pelos mais belos e calorosos mentores da eternidade, será sim envolvido por espíritos com objetivos afins. Dessa forma, a maioria destes casos tende a terminar de forma terrível, e em provação se arrastar por vidas e mortes.

Nossos problemas mentais relacionados ao pensamento estão, como conclusão, especialmente ligados aos fenômenos de obsessão. Podemos, encarnados, obsediar desencarnados e vice-versa. Podemos seminar a discórdia através da escrita e, como profetas loucos, disseminar a guerra utilizando como álibi a palavra de Deus. No entanto, tudo isso recai ou recairá sob nosso julgamento, a ser iniciado pela nossa própria consciência.

Nada mais sábio do que o provérbio que diz que nosso travesseiro é o juiz de nossa consciência. Oração sem ação é apenas um pedido vazio.

abril 1, 2010

Chico Xavier – 100 Anos

Filed under: Espiritismo — Aprendiz @ 11:09 am

No centenário de nosso maior expoente, uma lição importante que julgo resumir tudo o que esse titã representou e representa:

SUBLIME SILÊNCIO
 
Poucos lugares na face da Terra têm sido foco de tanta cintilação quanto a humilde sala de refeições da casa de Chico Xavier, local denominado “sala de luz”, pelo querido tio Urbano.

Ali, reunidos em considerável número de companheiros, amigos e visitantes, muitos pela primeira vez, sempre no aguardo dos ensinamentos do médium dos médiuns da Doutrina Espírita. E quando fala, todos silenciam. Ninguém quer perder uma só palavra, pois trata-se sempre de fato inédito em nossa existência. Lições que os livros e nem a mídia trazem. Lições de amor.

Logo após o episódio em que o bispo da Igreja Universal faltou com o respeito para com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, alguém na aludida reunião, durante alguns minutos teceu comentários tristes, inoportunos, ora atacando uma, ora outra religião envolvida.

Chico Xavier, depois que o cidadão falou à vontade, elevou os olhos ao Alto, contemplativamente assim permaneceu por mais de três minutos. Orava, como orava!

Silêncio total. Mutismo agoniento. Dito cidadão não suportava o fato. Contorcia-se na cadeira, como a esperar uma chamada de atenção, típico de quem não está seguro de sua consciência.

Depois de algum tempo, Chico faz uso da palavra para dizer:

– Oremos pelos evangélicos, oremos pelos católicos. Ora oremos por uns, ora oremos pelos outros.

O sublime silêncio do Chico nos mostrou que o amor cobre a multidão de nossos pecados, pois ali estávamos presentes com as espadas prontas, para tomarmos partido de um ou de outro lado.

DO LIVRO: Chico Xavier – O Homem, o Médium, o Missionário
AUTOR: Antônio Matte Noroefé (retirado do site:
http://www.universoespirita.org.br/_notes/sublims.htm)

Talvez o segredo era o poder de realmente seguir os escritos do bem, ao invés de papagaiá-los. Agir e evangelizar com a paz e misericórdia dos mais nobres espíritos. Como temos carência de pessoas como estas…

Feliz Centenário terreno e que sua estada nas esferas mais altas possa nos inspirar a melhorar-nos.

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